sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Iluminismo - Aula e Exercícios






Iluminismo


1. (UEFS BA/2013) O conceito de “Ilustração” ou Iluminismo, elaborado na Europa Ocidental, no século XVIII, diz respeito

a) à atribuição do poder da razão de promover a iluminação das mentes, na luta contra o obscurantismo responsável pelas trevas da ignorância, preconceito e dogmatismo.

b) ao grande progresso industrial que, partindo da França e da Itália, se espalhava por toda a Europa, promovendo o bem-estar das populações.

c) às grandes obras públicas realizadas no leste europeu pelos reis absolutistas, que buscavam aplicar as ideias dos filósofos franceses aos seus governos.

d) ao uso de tecnologias modernas, reservadas à produção agrícola dos países europeus, cujas economias ainda se orientavam pelos padrões medievais.

e) às mudanças políticas que flexibilizaram as relações entre metrópoles europeias e suas áreas coloniais no Novo Mundo.

 

2. (FPS PE/2014) O Iluminismo construiu propostas que modificaram as sociabilidades da época e abriu espaço para mudanças econômicas. Um dos seus pensadores mais importantes, Locke, defendia:

a) a afirmação de um governo democrático com liberdade e igualdade na sociedade europeia.

b) a manutenção do sistema mercantilista, mas com o fim do escravismo e da colonização.

c) a existência de restrições ao poder absoluto que reinava na Europa da época.

d) a mudança no sistema feudal com a extinção total dos privilégios da monarquia e da nobreza.

e) a ascensão da burguesia com o fim da monarquia constitucional e do escravismo colonial.

 

3. (FATEC SP/2014) A partir do final do século XIX, com o início da industrialização e da urbanização no estado de São Paulo, começaram a surgir organizações de operários e jornais sindicais. Em um deles, chamado A Voz do Povo, encontramos a seguinte mensagem, publicada no ano de 1890: Acreditamos que todos sabem que é do interesse comum haver na Constituinte opiniões de todas as classes, de modo que a lei seja uma verdadeira emanação do povo, e não de algumas classes privilegiadas, como foram todas as leis do Império.

(www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/novosrumos/article/viewFile/2073/1705 Acesso em: 30.08.2013)

Analisando o conteúdo do texto, encontramos influência das ideias

a) anarquistas, pois se defende a eliminação do Estado civil organizado.

b) socialistas, pois se defende a tomada do poder pela revolução operária.

c) imperialistas, pois se defende a legislação tal qual era organizada no Império.

d) mercantilistas, pois se defende a diminuição das funções do Estado pela lei do mercado.

e) iluministas, pois se defende a soberania popular por meio da representação na Constituinte.

 

4. (FMJ SP/2014) É necessário termos presente não só o progresso técnico como também o clima geral da economia, no qual surgem os primeiros sinais da ”revolução industrial”: longo período de expansão que tem o seu início cerca de 1730, primeiro no domínio agrícola (progresso econômico e acréscimo da produção que permitem alimentar uma população mais numerosa), conjuntura favorável ao lucro e as atividades manufatureiras, crescimento das cidades e dos portos, poderio dos armadores e dos negociantes, dos quais Voltaire faz o panegírico nas suas Cartas Inglesas: “O comércio, que enriqueceu os cidadãos na Inglaterra, contribuiu para os tornar livres, e essa liberdade deu por sua vez maior expansão ao comércio; daí se formou o poderio do Estado.”

(Jean Touchard (org.). História das ideias políticas, 1970. Adaptado.)

No contexto apresentado, Voltaire

a) sustenta a necessidade fundamental de a sociedade organizar- se de forma estamental.

b) argumenta que a excessiva liberdade econômica pode gerar nas nações tirania política.

c) denuncia a insustentabilidade das práticas econômicas essenciais sem a tutela estatal.

d) entende o desenvolvimento do comércio como causa e consequência da liberdade dos cidadãos.

e) apoia as monarquias absolutistas europeias fundadas no direito divino dos reis.

 

5. (IFGO/2014) É possível estabelecer relações entre os seguintes movimentos da história: Revolução Francesa; Independência dos Estados Unidos da América; Iluminismo. Tais movimentos, de alguma forma, expressaram a crise do Antigo Regime. Nos casos do movimento Iluminista e da Revolução Francesa, é possível identificar questionamentos dos revolucionários quanto ao excesso de autoridade do clero e da nobreza sobre os demais setores da sociedade. Além disso, a França passava por um período de crise econômica, decorrente da sua participação na guerra da independência norte-americana e dos elevados custos financeiros da corte do rei absolutista Luís XVI.

Em 1791, os revolucionários franceses promulgaram uma nova Constituição, a partir dos princípios preconizados por Montesquieu.

Assinale a alternativa que contenha um fundamento do novo regime estabelecido com a nova Constituição francesa e que se faz presente na realidade política brasileira atual.

a) a subordinação do Judiciário ao Legislativo.

b) o fortalecimento da monarquia absolutista.

c) a divisão do poder político em executivo, legislativo e judiciário.

d) a supremacia do Judiciário sobre os outros poderes políticos.

e) o estabelecimento da soberania popular, sob quaisquer circunstâncias políticas.

 

6. (Fac. Cultura Inglesa SP/2014) O grande objetivo da entrada do homem em sociedade consiste na fruição da propriedade em paz e em segurança e, sendo o grande instrumento e meio disto as leis estabelecidas nessa sociedade, a primeira lei positiva e fundamental de todas as comunidades consiste em estabelecer o poder legislativo. Esse poder legislativo não é somente o poder supremo da comunidade, mas é sagrado e inalterável nas mãos em que a comunidade uma vez o colocou; nem pode qualquer édito, de quem quer que seja, ter a força e a obrigação da lei se não tiver sanção do legislativo escolhido e nomeado pelo público; porque, sem isto, a lei não teria o consentimento da sociedade sobre a qual ninguém tem o poder de fazer leis senão por seu próprio consentimento e pela autoridade dela recebida.

(John Locke. Segundo tratado sobre o governo, 1963. Adaptado.)

O filósofo inglês John Locke publicou o Segundo tratado sobre o governo em 1690. Um dos argumentos do livro, resumido no excerto transcrito, foi essencial para que transformações políticas ocorressem na Europa e na América, porque

a) denunciou a exploração econômica dos trabalhadores industriais.

b) sustentou que a propriedade particular das terras provocava lutas sociais.

c) demonstrou que a democracia seria possível apenas em pequenos grupos sociais.

d) elaborou, por oposição aos Estados absolutistas, a teoria do governo representativo.

e) considerou a paz social, garantida pelo rei, como a condição da felicidade humana.

 

7. (UEA AM/2013) A saída do homem da sua minoridade, da qual é ele próprio o responsável. Minoridade, isto é, incapacidade de se servir do seu entendimento sem a direção de outrem.

(Immanuel Kant. O que é o Iluminismo? Apud Roland Desné, O Iluminismo, 1974.)

O texto de Kant resume o argumento central do Iluminismo, que teve consequências históricas profundas

a) na política, com o combate ao absolutismo, e na cultura, com a crítica aos dogmas religiosos.

b) no surgimento da estética barroca, com a expansão das atividades econômicas em escala mundial.

c) na sociedade, com a abolição das desigualdades sociais, e na ética, com a noção de desespero humano.

d) no aparecimento da filosofia, com a desmoralização das verdades reveladas pelos sistemas religiosos.

e) na ideologia, com a oposição à liberdade individual, e na política, com o apoio aos movimentos republicanos.

 

8. (PUC RJ/2014) Os parágrafos que se seguem foram extraídos do documento “Declaração de Independência dos Estados Unidos”, assinado pela unanimidade dos representantes políticos das Treze Colônias, no Segundo Congresso Continental no ano de 1776.

“Quando no decurso da História do Homem se torna necessário um povo quebrar os elos políticos que o ligavam a outro e assumir, de entre os poderes terrenos, um estatuto de diferenciação e igualdade ao qual as Leis da Natureza e do Deus da Natureza lhe conferem o direito, o respeito que é devido perante as opiniões da Humanidade exige que esse povo declare as razões que o impelem à separação. (...)

(...) o Povo tem direito a (...) instituir um novo governo, assentando os seus fundamentos nesses princípios e organizando os seus poderes do modo que lhe pareça mais adequado à promoção de sua Segurança (...).”

Fonte: http://www.infopedia.pt/$declaracao-de-independencia-dos-estados

Assinale a alternativa que corresponde CORRETAMENTE ao conjunto de ideias e ideais relacionados à época histórica tratada pelo documento.

a) O liberalismo enquanto doutrina defendia a menor intervenção possível do Estado na condução política da sociedade.

b) O racionalismo científico renascentista atribuía ao homem o poder de conhecimento e intervenção tanto na natureza como na condução política das sociedades.

c) O nacionalismo partia do pressuposto de que a lealdade do indivíduo ao Estado-nação deveria estar acima dos interesses pessoais ou dos interesses de determinados grupos.

d) O Iluminismo defendia, de modo geral, a ideia de que o Estado deveria assegurar ao Homem o direito de expressar sua consciência de forma autônoma, bem como os direitos inalienáveis à vida e à busca da felicidade.

e) As doutrinas sociais emergentes do contexto da sociedade industrial pregavam a ampliação da participação política à classe operária, além de melhores condições de vida para a mesma.

 

9. (PUC RJ/2014) No século XVIII, os soberanos absolutistas Frederico II, da Prússia, José II, da Áustria, Catarina, da Rússia, José I, de Portugal, e Carlos III, da Espanha, promoveram em seus países, relativamente atrasados no cenário europeu, políticas administrativas baseadas em princípios

a) liberais.

b) tomistas.

c) iluministas.

d) corporativistas.

e) contra-reformistas.

 

10. (UEFS BA/2014)

Homens, o tempo é chegado para a vossa ressurreição; sim para ressuscitares do abismo da escravidão para levantares a sagrada Bandeira da Liberdade.

A liberdade consiste no estado feliz, no estado livre do abatimento: a liberdade é a doçura da vida, o descanso do homem com igual paralelo de uns para outros, finalmente a liberdade é o repouso e bem aventurança do mundo.

MATTOSO, K. M. de Q. Presença francesa no movimento democrático baiano de 1798. Salvador: Itapuã, 1969.

O texto reúne dois trechos dos chamados “boletins sediciosos” da Conjuração Baiana de 1798, também conhecida como Revolução dos Alfaiates ou Revolta dos Búzios. O elo comum que o aproxima de dois outros textos igualmente importantes da mesma época — a Declaração dos Direitos do Homem na França e a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América do Norte —, diz respeito

a) à derrubada do monopólio comercial e à abertura dos portos.

b) ao estabelecimento de eleições livres e diretas para a escolha dos governantes.

c) à necessidade de acabar com a escravidão, libertando todos os cativos.

d) à escolha da república como a forma de governo mais apropriada à garantia da liberdade.

e) ao direito de todos à liberdade e à igualdade perante a lei.

 

11. (ENEM/2012) É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.

MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado).

A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito

a) ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.

b) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis.

c) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às leis.

d) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde que ciente das consequências.

e) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais.

 

12. (ENEM/2013) Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.

MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo Abril Cultural, 1979 (adaptado).

A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que haja

a) exercício de tutela sobre atividades jurídicas e políticas.

b) consagração do poder político pela autoridade religiosa.

c) concentração do poder nas mãos de elites técnico-científicas.

d) estabelecimento de limites aos atores públicos e às instituições do governo.

e) reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito.

 

13. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2015) Consideramos as seguintes verdades evidentes por si mesmas, a saber, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais figuram a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Para assegurar esses direitos, entre os homens se instituem governos, que derivam seus justos poderes do consentimento dos governados.

(Declaração da Independência, apud Harold C. Syrett, Documentos Históricos dos Estados Unidos)

Esse documento revela a influência das ideias

a) de Thomas Hobbes, por justificar o governo como necessário para a ordem na natureza.

b) liberais, por colocar a liberdade acima dos interesses políticos e da verdade científica.

c) de John Locke, por defender o contrato social entre governantes e governados.

d) iluministas, por destacar a importância de Deus na organização política de um povo.

e) de Rousseau, por apoiar a soberania popular, a igualdade e o sufrágio universal.

 

14. (IFGO/2015) (...) na última parte do século XVIII, (...) o evidente sucesso internacional do poderio capitalista britânico levou a maioria destes monarcas (ou melhor, seus conselheiros) a tentar programas de modernização intelectual, administrativa, social e econômica. Naquela época, os príncipes adotavam o slogan do "iluminismo" do mesmo modo como os governos de nosso tempo, por razões análogas, adotam slogans de "planejamento".

HOBSBAWM, E. “A Era das Revoluções”, Paz e Terra, 10ª ed., 1997.

A história das ideias e dos movimentos intelectuais tem grande importância para compreendermos transformações e características fundamentais da nossa sociedade. A esse respeito, assinale a alternativa correta.

a) O poderio britânico, no século XVIII, se deve à conquista de colônias no espaço afro-asiático.

b) O fato histórico descrito no texto ficou conhecido como “despotismo esclarecido”.

c) No século XVIII, a Revolução Industrial organizou um cenário econômico homogêneo na Europa e, em contrapartida, reforçou o atraso das nações do continente americano.

d) A modernização político-econômica, no século XVIII, se deve ao surgimento dos chamados regimes absolutistas.

e) O iluminismo procurou conciliar a influência cultural da Igreja com a racionalização das instituições políticas.

 

15. (PUC GO/2015) Hermano não falava nunca de sua casa. Alegava não compreender muito bem porque o homem devia ter um lar. O homem, diziam-lhe sempre, era o ser livre. Nem Deus o quis privar da liberdade. E Deus era o mandachuva do mundo. E seu criador. Um dia, entediado, ele começou a brincar com barro, na sua olaria. Nos quintais do céu, Jeová havia mandado construir uma, para fabricar telhas e com elas consertar goteiras no purgatório. Brincando, suas mãos infinitamente idosas fizeram uma travessura digna de boa surra. Criaram o Homem! Um boneco de barro, metido a muita cousa. Mas Jeová se arrependeu da brincadeira. Vendo o que faria o boneco, saído de si em momento de tédio, atirou-o num monte enorme de barro. E lá o deixou. Livre.

Deus não fez como seu Manoel açougueiro que criou a Regina e o Chiquinho – um casal de bonecos pretos – e nunca mais os largou.

Hermano achava que o tal homem seria verdadeiramente livre se não tivesse todos os dias que ir a casa para almoçar. Para tomar banho. Para dormir. E mexer numa tulha cheia de problemas mesquinhos. Falta de feijão; educação, futuro, contas do padeiro, baratas e trabalho. Dogmas, normas, inibições. Para ele, o homem não era livre. Livre, sim, era o burro. Um burro come onde encontra capim. Não tem que voltar, tarde da noite, para uma cama no quarto de uma casa, numa rua de cidade. Quanta limitação! Qual, o homem não era livre. [...]

(LEÃO, Ursulino. Maya. 2. ed. Goiânia: Kelps, 1975, p. 13. Adaptado.)

O texto afirma que o homem deve ser livre. No século XVIII, na Europa, a liberdade do homem passou a ser evocada por filósofos e educadores para que se alcançasse o progresso intelectual, social e moral. Nesse empreendimento, o problema educativo foi posto cada vez mais no centro da vida social. Sobre essa temática, analise os itens a seguir quanto à sua correção:

I. A educação deveria ter a função de assegurar aos grupos sociais a formação dos cidadãos para a produtividade, libertando-os de preconceitos, tradições acríticas e crenças irracionais.

II. A educação promoveria o fortalecimento do sentimento religioso, pois a religião seria um mediador entre a sociedade e o poder, evitando assim os conflitos sociais, a desordem e a amoralidade dos princípios.

III. A educação seria emancipadora, porque o homem autônomo reivindicaria para si próprio o papel de guia de sua formação.

De acordo com os itens analisados, marque a alternativa que contém apenas proposições corretas:

a) I, II e III.

b) I e II.

c) I e III.

d) II e III.

 

16. (UNIOESTE PR/2013) Sobre o Movimento Iluminista, analise as seguintes afirmações:

I. O Iluminismo foi a corrente de pensamento dominante na Europa, principalmente na França, Inglaterra e Alemanha, no período entre as últimas décadas do século XVII e final do século XVIII.

II. Alicerçado na filosofa e na ciência, herança do Renascimento e tendo como base social as classes burguesas, os iluministas criticavam as instituições e princípios do regime feudal, do absolutismo e da intolerância religiosa.

III. Fez a defesa da teocracia católica, frente aos abusos cometidos pela monarquia absoluta e negou as ideias de progresso e de natureza.

IV. Criticou a independência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e fez a defesa do pensamento absolutista, justificando o poder dos reis pelo direito divino.

V. Defendeu o desenvolvimento do mercantilismo e do metalismo como políticas econômicas a serem adotadas pelas Monarquias Constitucionais.

Considerando o exposto, assinale a alternativa correta.

a) As alternativas IV e I estão corretas.

b) As alternativas III e V estão corretas.

c) As alternativas III e IV estão corretas.

d) As afirmativas II e V estão corretas.

e) As afirmativas I e II estão corretas.

 

17. (UNIOESTE PR/2013) A concepção de uma sociedade contratual surgiu no século XVIII, nas palavras de Rousseau:

“O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!’”.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.

Com base no texto acima, é INCORRETO afirmar que

a) para manter a ordem, os homens criaram o Estado mediante um contrato. Esse contrato tem por finalidade passar ao Estado todos os seus direitos naturais.

b) o homem é naturalmente bom, sendo a sociabilização a culpada pela sua “degeneração”. Isso está relacionado ao surgimento da propriedade privada.

c) o estado civil, diferente do estado natural, faz com que os homens antes de consultar seus desejos consultem sua razão, o objetivo final sempre é a justiça que torne os homens iguais e dê retorno a eles de suas liberdades cedidas.

d) o povo é o verdadeiro fundamento da sociedade, e deve ficar sobre um território que tenha o suficiente para sua sobrevivência, sendo desnecessários grandes impérios, uma vez que quanto mais se estende o laço social, mais este é fragilizado.

e) a origem da desigualdade entre os homens, segundo Rousseau, está na criação do Estado, pois ele institui o contrato social e estabelece a propriedade privada.

 

18. (UNICAMP SP/2015) A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.

(John Locke, Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.)

O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte,

a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência.

b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos.

c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas.

d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.

 

19. (UNICAMP SP/2015) A igualdade, a universalidade e o caráter natural dos direitos humanos ganharam uma expressão política direta pela primeira vez na Declaração da Independência americana de 1776 e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. Embora se referisse aos “antigos direitos e liberdades” estabelecidos pela lei inglesa e derivados da história inglesa, a Bill of Rights inglesa de 1689 não declarava a igualdade, a universalidade ou o caráter natural dos direitos. Os direitos são humanos não apenas por se oporem a direitos divinos ou de animais, mas por serem os direitos de humanos em relação uns aos outros.

(Adaptado de Lynn Hunt, A invenção dos direitos humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 19.)

Assinale a alternativa correta.

a) A prática jurídica da igualdade foi expressa na Declaração de Independência dos EUA e assegurada nos países independentes do continente americano após 1776.

b) A lei inglesa, ao referir-se aos antigos direitos, preservava a hierarquia, os privilégios exclusivos da nobreza sobre a propriedade e os castigos corporais como procedimento jurídico.

c) No contexto da Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão significou o fim do Antigo Regime, ainda que tenham sido mantidos os direitos tradicionais da nobreza.

d) Os direitos do homem, por serem direitos dos humanos em relação uns aos outros, significam que não pode haver privilégios, nem direitos divinos, mas devem prevalecer os princípios da igualdade e universalidade dos direitos entre os humanos.

 

20. (UFAM/2015) “A partir da segunda metade do século XVIII, enquanto alguns países da Europa Ocidental assistiam à vitória das forças ligadas ao capitalismo, em outros países empreendeu-se uma política reformista visando à modernização dos Estados pelos respectivos soberanos. A essa política, que variou segundo as circunstâncias próprias a cada país, denominamos de despotismo esclarecido ou reformismo ilustrado. Geralmente os ‘monarcas esclarecidos’ adotavam a fraseologia dos filósofos do Iluminismo para empreender a modernização de seus Estados; tratava-se de adaptar alguns princípios novos a Estados de condições socioeconômicas e políticas atrasadas.”

AQUINO, R. História das Sociedades. Das Sociedades Modernas às Sociedades Atuais. RJ: Novo Milênio, 2010.

O apogeu do despotismo esclarecido na Prússia foi atingido no governo de Frederico II, o Grande. Influenciado principalmente pelo ideário de Voltaire, ele acreditava que o rei era o coração, a alma e o cérebro do Estado. Para o monarca, o objetivo de governo era o bem comum, a preocupação com os interesses, felicidade e bem-estar do povo. Ao assumir o poder, Frederico II adotou uma série de medidas, como:

a) Confisco dos bens e as propriedades da Igreja, distribuindo essas terras aos nobres.

b) Elevação do imposto de captação, sobretaxando os camponeses prussianos, o que aumentou as receitas do Estado.

c) Abolição das torturas aos presos políticos, concedendo aos prussianos plena liberdade de expressão.

d) Manutenção do regime de servidão e aumento dos direitos dos proprietários sobre os servos da terra.

e) Criação de um Tribunal de Justiça para julgar delitos da nobreza e promulgação de uma Constituição baseada em princípios democráticos.

 

21. (PUCCamp SP/2004) Dividimos a história em eras, com começo e fim bem definidos, e mesmo que a ordem seja imposta depois dos fatos - a gente vive para a frente mas compreende para trás, ninguém na época disse "Oba, começou a Renascença!" - é bom acreditar que os fatos têm coerência, e sentido, e lições. Mas podemos apreender a lição errada.

(Luiz Fernando Veríssimo. "Banquete com os deuses")

Contextualizando historicamente o movimento da Renascença a que o texto se refere, é correto afirmar que o Renascimento

a) Destacou-se por introduzir a observação da natureza e a experimentação como métodos básicos do conhecimento científico e na reconstrução das teorias aristotélicas modernas.

b) Caracterizou-se por conciliar, no século XVI, os princípios liberais e as necessidades emergentes da população mediante a análise dos mecanismos sociais do capitalismo.

c) Foi um importante elo no processo de libertação da razão, que culminou, no século XVIII, na filosofia iluminista e na constituição da moderna sociedade burguesa e capitalista.

d) Foi responsável pelo surgimento de ideias que colocavam o conhecimento racional no ápice e pela constituição de uma linha bem nítida entre a razão e a fé, no século XVII.

e) Teve um importante papel na defesa de uma nova religiosidade entre os homens que, somada à racionalidade, poderia resultar num mundo progressista e mais justo.

 

22. (UNIFOR CE/2001) Em O espírito das leis afirma-se: "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder".

Essa afirmação reflete:

a) o espírito clássico renascentista.

b) a filosofia política do Cardeal Richelieu.

c) os princípios da teoria do Direito Divino.

d) o pensamento político de Luís XIV.

e) o liberalismo político iluminista.

 

 

Gabarito

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

A

C

E

D

C

D

A

D

C

E

B

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

D

C

B

C

A

E

A

D

C

C

E

 


Revoluções Inglesas - Exercícios


 

Revoluções Inglesas - Parte I

 

1. (PUCCamp SP) Guilherme de Orange foi proclamado rei depois de ter assinado a declaração de direitos, imposta pelo parlamento, à qual determinava limitações ao poder real. dentre as limitações, destacavam-se a

a) Obrigação de indicar nobres para as forças armadas e elementos de clero para dirigir as universidades.

b) Negação do anglicanismo como religião oficial da Inglaterra e a tolerância a todos os cultos.

c) Exigência do parlamento ser composto por dois terços de puritanos e a concordância em apoiar militarmente o combate às heresias.

d) Obrigação de convocar o parlamento periodicamente e a proibição de criar novos impostos.

e) Pacificação interna da Inglaterra e o respeito à supremacia papal.

 

2. (UEPA) No período de 1649 a 1660, desenvolveu-se na Inglaterra o regime republicano. Em 1651 Cromwel procedeu à unificação da Inglaterra, Irlanda e Escócia, tornando-se lorde protetor da comunidade britânica. Ainda em 1651, o Parlamento votou os Atos de Navegação, segundo os quais:

a) os dirigentes britânicos buscavam monopolizar o comércio e a navegação nos chamados sete mares, afetando diretamente a Holanda, detentora até então de enorme poder naval.

b) os dirigentes ingleses determinaram que o transporte de quaisquer produtos de origem colonial, assim como das espécies monetárias, seria realizado por navios de países europeus.

c) a Inglaterra declarava guerra à Holanda, uma vez que esta, buscando assegurar o poder naval, aprovou a legislação mercantil que criou as Companhias de Comércio.

d) produtos como açúcar, tabaco, algodão, madeiras tintoriais, produzidos ou fabricados em colônias inglesas da América, da África ou da Ásia seriam livremente exportados, desde que em navios não-holandeses.

e) ficou determinada a quebra do monopólio inglês sobre a navegação comercial mercantil, viabilizando a participação dos demais produtores e respectivas colônias, no transporte marítimo comercial.

 

3. (FURG RS) No século XVII, a Inglaterra foi revolvida por grandes turbulências políticas, econômicas e sociais. Trata-se da Revolução Inglesa, um período de cinquenta anos de lutas, que representou o embate das velhas estruturas feudais com as novas forças do capitalismo. As alternativas abaixo apresentam características da Revolução Inglesa.

Assinale a alternativa INCORRETA.

a) Promover o rompimento com o sistema feudal.

b) Promover a substituição do Estado absolutista pelo Estado liberal-capitalista.

c) Propiciar condições para o avanço do capitalismo industrial.

d) Implantar definitivamente a república na Inglaterra.

e) Selar um compromisso entre burguesia urbana e nobreza de terras cultivadas em moldes capitalistas.

 

4. (UFC CE) A Revolução de 1688, na Inglaterra, representou:

a) a diminuição do poder exercido pelo Parlamento.

b) a extinção do poder aristocrático com a adoção do voto popular.

c) o restabelecimento do poder dos reis católicos, durante várias décadas.

d) a derrota do Absolutismo, tornando o Parlamento soberano político da nação.

e) a consolidação do poder do soberano, que podia suspender a execução das leis, em caso de guerra.

 

5. (UFJF MG) A Revolução Gloriosa de 1688 foi, segundo Hannah Arendt, o acontecimento no qual o termo Revolução "encontrou guarida definitiva na linguagem histórica e política", embora seu significado ainda não fosse aquele que veio a ter depois da Revolução Francesa (1789).

Sobre a Revolução Gloriosa é CORRETO afirmar que:

a) significou a união dos Whigs e Tories simplesmente para combater as pretensões de Jaime II de restabelecer o puritanismo;

b) diferentemente dos "revolucionários" franceses, os "revolucionários" ingleses conseguiram, de fato, abolir a monarquia e proclamar a república;

c) mesmo não tendo desencadeado tanto derramamento de sangue quanto a Revolução Francesa, a Revolução Gloriosa abriu espaço para a participação popular, ao reinstituir a cooperação entre Coroa e Parlamento;

d) apesar de se autodenominar Revolução, o movimento inglês era claramente restauracionista, ou seja, visava a restituir o poder aos protestantes;

e) o movimento visava a restaurar na Inglaterra a república, seguindo o modelo de Oliver Cromwell.

 

6. (UFJF MG) “Ao quebrar o poder do rei, a Guerra Civil varreu a principal barreira que impedia os senhores rurais de praticar o enclousure e, simultaneamente, preparou a Inglaterra para ser governada por uma ‘comissão de senhores rurais’(...) designação pouco lisonjeira para o parlamento (...) “

(Barrington Moore Jr. Origens sociais da ditadura e da democracia.)

Quanto aos reflexos da Revolução Inglesa, assinale a alternativa INCORRETA:

a) possibilitou as condições para a instalação do capitalismo, ao intensificar os cercamentos e a proletarização do campesinato;

b) limitou o poder monárquico, permitindo a ascensão da burguesia e setores da gentry através do Parlamento;

c) estimulou a acumulação de capitais que levaria à eclosão da Revolução Industrial;

d) refletiu a expansão da Contrarreforma na Inglaterra, consolidando o poder da Igreja Católica vinculada ao Parlamento.

 

7. (UFMA/) O despertar revolucionário dos ideais liberais ocorreu na Inglaterra. Foi lá que a burguesia chegou primeiro ao poder político e estabeleceu um regime parlamentarista.

Este processo é denominado:

a) Segunda Revolução Industrial.

b) Primeira Revolução Industrial.

c) Revolução Inglesa do século XVII.

d) Reforma Religiosa.

e) Contrarreforma.

 

8. (UFMG) O século XVII é decisivo na história da Inglaterra. … a época em que a Idade Média chega ao fim.

HILL, Christopher. O eleito de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 13.

Considerando-se que o marco tradicional do final da Idade Média é o século XV, tal afirmação sobre esse período da história inglesa justifica-se em razão da:

a) derrota da Igreja Católica, com a ascensão do anglicanismo e sua adoção como religião oficial do Estado.

b) instauração da república liberal e presidencialista, que se consolidou no poder, apesar da oposição monárquica.

c) unificação da Inglaterra que, sob um monarca absoluto, superou a fragmentação política feudal.

d) vitória da Revolução Inglesa, que aboliu direitos feudais e submeteu o rei ao poder do Parlamento.

 

9. (FATEC SP) Guilherme de Orange foi proclamado rei com o nome de Guilherme III, depois de ter assinado o Bill Of Rights, com as limitações impostas pelo Parlamento à monarquia.

Sobre essas limitações é correto dizer que:

a) instituíam um ministério composto pela nobreza latifundiária e a burguesia urbana.

b) instituíam o anglicanismo como religião oficial da Inglaterra e a tolerância a todos os cultos, o que foi confirmado pelo rei, apesar de ele ser católico extremado.

c) combatiam a liberdade de imprensa, a liberdade individual e a propriedade privada.

d) dispensavam a aprovação das Câmaras para o aumento de impostos.

e) configuraram um conjunto de medidas que acabou por substituir a monarquia absoluta vigente por uma monarquia constitucional.

 

10. (UFRN) “Os Cabeças Redondas (round-heads) receberam esse nome pelo corte de cabelo que usavam: curto, de forma arredondada, desprezando a moda corrente dos cabelos longos entre os membros da corte... A partir das vitórias militares sobre os Cavaleiros, conseguiram a rendição do rei em 1646. Entretanto, Carlos I reorganizou seus soldados e recomeçou a guerra, sendo derrotado definitivamente pelos Cabeças Redondas de Cromwell. Preso, Carlos I foi julgado pela Alta Corte de Justiça a mando do Parlamento, sendo condenado à morte. Em janeiro de 1649 o rei foi decapitado em frente ao palácio de Whitehall, em Londres.”

HILL, C. O eleito de Deus: Oliver Cromwell e a Revolução Inglesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 179.

Com relação aos fatos citados no texto acima, é correto afirmar que

a) o Parlamento, ao executar o rei, atacava um princípio central do Estado Absolutista, que era a ideia da origem divina do poder real e de sua incontestável autoridade.

b) os Cabeças Redondas defendiam não apenas a extinção do regime monárquico como também a luta armada contra nações que tivessem esse regime.

c) a Revolução Inglesa questionava a legitimidade do Antigo Regime Monárquico e desencadeou uma série de revoluções, pondo fim ao Estado Moderno na Europa.

d) a Revolução Inglesa estava afinada com os interesses da nascente burguesia, mantendo alguns privilégios da nobreza, ligada à Igreja Anglicana.

 

11. (UFSCAR SP) As revoluções contra o poder absolutista dos reis atravessaram grande parte da história moderna da Europa. Houve, no entanto, diferenças entre as revoluções francesa e inglesa.

Assinale a alternativa correta.

a) Na França, a oposição ao absolutismo implicou, ao contrário do que ocorreu na Inglaterra, o estabelecimento de um regime republicano, mesmo que passageiro.

b) A revolução inglesa, diferentemente da francesa, reivindicou os direitos do Parlamento contra o arbítrio real, expressos por documentos escritos que remontavam à Idade Média.

c) A revolução inglesa, ao contrário da francesa, contou com o apoio popular na luta contra os reis absolutistas, desvinculando-se de disputas entre facções religiosas.

d) A luta contra o absolutismo na França distinguiu-se do processo que se desenvolveu na Inglaterra pela violência e execução do monarca absolutista.

e) A revolução francesa removeu os obstáculos impostos à economia pelo antigo regime, industrializando o país no século XVIII; na Inglaterra, ao contrário, a revolução conteve o crescimento econômico.

 

12. (UFU MG) A Revolução Inglesa do século XVII (1642–1689) transformou a estrutura política, econômica e social da Inglaterra. Nesta perspectiva, pode-se afirmar que:

I) o poder político mudou de mãos, passando para a pequena nobreza rural, a “gentry”, identificada com a burguesia mercantil.

II) no plano econômico a estrutura agrária foi transformada, havendo a aceleração do processo de cercamento, possibilitando assim, o surgimento da grande propriedade capitalista e a generalização das relações proletarizantes de trabalho no campo.

III) a antiga aristocracia teve seus bens confiscados ou altamente taxados, sendo obrigada a produzir para o mercado. O tradicional clero anglicano perdeu os seus bens e sua autonomia; a pequena nobreza rural, “gentry”, expandiu seu horizonte econômico com a expansão dos cercamentos.

IV) a Revolução Inglesa possibilitou, pela primeira vez à sociedade, a conquista e o gozo da liberdade civil e política, especialmente aos homens de propriedade.

Assinale a opção que apresenta as afirmativas corretas:

a) apenas I e II

b) apenas I e III

c) apenas II e III

d) apenas II e IV

e) todas as afirmativas estão corretas

 

13. (ESCS DF) “As viagens de exploração empreendidas por portugueses e espanhóis não consistiam em simples aventuras; elas visavam elevar o prestígio nacional e, acima de tudo, vantagens comerciais. Essas, contudo, não foram as únicas realizações comerciais a terem efeito na Renascença; houve também duas invenções muito importantes: o papel e a imprensa.”

(Ronan, Colin A. História ilustrada da Ciência: da Renascença à Revolução Científica. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1987, pg.9)

Assinale a opção que NÃO corresponde à função desempenhada pela imprensa na época renascentista:

a) foi um importante veículo difusor do pensamento humanista entre os grupos letrados da sociedade do Antigo Regime;

b) viabilizou a difusão em maior escala de obras traduzidas para diversas línguas nacionais;

c) possibilitou a impressão de textos clássicos, que puderam ser perpetuados para além dos muros dos conventos e das universidades;

d) possibilitou a impressão da Bíblia em língua nacional, o que criou as condições para que o leitor individual burlasse as imposições da Igreja católica;

e) foi um veículo condenado e proibido pelos Estados europeus por difundirem saberes até então restritos à Igreja Católica.

 

14. (UNESP SP) O “Ato de Navegação” de 1651 teve importância e consequências consideráveis na história da Inglaterra porque:

a) favoreceu a Holanda que obtinha grandes lucros com o comércio inglês.

b) Oliver Cromwell dissolveu o Parlamento e se tornou ditador.

c) contribuiu para aumentar o poder e favorecer a supremacia marítima inglesa no mundo.

d) considerava o trabalho como a verdadeira fonte de riqueza nacional.

e) abolia todas as práticas protecionistas.

 

15. (Mackenzie SP)As Revoluções [Inglesas e Francesa], além de outras peculiaridades, são notórias como canteiros de ideologias, particularmente ideologias populares de protesto. Em cada uma dessas revoluções esteve presente um elemento popular adicional que também lutava por um lugar ao sol.

Georges Rude

Assinale a alternativa que confirma a citação acima.

a) Nas Revoluções Inglesas do século XVII participaram não só os líderes do parlamento, os presbiterianos, mas também os niveladores e os sectários das classes inferiores ou subalternas. Na Revolução Francesa, a burguesia e seus aliados aristocratas – liberais tiveram de fazer frente aos camponeses e sans culotes urbanos.

b) Os girondinos eram o grupo radical mais próximo aos ideais populares durante a Revolução Francesa e foram os responsáveis pela aprovação da lei do Máximo.

c) Na Revolução Francesa, a nobreza teve que se aliar aos operários de Paris para poder impedir a onda de terror promovida pelos partidários de Robespierre e, na Inglaterra, Oliver Cromwell foi obrigado a se aliar aos Yeomene aos Gentry, para poder impedir a formação do protetorado.

d) Durante às Revoluções Inglesas do século XVII, os Gentryse opuseram à nobreza de status e à aristocracia rural, devido a sua discordância com relação às leis de cercamento.

e) O diretório, liderado pelas forças revolucionárias de Gracco Babeuf, lançou as bases para a construção de um regime socialista na França. Na Inglaterra, a Revolução Puritana foi responsável pela Declaração de Direitos, que estabeleceu concessões à classe operária.

 

16. (FUVEST SP) No século XVII, a Inglaterra conheceu convulsões revolucionárias que culminaram com a execução de um rei (1649) e a deposição de outro (1688). Apesar das transformações significativas terem se verificado na primeira fase, sob Oliver Cromwell, foi o período final que ficou conhecido como “Revolução Gloriosa”.

Isto se explica porque:

a) em 1688, a Inglaterra passara a controlar totalmente o comércio mundial tornando-se a potência mais rica da Europa.

b) auxiliada pela Holanda, a Inglaterra conseguiu conter em 1688 forças contrarrevolucionárias que, no continente, ameaçavam as conquistas de Cromwell.

c) mais que a violência da década de 1640, com suas execuções, a tradição liberal inglesa desejou celebrar a nova monarquia parlamentar consolidada em 1688.

d) as forças radicais do movimento, como Cavadores e Niveladores, que assumiram o controle do governo, foram destruídas em 1688 por Guilherme de Orange.

e) só então se estabeleceu um pacto entre a aristocracia e a burguesia, anulando-se as aspirações políticas da “gentry”.

 

17. (UNESP SP) A Declaração de Direitos (Bill of Rights) da Inglaterra de 1689, a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América de 1776 e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 da França são documentos que expressam um processo revolucionário abrangente que pode ser caracterizado como:

a) declínio da aristocracia feudal, fim do poder monárquico e redemocratização dos Estados.

b) ascensão política da burguesia, queda do poder absolutista e fortalecimento do liberalismo.

c) igualdade de direitos para todos, fim das monarquias e difusão das ideias iluministas.

d) fim dos privilégios da nobreza, organização de repúblicas e difusão do positivismo.

e) ampliação dos direitos da burguesia, estabelecimento de democracias e declínio do liberalismo.

 

18. (UNIFOR CE) Analise os textos abaixo.

I) "...ela foi um compromisso entre a burguesia (...) e os grandes proprietários rurais. As massas não tomaram parte na sua execução..."

II) "ela levou ao poder os aliados burgueses e latifundiários. As terras da Coroa e da Igreja foram apropriadas pelas duas classes aliadas. Esta nova aristocracia promoveu uma legislação para garantir o desenvolvimento do comércio, a expansão da agricultura moderna e a ampliação da oferta de mão-de-obra para as manufaturas e indústrias..."

III) "O poder do rei foi limitado pelo poder do Parlamento. A burguesia, aliada dos proprietários rurais, passou a exercer diretamente o poder político através do Parlamento".

Eles identificam

a) as consequências da Revolução Francesa.

b) os resultados da Revolução Americana.

c) a importância da Revolução Industrial.

d) os fatores da Revolução Comercial.

e) o significado da Revolução Gloriosa.

 

19. (FGV) (…) nenhuma mercadoria produzida ou fabricada na África, Ásia e América será importada na Inglaterra, Irlanda ou País de Gales, Ilhas Jersey e Guernesey, e cidade de Berwick sobre o Tweed, outros navios senão nos que pertencem a súditos ingleses, irlandeses ou galeses e que são comandados por capitães ingleses e tripulados por uma equipagem com três quartos de ingleses (…) nenhuma mercadoria produzida ou fabricada no estrangeiro e que deve ser importada na Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Ilhas Jersey e Guernesey deverá ser embarcada noutros portos que não sejam aqueles do país de origem (…)

(English historical documents, Apud Pierre Deyon, O mercantilismo)

Esses são fragmentos do Ato de Navegação, que traz como decorrência para a Inglaterra:

a) a perda de vastos territórios coloniais para a Holanda e Portugal, pois a marinha inglesa de guerra ficou inferiorizada.

b) o apoio, de forma decisiva, na formação dos Estados Gerais da República das Províncias Unidas, hoje Holanda.

c) o acirramento das rivalidades econômicas com os holandeses e o fortalecimento do comércio exterior inglês.

d) o reforço do absolutismo da dinastia Tudor e a eclosão da Revolução Puritana, liderada pelos levellers.

e) a garantia da presença do capital inglês na exploração do ouro e das pedras preciosas em Minas Gerais.

 

20. (UNESP) Gerald Winstanley, líder dos escavadores da Revolução Puritana na Inglaterra (1640-1660), definiu a sua época como aquela em que “o velho mundo está rodopiando como pergaminho no fogo”. Embora os escavadores tenham sido vencidos, a Revolução Inglesa do século XVII trouxe mudanças significativas, dentre as quais destacam-se a:

a) instituição do sufrágio universal e a ampliação dos direitos das Assembleias populares.

b) separação entre Estado e religião e a anexação das propriedades da Igreja Anglicana.

c) liberação das colônias da Inglaterra e a proibição da exploração da mão-de-obra escrava.

d) abolição dos domínios feudais e a afirmação da soberania do Parlamento.

e) ampliação das relações internacionais e a concessão de liberdade à Irlanda.

 

GABARITO

1

2

3

4

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6

7

8

9

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12

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15

16

17

18

19

20

D

A

D

D

D

D

C

D

E

A

B

E

E

C

A

C

C

E

C

D

 

 Parte 2


1. (FGV) É o governo puritano de Cromwell que realiza um ataque frontal aos interesses holandeses no Atlântico. Tal medida foi denominada:

a) Commonwealth;

b) Ato de Navegação;

c) Declaração de Direitos;

d) Petição de Direitos;

e) Acordo de Comércio entre as Nações Amigas.

 

2. (UFMG) Durante a Revolução Inglesa, no século XVII, foi formado o Exército de Novo Tipo, liderado por Oliver Cromwell, de que participavam, além da classe mercantil, da gentry, dos pequenos proprietários camponeses e de trabalhadores urbanos, segmentos mais radicais, que defendiam reformas profundas no Estado inglês.

É CORRETO afirmar que esses segmentos eram constituídos:

a) pelos tories, que visavam ao fechamento do Parlamento e à instituição de um governo popular, e pelos whigs, defensores da abolição da propriedade privada.

b) pelos levellers, que reivindicavam a democratização, a extensão do sufrágio e uma maior igualdade perante a lei, e pelos diggers, defensores da posse comum das terras.

c) pelos landlords, que buscavam a implantação do sufrágio universal e a extensão do voto às mulheres, e pelos warlordists, que pregavam a luta armada do povo contra o Parlamento.

d) pelos saint-simonistas, que defendiam o fim do sistema monárquico, e pelos owenistas, defensores da abolição da Câmara dos Lordes.

 

3. (UFPB) Acerca da Revolução Inglesa, é correto afirmar:

a) A Revolução Gloriosa de 1688 é considerada pelos historiadores como um movimento de instalação de uma ordem parlamentar forte, em contradição com as inspirações absolutistas da Revolução Puritana de 1640.

b) A principal consequência da Revolução Gloriosa foi o estabelecimento da República e a imediata supressão da monarquia, como aconteceria cerca de 100 anos depois na Revolução Francesa.

c) A subida da Casa de Orange ao trono inglês (1688) representou a restauração do poder absolutista e a submissão do Parlamento.

d) A classe dos yeomen, ou camponeses, foi contrária ao exército parlamentar antiabsolutista de Oliver Cromwell, pelo apoio que este recebeu da nobreza rural mais progressista, a chamada gentry.

e) A Declaração dos Direitos, datada de 1689, limitou o poder político real e abriu caminho para a entrada da Inglaterra numa era de prosperidade, reforçando sua modernização econômica.

 

4. (UNIMONTES MG) (…) Os lordes espirituais e temporais e os Comuns, hoje (22 de janeiro de 1689) reunidos (...) constituindo em conjunto a representação plena e livre da nação (...) declaram (...) para assegurar os seus antigos direitos e liberdades:

1. Que o pretenso direito da autoridade real de suspender as leis ou a sua execução (...) é ilegal.(...)

4. Que qualquer levantamento de dinheiro para a Coroa ou para seu uso (...) sem o consentimento do Parlamento (...) é ilegal; (...)

6. Que o recrutamento e a manutenção de um exército no reino, em tempo de paz, sem o consentimento do Parlamento, é ilegal; (...)

8. Que as eleições dos membros do Parlamento devem ser livres; (...)

13. Que, para remediar todos os agravos, e para a alteração, ratificação e observação das leis, o Parlamento deve ser frequentemente reunido (...).

(COSTA, L.C.A .; MELLO, L.I. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1993, p. 69)

O fragmento do documento acima faz parte da

a) Constituição dos Estados Unidos, pela qual se garantiam, entre outros, o direito à representatividade política a todas as camadas sociais.

b) Carta de Costumes, aprovada pelo Parlamento Inglês, pela qual os direitos consuetudinários passariam a ser garantidos e as arbitrariedades republicanas, abolidas.

c) Declaração de Direitos, assinada por Guilherme III, pela qual a Realeza inglesa ficou submetida ao Parlamento.

d) Constituição Prussiana, aprovada após a vitória burguesa na guerra civil, pela qual a coesão nacional foi mantida através de acordos entre o Estado e setores da sociedade.

 

5. (UNIMONTES MG) Leia o seguinte texto.

A Revolução Inglesa, portanto, não foi feita ao talante de ninguém: aconteceu. Mas se olharmos os seus resultados, quando os idealistas, homens de vontade consciente de ambos os lados, foram derrotados, o que emergiu foi um Estado onde os órgãos administrativos que mais impediam o desenvolvimento do capitalismo haviam sido abolidos. Se a Revolução de 1640 não foi feita ao talante de ninguém, o golpe de Estado de 1688-1689 e a sucessão Hanoveriana, pacífica, o foram e muito. A classe proprietária de terra, autoconfiante, tinha agora tomado conscientemente seu destino em suas próprias mãos.

(HILL, Christopher. Uma Revolução Burguesa? Revista Brasileira de História, nº 7, p. 30-31)

Com base no conteúdo do texto acima, podemos inferir que

I - Os resultados da Revolução Inglesa concretizaram as expectativas da massa popular, no sentido de deter o avanço capitalista.

II - A Revolução Inglesa foi conduzida, ao longo de todo o processo, por homens comprometidos com as demandas dos camponeses e operários têxteis.

III - A Revolução Gloriosa e a ocupação do trono pelos Hanovers foram produto da vontade e da ação consciente da classe proprietária.

IV - Os órgãos administrativos que tolhiam o avanço do capitalismo desapareceram com o final da primeira fase da Revolução Inglesa.

São CORRETAS as afirmativas

a) II, III e IV, apenas.

b) III e IV, apenas.

c) I e IV, apenas.

d) II e III, apenas.

 

6. (PUC RJ) Em 1688-1689, a sociedade inglesa vivenciou o episódio então denominado de Revolução Gloriosa. Entre suas características, destaca-se a promulgação do Bill of Rights, uma espécie de declaração de direitos que passava a regulamentar os poderes do monarca e do Parlamento. Sobre a importância e os significados do Bill of Rights, assinale a única afirmativa CORRETA.

a) Houve o fortalecimento das atribuições do Parlamento frente ao poder decisório do monarca, instaurando um conjunto de leis que regulavam, inclusive, a atuação do soberano.

b) Houve a deposição de Guilherme III, sob a acusação de ter elevado impostos sem o consentimento prévio do Parlamento, como era previsto pelo Bill of Rights.

c) Instituiu-se a tolerância religiosa, estabelecendo severas punições para qualquer tipo de discriminação ou perseguição, em especial com relação aos que professassem a religião católica.

d) Houve a ascensão política da burguesia comercial, destituindo progressivamente dos cargos ministeriais os representantes dos landlords e demais grupos aristocráticos.

e) Instituiu-se o direito de propriedade e, de forma complementar, promulgaram-se leis que garantiram a defesa do trabalho livre e dos pequenos proprietários frente a ameaças tais como a servidão por dívidas.

 

7. (EFOA MG) A Revolução Inglesa é considerada um dos principais eventos da história da Inglaterra. Sobre essa Revolução, leia os itens abaixo.

I. O termo Revolução Inglesa abrange, na verdade, duas revoluções, que fazem parte de um mesmo processo: a chamada Revolução Puritana de 1649 e a Revolução Gloriosa de 1688.

II. A Revolução Inglesa foi uma das primeiras crises do Antigo Regime, uma vez que resultou na instauração de uma monarquia com poderes limitados pela lei e pelo parlamento.

III. Oliver Cromwell, que liderou as milícias do Parlamento contra as tropas reais na Revolução Puritana, adotava como critério de promoções o merecimento e não mais o nascimento.

IV. O Ato de Navegação, aprovado pelo Parlamento em 1651, traduziu o espírito liberal da Revolução Inglesa ao estabelecer que navios mercantes de quaisquer países podiam entrar em portos ingleses.

V. O compromisso entre Rei e Parlamento estabelecido pela Revolução Gloriosa inspirou-se na obra do filósofo Thomas Hobbes, e especialmente na sua concepção de contrato social.

São CORRETAS apenas as afirmativas:

a) II, IV e V.

b) I, II e III.

c) I, III e IV.

d) II, III e V.

e) I, IV e V.

 

8. (UFPR) A Reforma protestante e a Contrarreforma envolveram aspectos ligados à doutrina da religião cristã e à forma como se organizava a Igreja Católica com sede em Roma. No contexto desses movimentos, considere as afirmativas abaixo:

I. Os protestantes eram contrários à autoridade do Papa e à intermediação dos padres na leitura da Bíblia.

II. Os protestantes eram contrários ao casamento dos padres e ao sacramento da confissão.

III. As ideias protestantes tiveram grande aceitação por parte dos monarcas portugueses, espanhóis e ingleses.

IV. Os jesuítas foram designados para a ação missionária nas terras da América, Ásia e África, a fim de garantir a expansão da fé católica.

V. O Concílio de Trento definiu algumas ações para reagir à expansão do protestantismo, como o fortalecimento dos sacramentos e uma melhor formação do clero para o atendimento dos fiéis.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.

b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.

d) Somente a afirmativa IV é verdadeira.

e) Somente as afirmativas III e V são verdadeiras.

 

9. (UNESP SP/2006) Thomas Münzer liderou os anabatistas, camponeses que inspirados nas teses luteranas passaram a confiscar terras, inclusive da nobreza, rompendo com a estrutura feudal.

A atitude de Lutero, propositor da Reforma, frente ao anabatismo foi de:

a) apoio, pois via nos seus seguidores os que mais se aproximavam de seu ideal religioso.

b) oposição, pois via neles uma ameaça à ordem que seus protetores da nobreza defendiam.

c) apoio, pois via neles um instrumento para a derrota definitiva dos defensores de Roma.

d) oposição, pois via na violência de suas ações a manifestação dos ensinamentos do papado.

e) apoio, pois ao confiscarem as terras destruíam as bases do Sacro Império, maior inimigo de Lutero.

 

10. (ESPM) O século XVII é decisivo na história da Inglaterra. É a época em que toda a Europa enfrentava uma crise e ela se expressava por meio de uma série de conflitos, revoltas e guerras civis. O século XVI presenciara o surgimento da América e das novas rotas de comércio em direção ao extremo Oriente; um súbito crescimento populacional em toda a Europa e uma inflação monetária que também se estendia por todo o continente europeu. Tais fenômenos são relacionados (tanto como efeito quanto como causa) ao surgimento das relações capitalistas no interior da sociedade feudal e ao consequente reagrupamento das classes sociais.

Os governos tentaram, por diferentes maneiras, limitar, controlar ou aproveitar-se de tais modificações, com resultados variáveis. Apenas na Inglaterra ocorreu uma ruptura decisiva no século XVII, a qual assegurou que daí por diante, os governos haveriam de conferir grande peso a considerações de natureza comercial. As decisões tomadas durante esse século possibilitaram à Inglaterra tornar-se a primeira grande potência imperialista industrializada, e garantiram que ela fosse governada por uma assembleia Representativa.

(Christopher Hill. O Eleito de Deus)

Em relação ao século XVII, as décadas decisivas são as de 1640 a 1660. Nelas, a figura preponderante é:

a) Henrique VIII que decretou o Ato de Supremacia, criando a Igreja Anglicana, e rompendo com a Igreja Católica.

b) Thomas Morus, autor de “A Utopia”, obra que serviu de guia teórico para o absolutismo praticado pela dinastia Stuart.

c) Guilherme III que liderou a Revolução Gloriosa e tornou-se o primeiro rei inglês a submeter-se ao figurino da monarquia parlamentarista.

d) Elizabeth I que consolidou o Anglicanismo e desenvolveu agressiva política mercantilista buscando o poderio da Inglaterra nos mares.

e) Oliver Cromwell que liderou as forças parlamentares que, na Revolução Puritana, derrubaram Carlos I e a dinastia Stuart, lançando os fundamentos que fariam da Inglaterra uma potência mundial.

 

11. (FURG) A Revolução Gloriosa (1688-1689), na Inglaterra, trouxe como uma de suas decorrências o Bill of Riths, ou Declaração dos Direitos. Sobre ela, podemos afirmar que:

a) foi causa da Guerra dos Trinta Anos, devido à discriminação econômica e religiosa contra os holandeses.

b) orientou as decisões do período chamado de Restauração Stuart, idealizada por Oliver Cromwell.

c) visava a garantir os interesses dos “lords” em oposição aos interesses da nascente burguesia liberal.

d) inspirou-se nas ideias utópicas de Thomas Morus, que em seguida foi decapitado por ordem de Henrique VIII Tudor.

e) teve parte de seus princípios incorporados às dez primeiras emendas norte-americanas e à Declaração dos Direitos do Homem da França, em 1789.

 

12. (FFFCMPA RS) “O talento de Oliver Cromwell manifestou-se pela primeira vez ao superar estas fraquezas, mostrando que uma guerra revolucionária deve ser organizada de um modo revolucionário. Nas suas forças dos condados situados a leste, a promoção tinha lugar pela via do mérito, e não de nascimento. Insistia em que os seus homens tinham raízes da questão dentro deles; caso contrário, encorajava a livre discussão de ideias divergentes. Cromwell teve que lutar contra alguns dos seus oficiais superiores que se recusavam a adotar o método democrático de recrutamento e organização de que ele mostrava as vantagens”.

(Cristopher Hill, A Revolução Inglesa de 1640, 1955).

No fragmento acima, destacam-se os novos métodos empregados por Cromwell no processo de formação do exército revolucionário em oposição às forças militares do Rei Carlos I. Sabendo disso, assinale entre as alternativas abaixo aquela que indica como eram designados os partidários de Cromwell durante os conflitos ocorridos no decorrer da Revolução Inglesa de 1640.

a) Cavaliers.

b) Roundheads.

c) Tory.

d) Stuart.

e) Yeoman.

 

13. (UEM PR) Assinale a alternativa correta sobre as revoluções inglesas do século XVII.

a) O movimento ludita, que também ficou conhecido como o movimento dos quebradores de máquinas, deu caráter popular à Revolução Inglesa de 1648/49, expressando a revolta dos artesãos contra o desemprego provocado pela mecanização da indústria capitalista.

b) A Revolução de 1688-1689 recebeu o adjetivo de “Gloriosa” em função da grande participação de camponeses, artesãos e pequenos comerciantes.

c) A despeito da ocorrência de duas grandes revoluções no século XVII, a Inglaterra nunca abandonou a forma monárquica de governo.

d) A Revolução de 1688-1689 aboliu a monarquia e instituiu o Protetorado de Oliver Cromwell.

e) A Revolução de 1688-1689 é considerada um marco importante no processo de formação da Monarquia Constitucional da Inglaterra.

 

14. (UFJF MG) Leia o fragmento a seguir:

“O século XVII é decisivo na história da Inglaterra. Os problemas desse país não lhe são privativos. Toda a Europa enfrentava uma série de conflitos, revoltas e guerras civil. (...) Contudo, apenas na Inglaterra ocorreu uma ruptura decisiva no século XVII.”

(HILL, C. O Eleito de Deus: Oliver Cromwell e a Revolução Inglesa.).

Essa ruptura ficou conhecida como Revolução Inglesa, um processo que se estendeu de 1640 a 1660.

 A respeito desse processo, é INCORRETO afirmar que:

a) foi decisivo na derrocada do absolutismo na Inglaterra.

b) consolidou um mercado nacional, com um governo que priorizava as questões comerciais.

c) privilegiou os interesses dos setores agrários e da Igreja Católica, que passaram a ser financiados pelo governo.

d) as decisões tomadas durante esse processo garantiram que a Inglaterra fosse governada por uma assembleia representativa.

e) foi marcado por manifestações no campo contra as mudanças no regime de propriedade da terra, com destaque para grupos como os diggers e levellers.

 

15. (UNIMONTES MG) A Revolução Gloriosa (1688), na Inglaterra, NÃO significou

a) a derrota da monarquia absolutista como forma de governo, na Inglaterra.

b) a adoção do Parlamentarismo monárquico.

c) a implantação de um governo com inspiração liberal.

d) a redução do poder exercido pelo Parlamento.

 

16. (UNESP SP) A revolução inglesa de 1640 (...) destruiu o antigo aparelho de Estado, impondo limites ao poder real, submetendo-o ao poder do Parlamento (...) Eliminou a autonomia financeira do poder real, confiscando-lhe as propriedades e transformando o próprio conceito de propriedade individual e absoluta (...)

O poder mudou de mãos... agora passava aos domínios da pequena nobreza rural, a gentry, identificada com a burguesia mercantil.

(José Jobson de Andrade Arruda, A revolução inglesa.)

Segundo o texto, a revolução inglesa

a) reforçou o antigo aparelho de Estado e manteve intacta a propriedade real identificada com os privilégios da nobreza.

b) submeteu o rei ao poder do parlamento, composto pela gentry e pela burguesia, cujos interesses privilegiavam a propriedade real.

c) destruiu o antigo aparelho de Estado e transferiu a propriedade real para as mãos do Parlamento, isto é, para a alta aristocracia.

d) limitou o poder do Parlamento, que agora passa a ser exercido também pelo rei, cujo interesse maior é privilegiar a gentry e a burguesia.

e) transformou a propriedade real em propriedade privada e legitimou o poder do Parlamento, representante da gentry e da burguesia.

 

17. (UEG GO) Entre 1649 e 1660, com a morte do rei Carlos I, a Inglaterra passou por uma experiência republicana. Seu líder foi o puritano Oliver Cromwell, que governou com poderes quase absolutos. Esse episódio da história inglesa significou

a) o início da hegemonia do Parlamento, que submeteu a autoridade real por meio da chamada Revolução Gloriosa.

b) um fator de tensão entre Carlos II, simpático ao catolicismo, e o Parlamento, majoritariamente anglicano.

c) uma vitória da burguesia, que estava se fortalecendo política e economicamente naquele período.

d) o estabelecimento da máxima parlamentarista de que o “rei reina, mas não governa”.

 

18. (FGV) A chamada Revolução Gloriosa estabeleceu uma nova realidade política na Inglaterra. Em 1689, Guilherme de Orange foi declarado rei pelo Parlamento. É correto afirmar que esse movimento:

a) consolidou a identidade nacional inglesa e marcou o apogeu do absolutismo.

b) destituiu Oliver Cromwell, colocando fim à Revolução Puritana e ao período de tolerância religiosa.

c) estabeleceu os Atos de Navegação, que decretavam que as mercadorias só poderiam entrar em portos nacionais em navios ingleses ou de seus países de origem.

d) instituiu a Monarquia Parlamentar, consolidando os direitos do Parlamento inglês por meio da Carta de Direitos (Bill of Rights).

e) limitou a atuação do rei por meio da Magna Carta, que determinava que nenhum tributo poderia ser imposto sem o consentimento do Parlamento.

 

19. (UNIFOR CE) Observe a gravura que registra o momento histórico em que Maria e Guilherme de Orange, tornados reis da Inglaterra pela vontade do Parlamento, recebem deste a Declaração de Direitos de 1689.

(J. Jobson de Arruda & Nelson Piletti. Toda a História. São Paulo: Ática,1999. p. 229)

No contexto da Revolução Inglesa do século XVII, o fato registrado na gravura significou

a) a deVEcadência da hegemonia inglesa no continente europeu.

b) o enfraquecimento definitivo do absolutismo monárquico na Inglaterra.

c) o fim da república provocado pela restauração monárquica.

d) a supremacia do poder executivo sobre o poder legislativo.

e) a vitória da aristocracia católica sobre os anglicanos.

 

20. (ESCS DF) As primeiras revoluções burguesas tiveram lugar na Inglaterra, no século XVII, com a Revolução Puritana (1649/ 1658) e a Revolução Gloriosa (1688), expressando um confronto entre o Parlamento, sob a liderança da burguesia e da gentry, e os monarcas da Dinastia Stuart com práticas absolutistas. Uma das consequências geradas por esses dois movimentos revolucionários burgueses é:

a) o fortalecimento da nobreza inglesa através da criação do sistema parlamentarista com a Revolução Gloriosa de 1688;

b) a total falência do sistema econômico inglês em função do favorecimento do Estado inglês ao sistema manufatureiro da burguesia local;

c) o retorno da Igreja Católica como religião oficial dos ingleses em função da aliança entre a burguesia e os Estados Pontificiais na Revolução Puritana;

d) o controle da política inglesa pela Câmara dos Lordes, representando a vitória da nobreza local durante a Revolução Gloriosa;

e) a consolidação da Inglaterra como potência econômica após o fortalecimento da burguesia no poder inglês com a Revolução Gloriosa.

 

Gabarito

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