Lista de exercícios - Idade Média
Lista
de exercícios sobre Alta Idade Média
PARTE 1
1. (FUVEST SP/2001) "...o desejo de dar uma forma e um estilo ao sentimento
não é exclusivo da arte e da literatura; desenvolve-se também na própria vida:
nas conversas da corte, nos jogos, nos desportos... Se, por conseguinte, a vida
pede à literatura os motivos e as formas, a literatura, afinal, não faz mais do
que copiar a vida."
(Johan Huizinga, O Declínio da Idade Média).
Na Idade Média essa relação entre literatura e vida foi exercida
principalmente pela:
a) vassalagem
b) guilda
c) cavalaria
d) comuna
e) monarquia
2. (FURG RS/2002) A decadência do Império Romano, a conquista final de
Roma, a formação dos reinos bárbaros e a ruralização das cidades da antiguidade
deram início a um lento processo de grandes transformações na vida europeia,
que originaram o feudalismo.
É correto afirmar-se que durante a Idade Média, nos feudos, ocorria:
a) uma atividade econômica em que predominava a manufatura.
b) um fraco intercâmbio comercial e a produção voltada às necessidades
básicas.
c) a ausência da agricultura e da criação de animais.
d) uma economia dependente da produção agrícola asiática.
e) um intenso intercâmbio comercial entre eles.
3. (UFTM MG/2001) As relações de suserania e vassalagem, típicas da Idade
Média, resultaram em:
a) grande arrecadação de tributos, pois os vassalos deviam a talha e a
corveia aos suseranos.
b) reforço do poder da igreja católica, pois os suseranos julgavam os
hereges.
c) fragmentação política, pois suseranos e vassalos exerciam poder em
seus feudos.
d) fortalecimento da autoridade dos reis, pois os senhores deviam-lhes
obediência direta.
e) diminuição da importação econômica da terra, pois os vassalos perdiam
a posse dos feudos.
4. (UFPB/2000) Na Europa, o Período da Idade Média pode ser corretamente
qualificado de:
a) A idade das Trevas da humanidade.
b) A era dourada da história universal.
c) A época áurea do Feudo e da Igreja Romana.
d) A Idade da Filosofia racionalista das Luzes.
e) A Era da Paz militar e espiritual do homem.
5. (UFRN/2000) Durante a Idade Média, o feudo – unidade socioeconômica
básica na Europa Ocidental – era formado por:
a) terras de uso comum, cuja produção agrícola era distribuída de forma
igualitária.
b) um conjunto de pequenas propriedades, onde a produção se voltava para
o mercado externo.
c) uma grande propriedade de terras, cuja utilização estava reservada à
produção monocultora.
d) porções de terra que, juntas, constituíam um corpo autossuficiente de
produção e consumo.
6. (UFOP MG/1996) Qual das alternativas abaixo é incorreta para a
definição do feudalismo que vigorou na Europa na Idade Média.
a) Sistema econômico e social cuja principal atividade econômica era
manufatura, praticada nas cidades que abrigavam a maioria da população.
b) Sistema social amparado na ideia da divisão da população em três
ordens: primeiro-estado, segundo-estado e terceiro-estado.
c) A Igreja, na época, a principal instituição social que orientava, em
termos culturais, as populações espalhadas em diversas localidades.
d) A nobreza era elite da sociedade e constituía, no conjunto, o aparato
militar o que lhe permitia assumir uma postura protetora e controladora na
sociedade.
e) O rei, em razão de dificuldades administrativas enormes, não conseguia
implantar um domínio central sobre o território, dividindo-o com famílias
aristocráticas.
7. (UNESP SP/2000) “Reconheço ter prendido mercadores de Langres que
passavam pelo meu domínio. Arrebatei-lhes as mercadorias e guardei-as até o dia
em que o bispo de Langres e o abade de Cluny vieram procurar-me para exigir
reparações.”
(Castelão do século XI.)
O texto apresentado permite afirmar que, na Idade Média,
a) o poder da Igreja era, além de religioso, também temporal.
b) os senhores feudais eram mais poderosos do que a Igreja.
c) o clero era responsável pela distribuição das mercadorias.
d) o conflito entre Igrejas e nobreza aproximou o clero dos comerciantes.
e) o poder do papa era limitado pelos sacerdotes.
8. (UFTM MG/2005) Em parte da Europa Ocidental, no início da Idade Média,
as invasões e guerras constantes e a distribuição de feudos contribuíram para:
a) a fragmentação do poder real e a autossuficiência das regiões em
termos econômicos e militares.
b) o enfraquecimento do poder da Igreja Católica e o predomínio das
relações servis de produção.
c) a generalização das relações de suserania e vassalagem e o aumento das
atividades mercantis.
d) o processo de êxodo rural que formou o feudalismo e a descentralização
dos poderes dos monarcas.
e) o desenvolvimento de uma economia natural e agrária e a formação das
monarquias nacionais.
9. (ACAFE SC/1999) Sobre o feudalismo, sistema político e social que
perdurou na Idade Média, a alternativa falsa é:
a) A economia feudal era essencialmente agrária, resultando numa
sociedade ruralizada.
b) A cultura teocêntrica norteava vários aspectos da sociedade medieval.
c) Tinha um poder político forte e centralizado na figura do monarca
feudal.
d) As cruzadas, fugindo de sua pretensão inicial, colaboraram para o
renascimento comercial europeu.
e) A Inquisição, iniciada na Idade Média, teve como função zelar pelos
dogmas da Igreja Católica.
10. (UECE/2004) Marque a opção que contém fato(s) ocorrido(s) no processo
histórico da Alta Idade Média:
a) o movimento das cruzadas e a retomada da unidade política na Europa;
b) o fim da unidade política e o declínio das atividades do comércio;
c) a valorização do legado cultural greco-romano nas universidades;
d) o renascimento comercial e urbano na maioria dos estados.
11. (UEM PR/2006) Sobre a cultura e o saber na Europa Ocidental durante a
Idade Média, assinale o que for incorreto:
a) Naquele período, produziu-se um tipo de conhecimento chamado de
escolástico, que procurou harmonizar a razão com a fé.
b) A Idade Média foi fortemente influenciada pelo teocentrismo cultural,
que é a subordinação do conhecimento do mundo às leis de Deus.
c) Pensadores racionalistas como Giordano Bruno (1548-1600), por exemplo,
foram grandes defensores das explicações religiosas medievais sobre o universo.
d) Dante Alighieri foi um dos grandes escritores medievais. Ele escreveu
a Divina Comédia, obra de ficção na qual descreve sua própria viagem ao
inferno, ao purgatório e ao paraíso.
e) A Inquisição (ou Santo Ofício) era encarregada de reprimir, na Idade
Média, qualquer desvio dos dogmas religiosos defendidos pela Igreja Católica.
12. (UFRR/2007) O cavaleiro europeu ganhou força no início da Idade
Média, sendo protegido por um elmo de ferro e uma cota de malha, feita de elos
de ferro interligados. Esse texto reflete a força irresistível representada por
um cavaleiro e seu cavalo, tais como:
a) A utilização constante do ferro na armadura representava o único
produto da engenharia militar de proteção do cavaleiro contra armamento de
fogo.
b) Algumas das principais partes das armaduras do cavalo e do cavaleiro,
como o peitoral, por exemplo, chegavam a pesar 150 quilos.
c) Um cavaleiro totalmente armado não era capaz de montar seu cavalo sem
ajuda do auxiliar denominado armeiro.
d) O conjunto completo de armadura para o cavalo era feito de elos de
ferro interligados para facilitar o galope e a elegância artística.
e) Muitos cavaleiros iam para a luta portando uma armadura composta por
duzentas peças, que o protegia contra espadas, lanças, flechas e balistas.
13. (UFTM MG/2007) A formação do sistema feudal, dominante principalmente
nos territórios do Império Carolíngio, durante a Idade Média, esteve ligada
a) à integração de instituições romanas e germânicas, tais como o
colonato e o Comitatus.
b) ao fim da importância das leis baseadas nos costumes e aos ataques
vikings.
c) às constantes invasões dos bárbaros germânicos, que levaram à queda do
Império Bizantino.
d) à decadência do escravismo romano e ao gradativo processo de êxodo
rural.
e) ao fortalecimento do poder real, devido à distribuição de benefícios
aos guerreiros fiéis.
14. (UEMS/2008) Com o desenvolvimento do feudalismo na Idade Média, a
partir do século VIII, pode–se dizer que a economia feudal era:
a) baseada na substituição do trabalho servil pelo trabalho assalariado,
o que garantia o aumento da produtividade para o senhor feudal.
b) baseada numa economia autossuficiente, com regime de trabalho servil,
caracterizado por uma tecnologia rudimentar e baixa capacidade produtiva.
c) caracterizada por um aumento da população, em decorrência da melhoria
das condições de vida nos feudos oferecidas pelo senhor aos seus servos.
d) basicamente composta por relações de troca de mercadorias em dinheiro
entre os servos e os comerciantes locais nas cidades.
e) baseada na circulação de dinheiro e no espírito de lucro entre servos
e senhores feudais.
15. (UFAM/2008) Na Idade Média as relações servis de produção
generalizaram-se por toda a Europa.
Delas é correto afirmar que:
a) Senhores feudais e servos da gleba estavam obrigados a relações
recíprocas de vassalagem e proteção, repartindo entre si a produção dos campos.
b) Mantendo vínculos de subordinação com os senhores feudais, os
camponeses viam-se obrigados à corvéia, modalidade de trabalho compulsório em
que o servo obrigava-se a trabalhar certo número de dias para seus senhores.
c) Subordinados aos senhores feudais, os servos recebiam salários
irrisórios que não eram suficientes para atender suas necessidades de saúde,
moradia e alimentação.
d) A realeza perdeu terreno para a Igreja que, com o apoio dos senhores
feudais passou a cobrar indulgências e corveias dos antigos escravos.
e) Servos e vassalos ofereciam fidelidade e apoio militar aos senhores em
períodos de guerra e recebiam feudos onde podiam arrendar lotes e explorar o
excedente agrícola.
Gabarito
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Lista
de exercícios sobre Alta Idade Média
PARTE 2
1. (UERGS/2009) O Sistema Feudal, que predominou na Europa Ocidental ao
longo da Idade Média, resultou da mescla de instituições romanas e germânicas.
Dentre as instituições romanas está o (a):
a) Comitatus.
b) Direito consuetudinário.
c) Colonato.
d) Benfeficium.
e) Vassalagem.
2. (UFG GO/2009) O que, com efeito, ganha a adesão dos espíritos da Idade
Média é o extraordinário, o sobrenatural ou, pelo menos, o invulgar. A própria
ciência toma para seu objeto o excepcional, os prodígios.
LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente
medieval. Lisboa: Estampa, 1995, p. 91, v. 2. (Adaptado).
A citação destaca uma característica da cultura medieval, que pode ser
identificada pela
a) explicação da natureza mediante a descoberta de leis gerais.
b) incorporação dos acontecimentos considerados milagrosos ao cotidiano.
c) negação dos prodígios com base na experiência empírica.
d) separação entre os princípios da autoridade e da investigação
científica.
e) rejeição dos símbolos como forma de apreensão do oculto.
3. (UFG GO/2010) Na Baixa Idade Média (séc. XI-XV), o juramento de
fidelidade e reciprocidade compunha um ritual que estabelecia uma relação de
dependência pessoal. Esse ritual remete a uma associação central para a
constituição do Feudalismo, que se caracteriza
a) pelo estabelecimento de uma autoridade equânime sobre o feudo, por
parte do senhor e do servo.
b) pela defesa do cristianismo por parte do senhor feudal, ameaçado pelas
guerras religiosas.
c) pelo acordo entre os membros da nobreza senhorial, que assegurava um
pacto hierárquico.
d) pela manutenção dos princípios do Direito Romano, que reforçavam os
laços de parentesco nos feudos.
e) pela proteção do senhor feudal aos desvalidos, que estavam expostos às
epidemias recorrentes.
4. (UNIOESTE PR/2010) Sobre o que se denominou “Idade Média”, assinale a
alternativa INCORRETA.
a) O homem da “idade feudal” estava, mais do que nós, próximo de uma
natureza muito menos domesticada.
b) No limiar do período que chamamos Idade Média, dois movimentos abalam
e modificaram a estrutura existente até então: as invasões dos germanos e mais
tarde as conquistas muçulmanas.
c) A fé impunha ao vassalo “ajudar” o seu senhor em todas as coisas. Com
a espada ou com o seu conselho, conforme a necessidade.
d) No plano econômico, o regime dominial era caracterizado por uma
economia fechada pois o comércio desapareceu quase completamente.
e) Os camponeses que ocupavam e cultivavam a terra eram seus
proprietários.
5. (UFOP MG/2010) A Idade Média na Europa Ocidental foi marcada pela
estruturação de uma ordem social de base rural. Nesse período a relação entre o
senhor feudal e o camponês era predominantemente definida
a) pelo contrato de trabalho – o senhor feudal, em troca de proteção por
ele fornecida, recebia do camponês pagamentos em dinheiro.
b) pelo trabalho de tipo servil – o camponês se subordinava a uma ordem
política, social e econômica que favorecia os interesses do senhor feudal.
c) pelo contrato feito entre iguais – o senhor feudal oferecia acesso à
terra ao camponês em troca de
um arrendamento.
d) pelas exigências de uma economia monetarizada – por meio de salários,
os camponeses tinham
acesso às fábricas do senhor feudal.
6. (UNESP SP/2011) [Na Idade Média] Homens e mulheres gostavam muito de
festas. Isso vinha, geralmente, tanto das velhas tradições pagãs (...), quanto
da liturgia cristã.
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus
filhos, 2007.)
Sobre essas festas medievais, podemos dizer que
a) muitos relatos do cotidiano medieval indicam que havia um confronto
entre as festas de origem pagã e as criadas pelo cristianismo.
b) os torneios eram as principais festas e rompiam as distinções sociais
entre senhores e servos que, montados em cavalos, se divertiam juntos.
c) a Igreja Católica apoiava todo tipo de comemoração popular, mesmo
quando se tratava do culto a alguma divindade pagã.
d) as festas rurais representavam sempre as relações sociais presentes no
campo, com a encenação do ritual de sagração de cavaleiros.
e) religiosos e nobres preferiam as festas privadas e pagãs, recusando-se
a participar dos grandes eventos públicos cristãos.
7. (UFTM MG/2013) Identifique a afirmação correta sobre a Idade Média
Ocidental.
a) Os “mendicantes” que circulam pelas cidades e pelos campos são sempre
religiosos que se dedicam à obtenção de recursos para peregrinações à Terra
Santa.
b) As pessoas que, dada sua origem, ocupam as posições sociais mais
elevadas recebem o nome de “senhores”, porque as terras que possuem são
designadas “senhorias”.
c) As relações de vassalagem e de servidão ocorrem no interior da nobreza
e definem a submissão hierárquica dos senhores perante os reis.
d) São vedadas as práticas de escravidão por dívida e guerra, mas os
camponeses podem ser considerados propriedade dos senhores.
e) Os religiosos são os únicos que têm direito de receber rendas e
tributos pagos pelos camponeses.
8. (UEFS BA/2013) A complexa relação existente entre a Igreja e o poder
político, na Idade Média europeia, pode ser exemplificada pela
a) defesa da Igreja em prol da libertação dos servos, categoria
longamente explorada pelos senhores feudais.
b) cobrança de impostos, estabelecidos pelos senhores feudais, sobre as
propriedades pertencentes à Igreja.
c) luta dos soberanos e cardeais contra a prática da simonia,
desenvolvida pelo baixo clero, nas paróquias europeias.
d) interferência dos senhores feudais na escolha de autoridades
eclesiásticas cujos templos, mosteiros e propriedades ficavam localizados nos
seus feudos.
e) necessidade da aprovação da Igreja, para garantir e confirmar a
coroação dos soberanos pelos seus súditos e clientes.
9. (Mackenzie-SP/2014) Aquilo que dominava a mentalidade e a
sensibilidade dos homens da Idade Média era o seu sentimento de insegurança
(...) que era, no fim das contas, a insegurança quanto à vida futura, que a
ninguém estava assegurada (...). Os riscos da danação, com o concurso do Diabo,
eram tão grandes, e as probabilidades de salvação, tão fracas que,
forçosamente, o medo vencia a esperança.
Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval.
O mundo medieval configurou-se a partir do medo da insegurança, como
retratado no texto acima. Encontre a alternativa que melhor condiz com o
assunto.
a) A crise econômica decorrente do final do Império Romano, a guerra
constante, as invasões bárbaras, a baixa demográfica, as pestes, tudo isso
aliado a um forte conteúdo religioso de punição divina aos pecados contribuiu
para o clima de insegurança medieval.
b) A peste bubônica provocou redução drástica na demografia medieval,
levando a crenças milenaristas e apocalípticas, sufocadas, por sua vez, pela
rápida ação da Igreja, disponibilizando recursos médicos e financeiros para a
erradicação das várias doenças que afetam seus fiéis.
c) O clima de insegurança que predominou em toda a Idade Média decorreu
das guerras constantes entre nobres – suseranos – e servos – vassalos,
contribuindo para a emergência de teorias milenaristas no continente.
d) As enfermidades que afetavam a população em geral contribuíram para a
demonização de algumas práticas sociais, como o hábito de usar talheres nas
refeições, adquirido, por sua vez, no contato com povos bizantinos.
e) A certeza da punição divina a pecados cometidos pelos humanos
predominava na mentalidade medieval; por isso, nos vários séculos do período,
eram constantes os autos de fé da Inquisição, incentivando a confissão em
massa, sempre com tolerância e diálogo.
10. (PUC SP/2014) “A Europa, como ideia e como realidade, é uma criação
medieval. Desenhada pela geografia, ela constrói-se na história. A Idade Média
assinala o momento de sua gestação e de seu desenvolvimento.”
Daniel Valle Ribeiro. “A Alta Idade Média e os
prenúncios da ideia de Europa”, in Néri de Barros Almeida e Marcelo Cândido da
Silva (orgs.). Poder e construção social na Idade Média. Goiânia: Editora UFG,
2011.
A ideia principal do texto pode ser justificada pelo fato de que, na
Idade Média,
a) formou-se uma poderosa aliança política e militar do conjunto dos
países europeus, com o objetivo de afastar, por meio das Cruzadas, os invasores
árabes e macedônios de todo o continente.
b) houve uma rejeição profunda da tradição greco-romana pelos habitantes
do continente europeu, que aderiram maciçamente ao cristianismo e abandonaram
os cultos de origem pagã.
c) completou-se a unidade política e administrativa europeia, por meio da
forte expansão franca e da expulsão dos grupos de bárbaros procedentes do Leste
do continente e da Ásia.
d) ocorreu um acelerado processo de urbanização, que permitiu a plena
integração das economias dos Estados europeus, por meio da abertura de rotas
comerciais terrestres e marítimas.
e) constituiu-se gradualmente um espaço político e religioso comum, capaz
de articular as áreas do Mediterrâneo aos países do centro, do Norte e do Leste
do continente europeu.
11. (UNESP SP/2014) O cavaleiro é um dos principais personagens nas
narrativas difundidas durante a Idade Média. Esse cavaleiro é principalmente um
a) camponês, que usa sua montaria no trabalho cotidiano e participa de
combates e guerras.
b) nobre, que conta com equipamentos adequados à montaria e participa de
treinamentos militares, torneios e jogos.
c) camponês, que consegue obter ascensão social por meio da demonstração
de coragem e valentia nas guerras.
d) nobre, que ocupa todo seu tempo com a preparação militar para as
Cruzadas contra os mouros.
e) nobre, que conquista novas terras por meio de sua ação em torneios e
jogos contra outros nobres.
12. (IFRS/2015) Segundo os historiadores, a Idade Média corresponde ao
período que se estende do século V d.C. ao século XV. Ao longo destes mil anos,
o Feudalismo foi o sistema que regulou as atividades políticas, econômicas e
sociais na Europa medieval. Contudo, durante o século XIV, este sistema passou
a apresentar sinais de ruptura que culminou, no século seguinte, com o fim da
condição hegemônica da estrutura feudal na Europa.
Os fatores que contribuíram para a crise do Feudalismo foram
a) Cruzadas, Peste Negra e Guerra dos 100 anos.
b) Revoluções burguesas, Expansão do Cristianismo e Peste Negra.
c) Revoluções burguesas, Colonato e Peste Negra.
d) Cruzadas, Colonato e Guerra dos 100 anos.
e) Guerra das 2 Rosas, Expansão do Cristianismo e Peste Negra.
13. (IFSP/2015) Leia o texto abaixo.
Pelo fato de formar a terceira camada da sociedade, os servos ou
camponeses e os pequenos artesãos constituíam a camada dos homens não livres,
pois trabalhavam na reserva ou serviam aos castelos e mosteiros. Pela falta de
liberdade, não podiam sair do domínio senhorial ou casar sem a autorização do
senhor feudal. Já os colonos eram considerados homens livres.
A servidão ocorrida na Idade Média, no período conhecido como Feudalismo,
tem, por característica, uma grande carga de impostos. Dentre esses impostos,
estão:
a) corveia, talha e banalidades.
b) imposto do sal, do selo e do açúcar.
c) ordálio e dízimo.
d) pedágio, mão-morta e investidura.
e) religioso e de defesa.
14. (Unievangélica GO/2014) Denomina-se Idade Média o período que se
estende do século III ao século XV na Europa Ocidental. Fato marcante desse
período foi a formação do feudalismo, processo iniciado com a transição do uso
da mão de obra escrava para mão de obra servil.
Era característica do feudalismo:
a) existência dos mansos, unidade de exploração manufatureira segundo a
qual cada servo dedicava de 8 a 12 horas ao trabalho diário.
b) pagamento de um salário ao trabalhador rural suficiente para a
sobrevivência de sua família.
c) vassalagem, ato de entrega, lealdade e submissão declarado por um
cavaleiro a outro nobre (suserano).
d) cumprimento das obrigações do servo em troca do título de proprietário
do manso dado pelo seu senhor.
15. (UESPI/2014) O período histórico denominado de Idade Média teve entre
suas principais manifestações:
a) as Corporações de Ofício responsabilizaram-se pelos mecanismos de acesso e de controle da atuação dos religiosos nas atividades produtivas na Europa.
b) a Europa Medieval ficou caracterizada pelo domínio e prestígio do
Cristianismo – abalado apenas pela presença e força dos mouros na Península
Ibérica.
c) os acontecimentos que marcaram a sociedade medieval dentre os quais se
destacam as Cruzadas e a Peste Negra – responsáveis pelo incremento
populacional que afetou a Europa no período.
d) a sociedade feudal conviveu com a suserania e a vassalagem – práticas
que alicerçaram os privilégios estabelecidos neste contexto histórico e
fortemente combatidos pela Igreja Cristã.
e) a organização da sociedade em estamentos, na qual os principais grupos
a gozarem de privilégios foram os membros do clero e do campesinato
Gabarito - Parte 2
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B |
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Exercícios
sobre Baixa Idade Média
1. (UEFS BA/2013) A crise generalizada, no século XIV, obrigou as várias
categorias sociais a buscar uma resposta. A dos oprimidos do campo e da cidade
foram as jacqueries e os levantes urbanos. A da nobreza foram os conflitos
dinásticos, que ofereciam a oportunidade de obter novos feudos. Outra resposta,
apoiada pela burguesia comercial, baseava-se no fortalecimento do poder dos
reis para restabelecer a ordem e abrir novos mercados. Para algumas nações,
isso implicava uma política de expansão marítima.
(BRAICK; MOTA, 2010, p. 187).
A expansão marítima e comercial do século XV, que representou uma das
respostas encontradas para o enfrentamento da crise europeia do século XIV,
relaciona-se, também, com
a) a necessidade de superar o controle do Império Bizantino sobre a
navegação do mar Mediterrâneo, especialmente nos portos do norte da África.
b) a vitória dos reinos cristãos contra os reinos muçulmanos, durante a
Guerra dos Cem Anos.
c) as incessantes revoltas de escravos, servos e trabalhadores urbanos,
denominadas sob o nome geral de “jaqueries”.
d) a expansão dos árabes em direção do Extremo Oriente e a proibição, por
eles estabelecida, ao tráfico de africanos escravizados para o mercado europeu.
e) o descompasso entre os limites da produção de alimentos e de
utensílios, gerados pela economia feudal, e as crescentes demandas do aumento
populacional do período.
2. (UNIUBE MG/2013) A partir do século XIII, o feudalismo atingiu o
apogeu. As cidades cresceram, os burgueses se fortaleceram e o movimento
conhecido como Cruzadas chegou ao seu apogeu. Sobre as transformações e
descobertas ocorridas nesse período da Idade Média pode-se afirmar que:
I. A conquista da Terra Santa inaugurou uma nova fase na história
religiosa e econômica nos polos da Europa Ocidental.
II. A igreja assumiu o novo papel na luta e defesa de seus objetivos,
protegendo os cristãos peregrinos e combatendo os infiéis.
III. O surgimento de ordens militares de caráter religioso como a Ordem
dos Templários teve papel fundamental no domínio da Terra Santa.
IV. A Ordem dos Templários era composta pelos monarcas e fidalgos da
Europa, e, no fim da Idade Média, por motivos econômicos e perseguições pelos
turcos, passaram a ser reconhecidos como integrantes da Ordem de Cristo.
As afirmações CORRETAS estão contidas em:
a) I, II e III, apenas
b) I, II, III e IV
c) I, II e IV, apenas
d) III e IV, apenas
e) IV, apenas
3. (Anhembi Morumbi SP/2014) À medida que o riacho irregular do comércio
se transformava em corrente caudalosa, todo pequeno broto da vida comercial,
agrícola e industrial recebia sustento e florescia. Um dos efeitos mais
importantes do aumento do comércio foi o crescimento das cidades.
(Leo Huberman. História da riqueza do homem, 1976.)
O fenômeno descrito no texto refere-se
a) ao nascimento das primeiras civilizações na região do Crescente
Fértil.
b) ao processo de agrarização ocorrido na Inglaterra no período moderno.
c) à passagem da sociedade escravista romana para o sistema feudal de
produção.
d) ao surgimento da civilização islâmica a partir da unificação das
tribos árabes.
e) ao renascimento comercial e urbano ocorrido no período medieval
europeu.
4. (ESPM/2014) Seu principal objetivo era demonstrar, por um raciocínio
lógico formal, a autenticidade dos dogmas cristãos. A filosofia devia
desempenhar um papel auxiliar na realização deste objetivo. Por isso a tese de
que a filosofia está a serviço da teologia.
(Antonio Carlos Wolkmer Introdução à História do
Pensamento Político)
O texto deve ser relacionado com:
a) a filosofia epicurista;
b) a filosofia escolástica;
c) a filosofia iluminista;
d) o socialismo;
e) o positivismo.
5. (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP/2014) Desde as últimas
décadas do século XIII, assistia-se a uma perda da vitalidade que caracterizara
o Feudalismo nos duzentos anos anteriores. A origem disso estava na sua
dinâmica, que levara o Feudalismo a atingir então os limites possíveis de
funcionamento de sua estrutura. Em outros termos, a crise resultava das
características do próprio Feudalismo.
(Hilário Franco Junior. O feudalismo, 1983.)
Entre os acontecimentos que provocaram a crise do feudalismo, é correto
incluir
a) a inexistência de práticas comerciais internas e externas nas regiões
ocupadas pelas terras senhoriais.
b) a exploração agrícola predatória e extensiva, que pode ter provocado
importantes alterações ecológicas.
c) a decadência da influência política da Igreja Católica e o fim de sua
hegemonia religiosa no Ocidente.
d) o desinteresse político dos senhores de terra, que abdicavam da
autonomia que os reis lhes concediam.
e) o encarecimento da mão de obra, provocado pela substituição do
trabalho escravo pelo trabalho livre e assalariado.
6. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2014) Na Europa Ocidental, a partir do
ano mil,
a) o sistema feudal, baseado no trabalho servil e na autossuficiência
econômica, começou a se estruturar.
b) as rotas comerciais ficaram sob controle dos muçulmanos, fragilizando
o monopólio das cidades italianas.
c) o desenvolvimento mercantil e urbano contribuiu para o surgimento de
uma nova camada social, a burguesia.
d) os reis perderam, gradativamente, seus poderes para os senhores
feudais, que sobrepujaram a autoridade papal.
e) o trabalho foi organizado em associações, tais como as ligas de
camponeses e as corporações de artesãos.
7. (Fameca SP/2014) Leia o excerto sobre a medicina islâmica.
De todos os campos em que a civilização muçulmana foi admirável, um dos
mais importantes foi a medicina. Antes mesmo do século VII existiam
instituições que funcionavam como hospitais-escola, nas quais as pessoas eram
tratadas e ao mesmo tempo os jovens aspirantes a médicos recebiam uma
sistemática formação sob a orientação de profissionais mais experientes.
A prática da Medicina nesses locais estimulava os estudantes a examinar e
registrar as ações dos pacientes, suas excreções, a natureza e a localização de
suas dores, os inchaços de seu corpo, a cor e textura de sua pele, se quente ou
fria, se seca ou úmida, se flácida, se os pacientes podiam inclinar as costas.
Característica relevante dos hospitais do mundo islâmico era a sua
gratuidade. Nessas instituições qualquer pessoa doente, independente de sua
crença, recebia o mesmo tratamento. Os médicos e funcionários do hospital eram
selecionados por suas habilidades.
(Fausto Nogueira e Marcos Capellari. História: ser
protagonista, 2008.)
De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre a Europa cristã, é
correto afirmar que, na maior parte da Idade Média,
a) as práticas islâmicas desenvolveram a base do diagnóstico médico,
enquanto que os cristãos buscavam prioritariamente explicações pela fé.
b) a medicina islâmica era cerceada pelos dogmas religiosos, assim como
ocorria entre os cristãos, dificultando a busca da cura das doenças.
c) a formação dos médicos islâmicos e cristãos era puramente teórica,
devido às proibições religiosas a todo tipo de experimento e método.
d) os hospitais muçulmanos usavam princípios místicos nos tratamentos,
enquanto que os cristãos privilegiavam a ciência e a experimentação.
e) o atendimento médico era oferecido àqueles que professassem fé e
obediência à respectiva religião, mas não dependia da condição social.
8. (FATEC SP/2014) Nos séculos finais da Baixa Idade Média europeia, a
economia de subsistência e de trocas naturais tendia a ser suplantada pela
economia monetária, a influência das cidades passou a prevalecer sobre os
campos, e a dinâmica de comércio levou à mudança e à ruptura das corporações de
ofício medievais.
(SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo:
Atual, 1988, p.5)
Analisando as transformações citadas, conclui-se, corretamente, que elas
a) evidenciaram o surgimento da nova classe social burguesa e a crise do
sistema feudal.
b) fortaleceram a Igreja Católica, que incentivava a prática comercial no
período medieval.
c) prejudicaram a burguesia comercial e favoreceram os proprietários das
terras feudais.
d) demonstraram a força do sistema feudal e dos mecanismos de
subsistência no campo.
e) enfraqueceram os reis absolutistas que dominaram a Europa durante o
período medieval.
9. (FUVEST SP/2014) Durante muito tempo, sustentou-se equivocadamente que
a utilização de especiarias na Europa da Idade Média era determinada pela necessidade
de se alterar o sabor de alimentos apodrecidos, ou pela opinião de que tal uso
garantiria a conservação das carnes.
A utilização de especiarias no período medieval
a) permite identificar a existência de circuitos mercantis entre a
Europa, a Ásia e o continente africano.
b) demonstra o rigor religioso, caracterizado pela condenação da
gastronomia e do requinte à mesa.
c) revela a matriz judaica da gastronomia medieval europeia.
d) oferece a comprovação da crise econômica vivida na Europa a partir do
ano mil.
e) explicita o importante papel dos camponeses dedicados a sua produção e
comercialização.
10. (FGV/2014) [A crise] do feudalismo deriva não propriamente do
renascimento do comércio em si mesmo, mas da maneira pela qual a estrutura
feudal reage ao impacto da economia de mercado. O revivescimento do comércio
(isto é, a instauração de um setor mercantil na economia e o desenvolvimento de
um setor urbano na sociedade) pode promover, de um lado, a lenta dissolução dos
laços servis, e de outro lado, o enrijecimento da servidão. (...) Nos dois
setores, abre-se, pois, a crise social.
(Fernando A. Novais, Portugal e Brasil na crise do
Antigo Sistema Colonial. p. 63-4)
Segundo o autor,
a) a crise foi provocada pelo impacto do desenvolvimento comercial e
urbano na sociedade, pois, na medida em que reforça a servidão, origina as
insurreições camponesas e, quando fragiliza os vínculos servis, provoca as
insurreições urbanas.
b) a crise do feudalismo nada mais é do que o marasmo econômico provocado
pela queda da produção, uma vez que há um número menor de camponeses livres, o
que leva à crise social do campo, prejudicando também a nobreza.
c) a crise foi motivada por fatores externos ao feudalismo, isto é, o
alargamento do mercado pressiona o aumento da produção no campo e na cidade, o
que leva à queda dos preços e às insurreições camponesas e urbanas.
d) o desenvolvimento comercial e urbano em si não leva à crise, pois o
que deve ser levado em consideração é a crise social provocada pelo
enfraquecimento dos laços servis, tanto no campo como na cidade.
e) as insurreições camponesas e urbanas são as respostas para a crise
feudal, pois a servidão foi reforçada tanto no campo como na cidade, garantindo
a sobrevivência da nobreza por meio do pagamento de impostos.
11. (FMJ SP/2014) No mês de novembro (de 1095), o Papa reuniu todos os
bispos da Gália e da Espanha e realizou um grande concílio em Clermont.
Em seguida, fez uma comovente descrição da desolação da Cristandade no
Oriente e expôs os sofrimentos e a opressão atrozes que os sarracenos infligiam
aos cristãos. Na sua piedosa alocução, o orador, comovido até às lágrimas,
falou igualmente, com insistência, sobre a maneira como eram espezinhados
Jerusalém e os Lugares Santos. Nasceu, nos ricos e nos pobres, nas mulheres,
nos monges e nos clérigos, nos citadinos e nos camponeses, uma prodigiosa
vontade de ir a Jerusalém ou de ajudar os que aí fossem.
(Orderic Vital [1075-1143] apud Gustavo de Freitas.
900 textos e documentos de História, 1975. Adaptado.)
No documento,
a) a Igreja Católica reafirma o dogma da infalibilidade papal.
b) o Papa convoca os cristãos para a Cruzada.
c) o clero propõe a reforma interior do fiel por meio da penitência.
d) os teólogos proíbem o comércio dos cristãos com os muçulmanos.
e) o papado condena as guerras religiosas.
12. (UECE/2014) A peste, a fome e a guerra constituíram os elementos mais
visíveis daquela que ficou conhecida como a crise do século XIV, na Europa.
Como consequência dessa crise ocorrida na Baixa Idade Média,
a) o movimento de renascimento urbano foi iniciado e depois interrompido
por mais de três séculos, reaparecendo somente na Revolução Industrial do
século XVIII.
b) os camponeses, que estavam em via de conquistar a liberdade, voltaram
a apoiar o sistema feudal por mais alguns séculos, como forma de superar a
crise.
c) o processo de centralização e concentração do poder político nas mãos
dos reis, com o apoio da burguesia, intensificou-se até se tornar absoluto no
início da modernidade.
d) entre as classes sociais, a nobreza foi a menos prejudicada pela
crise, ao contrário do que ocorreu com a burguesia.
13. (UECE/2014) Era costume submeter o acusado de cometer um crime a um
perigo, para ver se era ou não culpado. Por exemplo, colocar sua mão em água
fervendo, ou fazê-lo segurar um ferro em brasa dentre outras atrocidades.
Acreditava-se que, se inocente, Deus produziria um milagre, não deixando que
algum mal acontecesse ao presumível culpado. A Igreja Católica lutou contra e
procurou extinguir esse costume que era
a) herança do Direito Romano, no qual os acusados não tinham direito a
uma defesa baseada em fatos fundamentados.
b) uma prática originária dos primeiros cristãos que, apoiados pela
Igreja Católica, acreditavam na intervenção divina como única forma de justiça.
c) proveniente da tradição bárbara dos povos germânicos, que tinham uma
cultura monoteísta desde antes da chegada do cristianismo na Europa.
d) uma tradição que, mesmo rejeitada pela Igreja Católica, perdurou na Europa e em outras regiões do mundo até mesmo depois da Idade Média.
14. (UEPA/2014) A cidade medieval era dominada por seus campanários:
torres e agulhas de igrejas paroquiais, de conventos e, evidentemente, da
catedral Romana, depois gótica, a igreja do bispo era objeto de todas as
atenções [...] a catedral medieval nunca era uma construção isolada, ela
dominava toda uma circunscrição. [...] Eram muitos os carpinteiros, vidreiros e
pintores a participar do embelezamento da catedral. Os ourives e os
comerciantes vendiam relicários aos eclesiásticos, além de tapeçarias de seda e
incenso destinado a enobrecer a liturgia.
(BROUQUET, Sophie Cassagnes - Novas cidades, novos
ricos. In História Viva. Ano III, N°34, p.44)
A partir da descrição acima sobre a paisagem da cidade medieval e dos
estudos históricos que há sobre este período, afirma-se que a catedral:
a) desarticulava os poderes episcopais e políticos, porque os fiéis
utilizavam-se do espaço onde ocorriam os rituais católicos, para fins
comerciais, enfraquecendo os vínculos feudovassálicos entre o clero, nobreza e
os artesãos.
b) centralizava as atividades de comércio, agrícola e de construção,
promovendo a criação de uma rede de trabalhadores de diversas regiões que,
organizadas nas corporações de ofícios, depuseram o poder do episcopado romano.
c) projetava o poder exercido pelas corporações de ofício que controlavam
o trabalho dos artesãos e dos comerciantes, contratados no período das
edificações das catedrais, fortalecendo os mestres-de-obras e os mercadores.
d) enfraqueceu o poder dos senhores feudais, ao promover o enriquecimento
dos ourives e dos comerciantes que se tornaram a nova classe social consumidora
dos produtos da Igreja e dos serviços dos clérigos.
e) era objeto de grandes atenções na sociedade medieval, pois não só
congregava os religiosos e os fiéis que para ela se dirigiam, como também
atraía todo tipo de profissionais, constituindo-se em um verdadeiro centro
cultural, em que relações de caráter religioso e profissional se
inter-relacionavam.
15. (UFPR/2014) O Papa Francisco, eleito em março de 2013, chamou atenção
novamente para a figura de Francisco de Assis, considerado o fundador da Ordem
dos Franciscanos (ou dos Frades Menores) na Baixa Idade Média. Assinale a
alternativa que relaciona o contexto de surgimento dos Franciscanos e sua
motivação de ação.
a) Com a retração do renascimento comercial e urbano, aumentaram a
pobreza e o abandono de crianças, que eram recolhidas pelas Ordens Mendicantes,
dentre elas a dos Franciscanos, para evitar que fossem recrutadas nas Cruzadas.
b) Com o renascimento comercial e urbano, aprofundaram-se a pobreza e as
desigualdades sociais, suscitando o aparecimento de várias Ordens Mendicantes,
que pretendiam atuar junto aos necessitados, entre elas a Ordem dos Franciscanos.
c) O renascimento comercial e urbano gerou um empobrecimento da Igreja
Católica na Baixa Idade Média, suscitando o aparecimento das Ordens
Mendicantes, dentre elas a dos Franciscanos.
d) Com o renascimento comercial e urbano, surgem as Ordens Mendicantes,
dentre elas a dos Franciscanos, que constituíram uma força de contestação da
ordem feudal e do poder econômico da Igreja.
e) Com a crescente ruralização e o aumento da pobreza no espaço europeu,
surgiram as Ordens Mendicantes, como a dos Franciscanos, para se tornar a
principal instância da Igreja Católica.
16. (UNESP SP/2014) Mais ou menos a partir do século XI, os cristãos
organizaram expedições em comum contra os muçulmanos, na Palestina, para
reconquistar os “lugares santos” onde Cristo tinha morrido e ressuscitado. São
as cruzadas [...]. Os homens e as mulheres da Idade Média tiveram então o
sentimento de pertencer a um mesmo grupo de instituições, de crenças e de
hábitos: a cristandade.
(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus
filhos, 2007.)
Segundo o texto, as cruzadas
a) contribuíram para a construção da unidade interna do cristianismo, o
que reforçou o poder da Igreja Católica Romana e do Papa.
b) resultaram na conquista definitiva da Palestina pelos cristãos e na
decorrente derrota e submissão dos muçulmanos.
c) determinaram o aumento do poder dos reis e dos imperadores, uma vez
que a derrota dos cristãos debilitou o poder político do Papa.
d) estabeleceram o caráter monoteísta do cristianismo medieval, o que
ajudou a reduzir a influência judaica e muçulmana na Palestina.
e) definiram a separação oficial entre Igreja e Estado, estipulando
funções e papéis diferentes para os líderes políticos e religiosos.
17. (Unicastelo/2014) A fome fazia grande quantidade de vítimas.
Diferentes epidemias agravavam a situação. Levada pela fome, muita gente vagava
em busca do que comer, levando consigo as epidemias e a desordem.
Na verdade, este foi apenas um ensaio da crise demográfica da Baixa Idade
Média, que teve seu ponto crucial no ressurgimento da peste, então conhecida
por peste negra. Também a peste, de certa forma, resultava da desmedida
expansão do período anterior. Sempre presente no Oriente, ela atingiu através
dos tártaros uma colônia genovesa da Crimeia (expressão da expansão territorial
e comercial do Ocidente). Daí, os navios genoveses levaram-na para
Constantinopla, Messina, Gênova e Marselha. Destes portos ela se difundiu pelo
restante da Europa. Ela caminhava mais rapidamente pelas principais vias de
comunicação e penetrava mais facilmente em regiões de alta densidade
demográfica.
(Hilário Franco Júnior. A Idade Média: nascimento do
Ocidente, 1988. Adaptado.)
É correto afirmar que essa peste
a) provocou uma retração dos salários diante da oferta abundante de mão
de obra.
b) derivou das guerras pelo controle das rotas comerciais no mar
Mediterrâneo.
c) originou-se das péssimas condições de trabalho e moradia dos servos
feudais.
d) abalou as estruturas demográficas ao minimizar preconceitos e
superstições.
e) relacionou-se ao desenvolvimento mercantil e urbano do final da Idade
Média.
18. (FATEC SP/2014) O uso da pólvora teve início na China e chegou à
Europa em torno do século XIII. Sua utilização, na forma de canhões e outras
armas de fogo, contribuiu para a transformação das táticas de guerra e para a
diminuição do poder dos cavaleiros medievais, que dominavam o mundo da guerra,
no sistema feudal. A partir do emprego dessa importante tecnologia, as guerras
passaram a ser mais rápidas e eficientes, e os valores da cavalaria medieval
tornaram-se gradativamente obsoletos.
Considerando as informações apresentadas, podemos afirmar corretamente
que, durante a Idade Média,
a) a Santa Inquisição, em nome da Igreja, impedia o uso de tecnologias
bélicas na Europa.
b) a introdução da pólvora nas batalhas contribuiu para o declínio da
cavalaria medieval.
c) os europeus dispensavam os conhecimentos de outros povos no uso de
tecnologias.
d) o uso de tecnologias era restrito ao ambiente rural e à produção
agrícola nos feudos.
e) os conflitos eram raros e tornavam desnecessários o uso da pólvora
para fins bélicos.
19. (UDESC SC/2014) “Ao cair da noite (...) cada família se senta
esperando em silêncio em cada uma de suas sinagogas; e então desce por uma
corda pendurada no centro um gato negro de proporções assombrosas. A esta
visão, apagam as luzes e não cantam ou repetem hinos de modo distinto, mas
murmuram-nos entre os dentes cerrados, e encaminham-se para perto do lugar onde
viram seu mestre, tateando para encontrá-lo, e, quando o encontram, o beijam.
Quanto mais quentes seus sentimentos mais baixos serão seus alvos; alguns
preferem seus pés, mas a maioria a cauda e as partes pudentas. Então, como se
esse contato daninho libertasse seus apetites, cada um se deita abraçado ao
vizinho e se satisfaz dele ou dela com todas as suas forças. Seus anciãos sem dúvida
sustentam, e ensinam a cada novato, que o amor perfeito consiste em dar e
tomar, consoante possam o irmão ou irmã solicitar ou exigir, cada um saciando o
fogo do outro.”
(MAP, Walter. De Nugis Curialium. Apud: RICHARDS,
Jeffrey. Sexo, desvio e danação. As minorias na Idade Média. São Paulo: J.
Zahar, 1993. p. 70.)
O trecho acima, escrito no final do século XII, apresenta o “beijo
obsceno”, um dos elementos constituintes do imaginário do sabá, a reunião
secreta de bruxas e bruxos para adorarem o diabo. Analise as proposições em
relação à caça às bruxas nos períodos medieval e moderno.
I. Cátaros e valdenses, membros de seitas consideradas heréticas durante a
Idade Média, foram importantes perseguidores das bruxas no período, até
firmarem um acordo com a Igreja Católica no Concílio de Latrão. A partir deste
momento, a Igreja de Roma assume a liderança no combate às práticas mágicas.
II. A formulação do mito em torno da bruxaria pressupõe a existência e ação
do diabo por meio dos seres humanos, parte de um mundo pré-racionalista que
atribuía ao Mal a razão das catástrofes vividas, de enchentes a epidemias.
III. A Igreja Católica justificava a maioria das mulheres entre os acusados
de bruxaria por uma suposta fraqueza natural do gênero, tendo sido criada a partir
da costela de Adão e sucumbido à tentação.
IV. A bruxaria consistiu uma realidade entre fim da Idade Média e começo da
Idade Moderna, com a revolta de populações pagãs contra a Igreja oficial.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Somente a afirmativa IV é verdadeira
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
20. (UEA AM/2013) Ocorre que as cidades, no início do século XVI,
concentravam 10% da população do Ocidente – 10% apenas. Mas esses 10% dispunham
de um poder criador, um poder de dominação, um poder de difusão de riquezas, um
poder que não era proporcional aos números da população.
(Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998.
Adaptado.)
O historiador descreve a situação histórica da Europa ocidental, onde as
cidades eram
a) sede do poder político e das inovações artísticas, de que é exemplo o
Renascimento.
b) governadas por conselhos populares e locais de celebrações
antirreligiosas.
c) pacíficas politicamente e contrárias à arte e à cultura cristãs.
d) lugares de resistência às mudanças trazidas pelo absolutismo e pelo
Barroco.
e) dominadas pelos senhores feudais e centros de difusão da arte românica.
21. (UERN/2012) Cruzadas – Batalhas da fé?
“Os promotores das Cruzadas haviam se colocado, pelo menos, três
objetivos: a conquista da Terra Santa de Jerusalém, a ajuda aos bizantinos e a
união da cristandade contra os infiéis. Mas nenhum desses objetivos havia sido
alcançado plenamente. Nas palavras de um importante historiador da
Idade Média, ‘Se os cruzados são os grandes perdedores da expansão crista
no século XII, os grandes ganhadores foram em definitivo os comerciantes’
[...]”
(Le Goff, Jacques. La Baja Edad Media. Madrid, Siglo
XXI, 1985)
Baseado no texto, analise.
I. As cruzadas consistiram em expedições guerreiras estimuladas pelo
papado com vistas à conquista da Terra Santa.
II. Os que das Cruzadas participaram, eram chamados de cruzados,
receberiam da Igreja de Roma uma indulgência específica, ou seja, o perdão para
seus pecados caso partissem para a Terra Santa.
III As cruzadas exerceram pouca influência na evolução da civilização
européia.
IV. Os mercadores enriqueceram, pois, aproveitando-se das viagens,
criaram novas oportunidades de comércio.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, IV
b) I, III
c) III, IV
d) I, II
22. (UERN/2013) O florescimento econômico e cultural ocorrido na Europa
entre os séculos XI e XIII sofreu sério abalo a partir do século XIV. Nesta
época, uma conjunção de fatores levou os europeus a enfrentarem uma profunda
crise econômica e social, que transformou o continente em palco de diversas
revoltas e lugar de desolação. São fatores que justificam esta grave crise,
cuja consequência foi a desagregação feudal:
a) As invasões dos povos germânicos e as lutas que marcaram o final do
Império Romano e a ocidentalização da cultura europeia.
b) O grande cisma do Oriente, que gerou a Igreja Ortodoxa e dividiu a
Europa em Ocidente e Oriente, enfraquecendo-a economicamente.
c) A fome, a peste negra e a ocorrência de várias guerras que
contribuíram para o desequilíbrio demográfico e, consequentemente, social da
Europa.
d) O desmantelamento dos ideais cristãos e pagãos, que sustentaram
durante bastante tempo a ordem hierárquica e de trabalho à qual a sociedade
feudal se submetia.
23. (UERN/2014) “A todos que partirem e morrerem no caminho, em terra ou
em mar, ou perderem a vida combatendo os pagãos, será concedida a remissão
[...] que sejam doravante cavaleiros de Cristo os que eram senão ladrões [...]
A terra que habitam é pequena e miserável para tão grande população, mas no
território sagrado do Oriente há extensões de onde jorram leite e mel. Tomai o
caminho do santo sepulcro, arrebatai aquela terra da raça perversa e submetei-a
a vós mesmos.” (Pronunciamento do
Papa Urbano II, em 1095. Vicentino, 2010.)
O discurso proferido pelo Papa Urbano II, no Concílio de Clermont,
conclamava
a) os crentes a combaterem as heresias e a reativarem os tribunais de
inquisição, numa verdadeira caça às bruxas.
b) os cristãos a impedir a onda de igrejas protestantes que proliferava
na Europa, a partir do advento da reforma Luterana.
c) os fiéis a expandirem a fé cristã com a abertura de novas ordens
religiosas, tais como a Companhia de Jesus e os franciscanos.
d) as pessoas de fé a participarem do movimento das Cruzadas – expedições
religiosas e militares que alteraram o panorama europeu.
24. (UFG GO/2014) Leia o fragmento a seguir.
A cidade contemporânea, apesar de grandes transformações, está mais
próxima da cidade medieval do que esta última da cidade antiga.
LE GOFF, Jacques. Por amor às cidades. São Paulo: Editora Unesp,1998. p.
25.
Nessa passagem, o historiador Jacques Le Goff compara a cidade medieval
com a contemporânea, estabelecendo uma aproximação entre ambas. A
característica da cidade medieval que permite tal relação é a
a) exaltação da vida cívica, associada aos jogos e aos espetáculos
promovidos por seus governantes.
b) laicização da cultura, expressa na arquitetura dos edifícios públicos
em contraste com o domínio religioso.
c) valorização das atividades de produção e de trocas comerciais,
alimentadas por uma economia monetária.
d) afirmação da autonomia política, revelada pela oposição dos citadinos
ao poder dos senhores feudais.
e) segregação social, manifestada na criação de bairros periféricos
pobres e violentos.
25. (UFU MG/2014) No mundo dos séculos XII e XIII, o setor de produção é
essencialmente agrícola e inscreve-se no contexto do modo de produção feudal.
Esse modo de produção baseia-se na exploração da terra por camponeses
submetidos a um senhor. O senhor vive da renda feudal que os camponeses lhe
entregam, seja em produtos, seja em dinheiro. Com o dinheiro dos censos dos
camponeses e a venda dos produtos da terra, o senhor adquire os bens de que tem
necessidade e que aumentam durante o período em função do custo crescente do
equipamento militar e da totalidade das despesas necessárias a “vida nobre”. O
camponês, por sua vez, para pagar a parte monetária de censos ao seu senhor e
obter o mínimo de bens de que precisa e que ele não produz, compra e vende,
também ele, no mercado.
LE GOFF, Jacques. O apogeu da cidade medieval. São
Paulo: Martins Fontes, 1992, p.55, (adaptado)
Durante muito tempo, a historiografia considerou que a revolução
comercial e burguesa, iniciada já no século XI, constituía, desde logo, um
fenômeno radicalmente alheio à lógica do feudalismo e levava à justaposição de
dois sistemas econômicos e culturais distintos. Porém, análises como a de
Jacques Le Goff indicam que o desenvolvimento urbano e comercial
a) teve origem na profunda crise na produção agrícola do século XI, o que
fez com que as áreas rurais se retraíssem e se tornassem dependentes do
fornecimento de gêneros alimentícios de subsistência feito pelas cidades.
b) estabeleceu parcerias econômicas com o sistema feudal, mas rompeu, já
no século XII, com as hierarquias típicas do mundo senhorial, tornando a cidade
um espaço revolucionário no ordenamento da sociedade.
c) estabeleceu um mercado regido, desde os primeiros momentos de sua
existência, pela lei da oferta e da procura, ou ainda da livre-concorrência,
apesar da estreita proximidade com o mundo rural e feudal.
d) pressupunha que a cidade encontrou o seu lugar no sistema feudal e
formou com ele, não como aliada, mas como parte integrante, uma relação de
simbiose, que será chamada pelos historiadores de sistema feudo-burguês.
Gabarito – Baixa Idade Média
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
10 |
E |
B |
E |
B |
B |
C |
A |
A |
A |
A |
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12 |
13 |
14 |
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16 |
17 |
18 |
19 |
20 |
B |
C |
D |
E |
B |
A |
E |
B |
B |
A |
21 |
22 |
23 |
24 |
25 |
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C |
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C |
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