AULA SOBRE ROMA NO YOUTUBE
1. (Fgv 2016) “Não
descreverei catástrofes pessoais de alguns dias infelizes, mas a destruição de
toda a humanidade, pois é com horror que meu espírito segue o quadro das ruínas
da nossa época. Há vinte e poucos anos que, entre Constantinopla e os Alpes
Julianos, o sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia, Trácia,
Macedônia, Tessália, Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são devastadas
pelos godos, sármatas, quedos, alanos (...); deportam e pilham tudo.
Quantas senhoras, quantas
virgens consagradas a Deus, quantos homens livres e nobres ficaram na mão
dessas bestas! Os bispos são capturados, os padres assassinados, todo tipo de
religioso perseguido; as igrejas são demolidas, os cavalos pastam junto aos
antigos altares de Cristo (…).”
(São
Jerônimo, Cartas apud Pedro Paulo Abreu Funari, Roma: vida pública e vida
privada. 2000)
O excerto, de 396, remete a
um contexto da história romana marcado pela
a) combinação da cultura
romana com o cristianismo, além da desorganização do Estado Romano, em meio às
invasões germânicas e de outros povos.
b) reorientação radical da
economia, porque houve o abandono da relação com os mercados mediterrâneos e o
início de contato com o norte da Europa.
c) expulsão dos povos
invasores de origem não germânica, seguida da reintrodução dos organismos
representativos da República Romana.
d) crescente restrição à
atuação da Igreja nas regiões fronteiriças do Império, porque o governo romano
acusava os cristãos de aliança com os invasores.
e) retomada do paganismo e o
consequente retorno da perseguição aos cristãos, responsabilizados pela grave
crise política do Império Romano.
2. (Enem 2ª aplicação 2016) A
Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C., fixou por escrito um velho
direito costumeiro. No relativo às dívidas não pagas, o código permitia, em
última análise, matar o devedor; ou vendê-lo como escravo “do outro lado do
Tibre” – isto é, fora do território de Roma.
CARDOSO,
C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
A referida lei foi um marco
na luta por direitos na Roma Antiga, pois possibilitou que os plebeus
a) modificassem a estrutura
agrária assentada no latifúndio.
b) exercessem a prática da
escravidão sobre seus devedores.
c) conquistassem a
possibilidade de casamento com os patrícios.
d) ampliassem a participação
política nos cargos políticos públicos.
e) reivindicassem as mudanças
sociais com base no conhecimento das leis.
3. (Fuvest 2016) Os impérios
do mundo antigo tinham ampla abrangência territorial e estruturas politicamente
complexas, o que implicava custos crescentes de administração. No caso do
Império Romano da Antiguidade, são exemplos desses custos:
a) as expropriações de terras
dos patrícios e a geração de empregos para os plebeus.
b) os investimentos na
melhoria dos serviços de assistência e da previdência social.
c) as reduções de impostos,
que tinham a finalidade de evitar revoltas provinciais e rebeliões populares.
d) os gastos cotidianos das
famílias pobres com alimentação, moradia, educação e saúde.
e) as despesas militares, a
realização de obras públicas e a manutenção de estradas.
4. (Enem 2016) Pois quem
seria tão inútil ou indolente a ponto de não desejar saber como e sob que
espécie de constituição os romanos conseguiram em menos de cinquenta e três
anos submeter quase todo o mundo habitado ao seu governo exclusivo – fato nunca
antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão apaixonadamente devotado
a outros espetáculos ou estudos a ponto de considerar qualquer outro objetivo
mais importante que a aquisição desse conhecimento?
POLÍBIO.
História. Brasília: Editora UnB, 1985.
A experiência a que se refere
o historiador Políbio, nesse texto escrito no século II a.C., é a
a) ampliação do contingente
de camponeses livres.
b) consolidação do poder das
falanges hoplitas.
c) concretização do desígnio
imperialista.
d) adoção do monoteísmo
cristão.
e) libertação do domínio
etrusco.
5. (Fgv 2015) A colisão
catastrófica dos dois anteriores modos de produção em dissolução, o primitivo e
o antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa.
Anderson,
P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto: Afrontamento, 1982, p.
140.
O autor refere-se a três
tipos de formações econômico- sociais nesse pequeno trecho. A esse respeito é
correto afirmar:
a) A síntese descrita
refere-se à articulação entre o escravismo romano em crise e as formações
sociais dos guerreiros germânicos.
b) O escravismo predominava
entre os povos germânicos e tornou-se um ponto de intersecção com a sociedade
romana.
c) A economia romana, baseada
na pequena propriedade familiar, foi transformada a partir das invasões
germânicas dos séculos IV a VI.
d) Os povos germânicos
desenvolveram a propriedade privada e as relações servis que permitiram a
síntese social com os romanos.
e) A transição para o
escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes nas fronteiras
romanas devido à ofensiva dos magiares.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2
QUESTÕES:
Leia o texto para responder as
questões a seguir:
"O
apóstolo Paulo era cidadão de Tarso, uma pequena cidade, muito antiga, que era
a capital provincial da Cilícia. Mas Paulo era também judeu, membro de uma
etnia que se reproduzia por laços familiares e pela aderência a uma religião,
cujo templo se encontrava distante, em Jerusalém. Era um judeu da diáspora.
Numa viagem para Damasco, Paulo se tornou cristão e, entre os cristãos,
apóstolo. Nessa condição, assumiu a identidade de apóstolo dos não judeus e
viajou, por terra e por mar, por boa parte do Mediterrâneo oriental. Foi a
Chipre, à Panfilia, passou pela Capadócia, pelo centro da Anatólia, e morou em
Éfeso, onde foi confrontado pelos artesãos locais, escapando apenas pelo medo
geral de uma intervenção do poder romano. Muitas vezes estabeleceu-se com o
apoio das comunidades judaicas locais. Morou na cidade de Felipe, visitou a
Macedônia e a Acaia e, segundo os Atos, passou por Corinto, capital provincial,
onde exerceu outra de suas identidades — a de artesão. Chegou a Atenas e
discutiu com os filósofos da cidade. Passou também por Mileto, Rodes, Tiro,
Cesareia, Jerusalém e outras cidades. Ao ser perseguido em Jerusalém,
refugiou-se em Cesareia, onde foi preso. Fez, então, uso de sua identidade de
cidadão romano, que também possuía, e de seu conhecimento da língua grega, para
não ser espancado e executado. Para ser julgado, atravessou todo o
Mediterrâneo, com uma escala em Malta, após um naufrágio, tendo vivido em Roma
com amigos e fiéis. Suas cartas mostram um amplo círculo de relações e de
influências em Roma e no Mediterrâneo oriental. O ponto central é: teria sido a
carreira de Paulo possível ou verossímil 500 anos antes?"
Norberto
Luiz Guarinello. História antiga. São Paulo: Contexto, 2013, p. 157-158.
Adaptado.
6. (Pucsp 2015) A trajetória
do apóstolo Paulo, descrita no texto, revela que
a) o intercâmbio cultural na
Antiguidade era regular e sistemático desde a globalização da filosofia grega e
da hegemonia dos valores helenísticos no Oriente extremo.
b) os povos da Antiguidade
mantinham-se firmemente fechados em suas comunidades, sem que houvesse qualquer
tipo de integração ou transformação cultural.
c) a força política do
cristianismo na Grécia e em Roma garantia a segurança e a ampla possibilidade
de circulação de seus adeptos, empenhados na difusão dessa fé religiosa.
d) a tolerância religiosa
existente na Grécia e na Roma antigas permitia contínuas romarias de todos os
seus habitantes por todos os territórios de seus impérios.
e) o Império Romano era
bastante heterogêneo no seu interior e parte de seus habitantes podia valer-se
de suas várias identidades e vínculos pessoais e religiosos.
7. (Pucsp 2015) A resposta
mais adequada à pergunta final do texto é:
a) sim, porque a integração
entre Ocidente e Oriente era intensa desde a unificação do Egito, quando se
estabeleceram rotas regulares de comércio para as Índias.
b) não, porque só com a
conquista e o domínio romanos do Mar Mediterrâneo é que se iniciaram a
navegação e o comércio entre o Norte da África e as terras da atual Europa.
c) sim, porque as cidades
italianas de Gênova e Veneza controlavam grande parte do comércio no Mar
Mediterrâneo e facilitavam o deslocamento de pessoas e mercadorias na região.
d) não, porque apenas a
extensão e o funcionamento do Império Romano tornaram possíveis a maior
mobilidade e integração entre as comunidades a ele submetidas.
e) sim, porque a hegemonia
árabe no Norte da África, no Oriente próximo e na Península Ibérica contribuiu
decisivamente para a aproximação dos povos que viviam em torno do Mediterrâneo.
8. (Fuvest 2014) César não
saíra de sua província para fazer mal algum, mas para se defender dos agravos
dos inimigos, para restabelecer em seus poderes os tribunos da plebe que tinham
sido, naquela ocasião, expulsos da Cidade, para devolver a liberdade a si e ao
povo romano oprimido pela facção minoritária.
Caio
Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 67.
O texto, do século I a.C.,
retrata o cenário romano de
a) implantação da Monarquia,
quando a aristocracia perseguia seus opositores e os forçava ao ostracismo,
para sufocar revoltas oligárquicas e populares.
b) transição da República ao
Império, período de reformulações provocadas pela expansão mediterrânica e pelo
aumento da insatisfação da plebe.
c) consolidação da República,
marcado pela participação política de pequenos proprietários rurais e pela
implementação de amplo programa de reforma agrária.
d) passagem da Monarquia à
República, período de consolidação oligárquica, que provocou a ampliação do
poder e da influência política dos militares.
e) decadência do Império,
então sujeito a invasões estrangeiras e à fragmentação política gerada pelas
rebeliões populares e pela ação dos bárbaros.
9. (Unicamp 2014) O termo
“bárbaro” teve diferentes significados ao longo da história. Sobre os usos
desse conceito, podemos afirmar que:
a) Bárbaro foi uma
denominação comum a muitas civilizações para qualificar os povos que não
compartilhavam dos valores destas mesmas civilizações.
b) Entre os gregos do período
clássico o termo foi utilizado para qualificar povos que não falavam grego e
depois disso deixou de ser empregado no mundo mediterrâneo antigo.
c) Bárbaros eram os povos que
os germanos classificavam como inadequados para a conquista, como os vândalos,
por exemplo.
d) Gregos e romanos
classificavam de bárbaros povos que viviam da caça e da coleta, como os persas,
em oposição aos povos urbanos civilizados.
10. (Fgv 2014) O anfiteatro
era, para os romanos, parte de sua normalidade cotidiana, um lugar no qual
reafirmavam seus valores e sua concepção do “normal”. Nos anfiteatros eram
expostos, para serem supliciados, bárbaros vencidos, inimigos que se haviam
insurgido contra a ordem romana. Nos anfiteatros se supliciavam, também,
bandidos e marginais, como por vezes os cristãos, que eram jogados às feras e
dados como espetáculo, para o prazer de seus algozes ou daqueles que defendiam
os valores normais da sociedade.
(Norberto Luiz Guarinello, A normalidade da violência em
Roma In http:// www2.uol.com.br/historiaviva/artigos/
a_normalidade_da_violencia_em_roma.html)
Sobre as relações entre os
cristãos e o Estado Romano, é correto afirmar que
a) a violência durante a
República Romana vitimou os cristãos porque estes aceitaram a presença dos
povos bárbaros dentro das fronteiras romanas.
b) a prática do cristianismo
foi tolerada em Roma desde os primórdios dessa religião, e as ocorrências
violentas podem ser consideradas exceções.
c) o cristianismo sofreu
violenta perseguição no Império Romano pela sua recusa em aceitar a divinização
dos imperadores.
d) a ação cristã foi
consentida pelo poder romano, e a violência contra a nova religião
restringiu-se aos seus principais líderes.
e) a intensa violência
praticada contra os seguidores do cristianismo ocorreu por um curto período,
apenas durante os primeiros anos da Monarquia Romana.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2
QUESTÕES:
Leia o texto para responder
à(s) questão(ões) a seguir.
Apesar
de não ter sido tão complexo quanto os governos modernos, o Império [Romano]
também precisava pagar custos muito altos. Além de seus funcionários, da
manutenção das estradas e da realização de obras, precisava manter um grande
exército distribuído por toda a sua extensão. A cobrança de impostos é que
permitia ao governo continuar funcionando e pagando seus gastos.
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu
império, 2004.)
11. (Unesp 2014) Sobre o
recolhimento de impostos e os gastos públicos no Império Romano, é correto
afirmar que
a) os patrícios e os
proprietários de terras não pagavam tributos, uma vez que estes eram de
responsabilidade exclusiva de arrendatários e escravos.
b) o desenvolvimento da
engenharia civil foi essencial para integrar o Império e facilitar o
deslocamento dos exércitos.
c) as obras financiadas com
recursos públicos foram apenas as de função religiosa, como altares ou templos.
d) a desvalorização da moeda
foi uma das formas utilizadas pelos governantes para aliviar o peso dos
impostos sobre a população despossuída.
e) os tributos eram cobrados
por coletores enviados diretamente de Roma, não havendo qualquer intermediação
ou intervenção de autoridades locais.
12. (Unesp 2014) Os gastos
militares intensificaram-se a partir dos séculos III e IV d.C., devido
a) ao esforço romano de
expandir suas fronteiras para o centro da África.
b) às perseguições contra os
cristãos, que, bem-sucedidas, permitiram o pleno retorno ao politeísmo.
c) à necessidade de defesa
diante de ataques simultâneos de bárbaros em várias partes da fronteira.
d) aos anseios
expansionistas, que levaram os romanos a buscar o controle armado e comercial
do mar Mediterrâneo.
e) à guerra contra Cartago
pelo controle de terras no norte da África e na Península Ibérica.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Roma
provou ser capaz de ampliar o seu próprio sistema político para incluir as
cidades italianas durante sua expansão penisular. Desde o começo ela havia –
diferentemente de Atenas – exigido de seus aliados tropas para seus exércitos,
e não dinheiro para seu tesouro; desta maneira, diminuindo a carga de sua
dominação na paz e unindo-os solidamente em tempo de guerra. Neste ponto,
seguia o exemplo de Esparta, embora seu controle militar central das tropas
aliadas fosse sempre muito maior.
(Perry
Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1987. Adaptado.)
13. (Unesp 2014) O texto
caracteriza uma das principais estratégias romanas de domínio sobre outros
povos e outras cidades:
a) o estabelecimento de
protetorados e de aquartelamentos militares.
b) a escravização e a
exploração dos recursos naturais.
c) a libertação de todos os
escravos e a democratização política.
d) o recrutamento e a
composição de alianças bélicas.
e) a tributação abusiva e o
confisco de propriedades rurais.
14. (Enem 2013) Durante a
realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente
de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos
patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os
plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas – os decênviros – para
escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a
legislação de Sólon.
COULANGES,
F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
A superação da tradição
jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à
a) adoção do sufrágio
universal masculino.
b) extensão da cidadania aos
homens livres.
c) afirmação de instituições
democráticas.
d) implantação de direitos
sociais.
e) tripartição dos poderes
políticos.
15. (Fuvest 2013) A
escravidão na Roma antiga
a) permaneceu praticamente
inalterada ao longo dos séculos, mas foi abolida com a introdução do
cristianismo.
b) previa a possibilidade de
alforria do escravo apenas no caso da morte de seu proprietário.
c) era restrita ao meio rural
e associada ao trabalho braçal, não ocorrendo em áreas urbanas, nem atingindo
funções intelectuais ou administrativas.
d) pressupunha que os
escravos eram humanos e, por isso, era proibida toda forma de castigo físico.
e) variou ao longo do tempo,
mas era determinada por três critérios: nascimento, guerra e direito civil.
16. (Enem 2012)
Disponível em: www.metmuseum.org. Acesso em: 14 set. 2011. (Foto: Enem)
A figura apresentada é de um
mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod,
atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma
característica política dos romanos no período, indicada em:
a) Cruzadismo — conquista da
terra santa.
b) Patriotismo — exaltação da
cultura local.
c) Helenismo — apropriação da
estética grega.
d) Imperialismo — selvageria
dos povos dominados.
e) Expansionismo —
diversidade dos territórios conquistados.
17. (Unesp 2012) A
escravatura [na Roma antiga] foi praticada desde os tempos mais remotos dos
reis, mas seu desenvolvimento em grande escala foi consequência das guerras de
conquista […].
(Patrick
Le Roux. Império Romano, 2010.)
Sobre a escravidão na Roma
antiga, é correto afirmar que
a) assemelhava-se à
escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois era determinada pela procedência e
pela raça.
b) aumentou
significativamente durante a expansão romana pelo Mar Mediterrâneo.
c) atingiu o auge com a
ocupação romana da Germânia e de territórios na Europa Central.
d) diminuiu bastante após a
implantação do Império e foi abolida pelos imperadores cristãos.
e) diferenciava-se da
escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois os escravos romanos nunca podiam
se tornar livres.
18. (Pucsp 2012) As Guerras
Púnicas, entre romanos e cartagineses, duraram de 264 a 146 a.C. Entre seus
resultados finais, podemos considerar que elas
a) contiveram a expansão
romana em direção ao mar Mediterrâneo, pois as ilhas ao sul da península
itálica passaram ao controle cartaginês.
b) fortaleceram a presença
romana na região do mar Mediterrâneo, com o estabelecimento de províncias nas
terras conquistadas.
c) eliminaram os gastos
militares do Império Romano, pois impediram o surgimento de revoltas e tensões
sociais.
d) permitiram a expansão
comercial de Roma por toda a península itálica e em direção ao ocidente, com a
decorrente conquista da Gália.
e) reduziram
consideravelmente o número de escravos no Império Romano, pois a maioria deles
foi alistada nas tropas e morreu em combate.
19. (Fuvest 2010)
Cesarismo/cesarista são termos utilizados para caracterizar governantes atuais
que, à maneira de Júlio César (de onde o nome), na antiga Roma, exercem um
poder
a) teocrático.
b) democrático.
c) aristocrático.
d) burocrático.
e) autocrático.
20. (Fuvest 2008) Na
atualidade, praticamente todos os dirigentes políticos, no Brasil e no mundo,
dizem-se defensores de padrões democráticos e de valores republicanos. Na
Antiguidade, tais padrões e valores conheceram o auge, tanto na democracia
ateniense, quanto na república romana, quando predominaram
a) a liberdade e o
individualismo.
b) o debate e o bem público.
c) a demagogia e o populismo.
d) o consenso e o respeito à
privacidade.
e) a tolerância religiosa e o
direito civil.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[A]
Somente a proposição [A] está
correta. A questão remete à crise econômica, social e política no Baixo Império
Romano século III, IV e V. O texto aponta para as invasões bárbaras no século
IV, ano de 396. Neste cenário, as invasões bárbaras tornaram-se violentas
devido à pressão dos hunos. O Império Romano estava em profundo declínio, em
395 Teodósio dividiu o império em duas partes: Império Romano do Ocidente
capital Roma e o Império Romano do Oriente, Constantinopla era a capital. O catolicismo
estava se propagando tornando uma religião “universal”. Em 313 através do Edito
de Milão Constantino deu liberdade de cultos aos cristãos e, em 391, pelo Edito
de Tessalônica Teodósio oficializou o cristianismo.
Resposta da questão 2:
[E]
A Lei das Doze Tábuas
transformou o Direito Romano de falado em escrito, ou seja, tornou-o fixo,
público e comum a Patrícios e Plebeus.
Resposta da questão 3:
[E]
Tendo em vista os períodos de
grande expansão territorial através de Guerras, tanto na fase da República
quanto na fase do Império, os gastos militares ocupavam o topo da lista de
despesas de Roma. Ao ampliar seu território, a necessidade da ampliação de uma
rede de estradas que ligasse as partes do Império também se fez presente. Por
fim, as obras públicas também constituíram grande parte das despesas.
Resposta da questão 4:
[C]
A experiência romana a que o
texto faz menção é a vocação imperialista, desenvolvida principalmente a partir
da República, quando Roma domina todas as terras em torno do Mar Mediterrâneo,
passando a chamá-lo de Mare Nostrum.
Resposta da questão 5:
[A]
A forma social de trabalho
formada no Feudalismo foi uma síntese entre dois tipos de relações sociais
anteriores: o escravismo romano e o clientelismo bárbaro. Essa síntese resultou
na servidão feudal.
Resposta da questão 6:
[E]
O próprio texto destaca as
múltiplas identidades de Paulo de Tarso, traço característico dos habitantes do
Império Romano: judeu, cristão, romano, grego, artesão, apóstolo.
Resposta da questão 7:
[D]
A expansão de Roma, iniciada
durante a República – na época do lema Mare Nostrum, em referência ao Mar
Mediterrâneo – e consolidada ao longo do Império, tornou possível o domínio de
toda a Europa Continental, de regiões na África e na Ásia. E esse domínio
tornou possível a integração entre cidades e povos. Logo, a carreira de Paulo de
Tarso não seria possível antes dessa expansão.
Resposta da questão 8:
[B]
Após o período da República,
na qual Roma se expandiu por toda a Europa Continental, o exército romano – e
seus oficiais – ganharam prestígio e força. E usaram disso para dar um golpe no
Senado e disputar entre si o poder de governar Roma. Júlio César foi um dos
generais que governaram Roma nesse período, que marca a transição da República
para o Império.
Resposta da questão 9:
[A]
O termo bárbaro foi usado
diversas vezes ao longo da História para designar aqueles que eram de fora.
Para os romanos, por exemplo, era bárbaro todo aquele que não falava latim.
Resposta da questão 10:
[C]
A principal motivação para a
perseguição dos cristãos na Roma Antiga era o fato de o Cristianismo ser uma
religião monoteísta e, por isso, negar a divindade dos imperadores romanos.
Resposta da questão 11:
[B]
Ao longo da República Romana,
509-27 a.C, e início do Império ocorreu o processo de expansão romana
constituindo um grande império (o mare nostrum romano). Foi necessária uma rede
de estradas, pontes, aquedutos para interligar as províncias com a capital Roma
facilitando a comunicação e a administração. Neste sentido, o Estado Romano
necessitou de muitos recursos para investir nesta infraestrutura do império e,
assim, muitos impostos foram criados para aumentar a receita. Para atender esta
demanda social de comunicação, a engenharia civil ganhou destaque e projeção no
fim da República e no Império Romano. Somente a proposição [B] está correta. As
demais alternativas cometem equívocos considerando que não
foram apenas obras de cunho
religioso que foram financiadas com recursos públicos. Havia uma rede de
comunicação para facilitar a cobrança de impostos.
Resposta da questão 12:
[C]
Somente a alternativa [C]
está correta. No Baixo Império Romano, séculos III, IV e V, o império entrou em
declínio devido à crise escravista que acabou engendrando uma crise
generalizada, economia, política, militar, administrativa. Neste contexto
crítico ocorreram as invasões dos bárbaros germânicos sobre as fronteiras
europeias do império romano necessitando, então, de mais gastos militares
exatamente quando o Império estava em crise. As proposições [A], [B], [D] e [E]
estão incorretas.
Neste contexto o império já
havia expandido. Não retomou o politeísmo. Não havia anseios expansionistas no
Baixo Império, pois já havia ocorrido ao longo do período republicano e no
início do império. As Guerras Púnicas, Roma contra Cartago, ocorreram na
República Romana.
Resposta da questão 13:
[D]
Somente a proposição [D] está
correta. A história de Roma na antiguidade, sobretudo no período da República,
509- 27ac, foi pautada pela expansão territorial e a conquista de outros povos.
Desta forma, Roma montou um grande exército para atender esta demanda
expansionista. Exigia de seus aliados, tropas para fortalecer o exército e não
dinheiro. Primeiramente, Roma dominou a Itália e, através das Guerras Púnicas
contra Cartago, acabou dominando o mar mediterrâneo (o mar é nostrum romano)
montando um grande império. Esta expansão romana provocou uma série de
transformações que levaram ao fim da república romana. As demais alternativas
estão incorretas.
Resposta da questão 14:
[B]
Como a própria questão deixa
claro, quando a legislação era transmitida oralmente, as classes superiores
"manipulavam a justiça de acordo com seus interesses". Isso posto,
quando a legislação passou a ser escrita, houve o aumento do direito à
cidadania pelas classes inferiores.
Resposta da questão 15:
[E]
Questão que demanda
conhecimentos específicos sobre a escravidão na Roma Antiga. Nessa civilização
– embora tenha variado ao longo do tempo, conforme afirma a alternativa correta
–, os critérios que determinaram a escravização foram basicamente o nascimento,
a guerra e o direito civil. A condição à qual estava submetido o escravo era a
de ser "propriedade" do seu senhor; sendo assim, o
dono de um escravo tinha
sobre ele o direito de vida e morte.
Resposta da questão 16:
[E]
O período destacado foi marcado
pelo apogeu do expansionismo romano, época do Império, quando Roma dominava
todos os territórios ao redor do Mediterrâneo, incluindo a Palestina. O mosaico
de animais demonstra a quantidade e diversidade desses territórios.
Resposta da questão 17:
[B]
Durante o período monárquico
em Roma, encontramos a escravidão por dívida, mas em pequena dimensão. Foi no
período republicano, com a política expansionista dos romanos a partir das
Guerras Púnicas, que se desenvolveu o escravismo como meio de produção. Parte
dos povos dominados era enviado à Roma, e o desenvolvimento da escravidão
determinou a marginalização da plebe.
Resposta da questão 18:
[B]
Antes das Guerras Púnicas, os
romanos já haviam conquistado a Península Itálica; a Gália foi conquistada um
século depois.
Resposta da questão 19:
[E]
Cesarismo, termo derivado de
Júlio César, é um conceito utilizado por diversos autores para definir um
sistema de governo centrado na autoridade suprema de um governante ao qual são
atribuídos traços heróicos, apresentando elementos de culto da personalidade.
São considerados expoentes clássicos: Júlio César, Oliver Cromwell e Napoleão
Bonaparte, entre outros. O cesarismo também se caracteriza pela adoção de
soluções militares para os problemas políticos, recorrendo à guerra ou à
imposição da vontade sobre os adversários. Dai, o caráter autocrático.
Resposta da questão 20:
[B]