sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Civilização Romana - Lista nova


AULA SOBRE ROMA NO YOUTUBE


1. (Fgv 2016) “Não descreverei catástrofes pessoais de alguns dias infelizes, mas a destruição de toda a humanidade, pois é com horror que meu espírito segue o quadro das ruínas da nossa época. Há vinte e poucos anos que, entre Constantinopla e os Alpes Julianos, o sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia, Trácia, Macedônia, Tessália, Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são devastadas pelos godos, sármatas, quedos, alanos (...); deportam e pilham tudo.

Quantas senhoras, quantas virgens consagradas a Deus, quantos homens livres e nobres ficaram na mão dessas bestas! Os bispos são capturados, os padres assassinados, todo tipo de religioso perseguido; as igrejas são demolidas, os cavalos pastam junto aos antigos altares de Cristo (…).”

(São Jerônimo, Cartas apud Pedro Paulo Abreu Funari, Roma: vida pública e vida privada. 2000)

 

O excerto, de 396, remete a um contexto da história romana marcado pela

a) combinação da cultura romana com o cristianismo, além da desorganização do Estado Romano, em meio às invasões germânicas e de outros povos.

b) reorientação radical da economia, porque houve o abandono da relação com os mercados mediterrâneos e o início de contato com o norte da Europa.

c) expulsão dos povos invasores de origem não germânica, seguida da reintrodução dos organismos representativos da República Romana.

d) crescente restrição à atuação da Igreja nas regiões fronteiriças do Império, porque o governo romano acusava os cristãos de aliança com os invasores.

e) retomada do paganismo e o consequente retorno da perseguição aos cristãos, responsabilizados pela grave crise política do Império Romano.

 

2. (Enem 2ª aplicação 2016) A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C., fixou por escrito um velho direito costumeiro. No relativo às dívidas não pagas, o código permitia, em última análise, matar o devedor; ou vendê-lo como escravo “do outro lado do Tibre” – isto é, fora do território de Roma.

CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

 

A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma Antiga, pois possibilitou que os plebeus

a) modificassem a estrutura agrária assentada no latifúndio.

b) exercessem a prática da escravidão sobre seus devedores.

c) conquistassem a possibilidade de casamento com os patrícios.

d) ampliassem a participação política nos cargos políticos públicos.

e) reivindicassem as mudanças sociais com base no conhecimento das leis.

 

3. (Fuvest 2016) Os impérios do mundo antigo tinham ampla abrangência territorial e estruturas politicamente complexas, o que implicava custos crescentes de administração. No caso do Império Romano da Antiguidade, são exemplos desses custos:

a) as expropriações de terras dos patrícios e a geração de empregos para os plebeus.

b) os investimentos na melhoria dos serviços de assistência e da previdência social.

c) as reduções de impostos, que tinham a finalidade de evitar revoltas provinciais e rebeliões populares.

d) os gastos cotidianos das famílias pobres com alimentação, moradia, educação e saúde.

e) as despesas militares, a realização de obras públicas e a manutenção de estradas.

 

4. (Enem 2016) Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de não desejar saber como e sob que espécie de constituição os romanos conseguiram em menos de cinquenta e três anos submeter quase todo o mundo habitado ao seu governo exclusivo – fato nunca antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou estudos a ponto de considerar qualquer outro objetivo mais importante que a aquisição desse conhecimento?

POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985.

 

A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto escrito no século II a.C., é a

a) ampliação do contingente de camponeses livres.

b) consolidação do poder das falanges hoplitas.

c) concretização do desígnio imperialista.

d) adoção do monoteísmo cristão.

e) libertação do domínio etrusco.

 

5. (Fgv 2015) A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em dissolução, o primitivo e o antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa.

Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto: Afrontamento, 1982, p. 140.

 

O autor refere-se a três tipos de formações econômico- sociais nesse pequeno trecho. A esse respeito é correto afirmar:

a) A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo romano em crise e as formações sociais dos guerreiros germânicos.

b) O escravismo predominava entre os povos germânicos e tornou-se um ponto de intersecção com a sociedade romana.

c) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi transformada a partir das invasões germânicas dos séculos IV a VI.

d) Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada e as relações servis que permitiram a síntese social com os romanos.

e) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes nas fronteiras romanas devido à ofensiva dos magiares.

 

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

Leia o texto para responder as questões a seguir:

"O apóstolo Paulo era cidadão de Tarso, uma pequena cidade, muito antiga, que era a capital provincial da Cilícia. Mas Paulo era também judeu, membro de uma etnia que se reproduzia por laços familiares e pela aderência a uma religião, cujo templo se encontrava distante, em Jerusalém. Era um judeu da diáspora. Numa viagem para Damasco, Paulo se tornou cristão e, entre os cristãos, apóstolo. Nessa condição, assumiu a identidade de apóstolo dos não judeus e viajou, por terra e por mar, por boa parte do Mediterrâneo oriental. Foi a Chipre, à Panfilia, passou pela Capadócia, pelo centro da Anatólia, e morou em Éfeso, onde foi confrontado pelos artesãos locais, escapando apenas pelo medo geral de uma intervenção do poder romano. Muitas vezes estabeleceu-se com o apoio das comunidades judaicas locais. Morou na cidade de Felipe, visitou a Macedônia e a Acaia e, segundo os Atos, passou por Corinto, capital provincial, onde exerceu outra de suas identidades — a de artesão. Chegou a Atenas e discutiu com os filósofos da cidade. Passou também por Mileto, Rodes, Tiro, Cesareia, Jerusalém e outras cidades. Ao ser perseguido em Jerusalém, refugiou-se em Cesareia, onde foi preso. Fez, então, uso de sua identidade de cidadão romano, que também possuía, e de seu conhecimento da língua grega, para não ser espancado e executado. Para ser julgado, atravessou todo o Mediterrâneo, com uma escala em Malta, após um naufrágio, tendo vivido em Roma com amigos e fiéis. Suas cartas mostram um amplo círculo de relações e de influências em Roma e no Mediterrâneo oriental. O ponto central é: teria sido a carreira de Paulo possível ou verossímil 500 anos antes?"

Norberto Luiz Guarinello. História antiga. São Paulo: Contexto, 2013, p. 157-158. Adaptado.

 

6. (Pucsp 2015) A trajetória do apóstolo Paulo, descrita no texto, revela que

a) o intercâmbio cultural na Antiguidade era regular e sistemático desde a globalização da filosofia grega e da hegemonia dos valores helenísticos no Oriente extremo.

b) os povos da Antiguidade mantinham-se firmemente fechados em suas comunidades, sem que houvesse qualquer tipo de integração ou transformação cultural.

c) a força política do cristianismo na Grécia e em Roma garantia a segurança e a ampla possibilidade de circulação de seus adeptos, empenhados na difusão dessa fé religiosa.

d) a tolerância religiosa existente na Grécia e na Roma antigas permitia contínuas romarias de todos os seus habitantes por todos os territórios de seus impérios.

e) o Império Romano era bastante heterogêneo no seu interior e parte de seus habitantes podia valer-se de suas várias identidades e vínculos pessoais e religiosos.

 

7. (Pucsp 2015) A resposta mais adequada à pergunta final do texto é:

a) sim, porque a integração entre Ocidente e Oriente era intensa desde a unificação do Egito, quando se estabeleceram rotas regulares de comércio para as Índias.

b) não, porque só com a conquista e o domínio romanos do Mar Mediterrâneo é que se iniciaram a navegação e o comércio entre o Norte da África e as terras da atual Europa.

c) sim, porque as cidades italianas de Gênova e Veneza controlavam grande parte do comércio no Mar Mediterrâneo e facilitavam o deslocamento de pessoas e mercadorias na região.

d) não, porque apenas a extensão e o funcionamento do Império Romano tornaram possíveis a maior mobilidade e integração entre as comunidades a ele submetidas.

e) sim, porque a hegemonia árabe no Norte da África, no Oriente próximo e na Península Ibérica contribuiu decisivamente para a aproximação dos povos que viviam em torno do Mediterrâneo.

 

8. (Fuvest 2014) César não saíra de sua província para fazer mal algum, mas para se defender dos agravos dos inimigos, para restabelecer em seus poderes os tribunos da plebe que tinham sido, naquela ocasião, expulsos da Cidade, para devolver a liberdade a si e ao povo romano oprimido pela facção minoritária.

Caio Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 67.

 

O texto, do século I a.C., retrata o cenário romano de

a) implantação da Monarquia, quando a aristocracia perseguia seus opositores e os forçava ao ostracismo, para sufocar revoltas oligárquicas e populares.

b) transição da República ao Império, período de reformulações provocadas pela expansão mediterrânica e pelo aumento da insatisfação da plebe.

c) consolidação da República, marcado pela participação política de pequenos proprietários rurais e pela implementação de amplo programa de reforma agrária.

d) passagem da Monarquia à República, período de consolidação oligárquica, que provocou a ampliação do poder e da influência política dos militares.

e) decadência do Império, então sujeito a invasões estrangeiras e à fragmentação política gerada pelas rebeliões populares e pela ação dos bárbaros.

 

9. (Unicamp 2014) O termo “bárbaro” teve diferentes significados ao longo da história. Sobre os usos desse conceito, podemos afirmar que:

a) Bárbaro foi uma denominação comum a muitas civilizações para qualificar os povos que não compartilhavam dos valores destas mesmas civilizações.

b) Entre os gregos do período clássico o termo foi utilizado para qualificar povos que não falavam grego e depois disso deixou de ser empregado no mundo mediterrâneo antigo.

c) Bárbaros eram os povos que os germanos classificavam como inadequados para a conquista, como os vândalos, por exemplo.

d) Gregos e romanos classificavam de bárbaros povos que viviam da caça e da coleta, como os persas, em oposição aos povos urbanos civilizados.

 

10. (Fgv 2014) O anfiteatro era, para os romanos, parte de sua normalidade cotidiana, um lugar no qual reafirmavam seus valores e sua concepção do “normal”. Nos anfiteatros eram expostos, para serem supliciados, bárbaros vencidos, inimigos que se haviam insurgido contra a ordem romana. Nos anfiteatros se supliciavam, também, bandidos e marginais, como por vezes os cristãos, que eram jogados às feras e dados como espetáculo, para o prazer de seus algozes ou daqueles que defendiam os valores normais da sociedade.

(Norberto Luiz Guarinello, A normalidade da violência em Roma In http:// www2.uol.com.br/historiaviva/artigos/ a_normalidade_da_violencia_em_roma.html)

 

Sobre as relações entre os cristãos e o Estado Romano, é correto afirmar que

a) a violência durante a República Romana vitimou os cristãos porque estes aceitaram a presença dos povos bárbaros dentro das fronteiras romanas.

b) a prática do cristianismo foi tolerada em Roma desde os primórdios dessa religião, e as ocorrências violentas podem ser consideradas exceções.

c) o cristianismo sofreu violenta perseguição no Império Romano pela sua recusa em aceitar a divinização dos imperadores.

d) a ação cristã foi consentida pelo poder romano, e a violência contra a nova religião restringiu-se aos seus principais líderes.

e) a intensa violência praticada contra os seguidores do cristianismo ocorreu por um curto período, apenas durante os primeiros anos da Monarquia Romana.

 

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Apesar de não ter sido tão complexo quanto os governos modernos, o Império [Romano] também precisava pagar custos muito altos. Além de seus funcionários, da manutenção das estradas e da realização de obras, precisava manter um grande exército distribuído por toda a sua extensão. A cobrança de impostos é que permitia ao governo continuar funcionando e pagando seus gastos.

 (Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004.)

 

11. (Unesp 2014) Sobre o recolhimento de impostos e os gastos públicos no Império Romano, é correto afirmar que

a) os patrícios e os proprietários de terras não pagavam tributos, uma vez que estes eram de responsabilidade exclusiva de arrendatários e escravos.

b) o desenvolvimento da engenharia civil foi essencial para integrar o Império e facilitar o deslocamento dos exércitos.

c) as obras financiadas com recursos públicos foram apenas as de função religiosa, como altares ou templos.

d) a desvalorização da moeda foi uma das formas utilizadas pelos governantes para aliviar o peso dos impostos sobre a população despossuída.

e) os tributos eram cobrados por coletores enviados diretamente de Roma, não havendo qualquer intermediação ou intervenção de autoridades locais.

 

12. (Unesp 2014) Os gastos militares intensificaram-se a partir dos séculos III e IV d.C., devido

a) ao esforço romano de expandir suas fronteiras para o centro da África.

b) às perseguições contra os cristãos, que, bem-sucedidas, permitiram o pleno retorno ao politeísmo.

c) à necessidade de defesa diante de ataques simultâneos de bárbaros em várias partes da fronteira.

d) aos anseios expansionistas, que levaram os romanos a buscar o controle armado e comercial do mar Mediterrâneo.

e) à guerra contra Cartago pelo controle de terras no norte da África e na Península Ibérica.

 

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Roma provou ser capaz de ampliar o seu próprio sistema político para incluir as cidades italianas durante sua expansão penisular. Desde o começo ela havia – diferentemente de Atenas – exigido de seus aliados tropas para seus exércitos, e não dinheiro para seu tesouro; desta maneira, diminuindo a carga de sua dominação na paz e unindo-os solidamente em tempo de guerra. Neste ponto, seguia o exemplo de Esparta, embora seu controle militar central das tropas aliadas fosse sempre muito maior.

(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1987. Adaptado.)

 

13. (Unesp 2014) O texto caracteriza uma das principais estratégias romanas de domínio sobre outros povos e outras cidades:

a) o estabelecimento de protetorados e de aquartelamentos militares.

b) a escravização e a exploração dos recursos naturais.

c) a libertação de todos os escravos e a democratização política.

d) o recrutamento e a composição de alianças bélicas.

e) a tributação abusiva e o confisco de propriedades rurais.

 

14. (Enem 2013) Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon.

COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

 

A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à

a) adoção do sufrágio universal masculino.

b) extensão da cidadania aos homens livres.

c) afirmação de instituições democráticas.

d) implantação de direitos sociais.

e) tripartição dos poderes políticos.

 

15. (Fuvest 2013) A escravidão na Roma antiga

a) permaneceu praticamente inalterada ao longo dos séculos, mas foi abolida com a introdução do cristianismo.

b) previa a possibilidade de alforria do escravo apenas no caso da morte de seu proprietário.

c) era restrita ao meio rural e associada ao trabalho braçal, não ocorrendo em áreas urbanas, nem atingindo funções intelectuais ou administrativas.

d) pressupunha que os escravos eram humanos e, por isso, era proibida toda forma de castigo físico.

e) variou ao longo do tempo, mas era determinada por três critérios: nascimento, guerra e direito civil.

 

16. (Enem 2012)


Disponível em: www.metmuseum.org. Acesso em: 14 set. 2011. (Foto: Enem)

 

A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma característica política dos romanos no período, indicada em:

a) Cruzadismo — conquista da terra santa.

b) Patriotismo — exaltação da cultura local.

c) Helenismo — apropriação da estética grega.

d) Imperialismo — selvageria dos povos dominados.

e) Expansionismo — diversidade dos territórios conquistados.

 

17. (Unesp 2012) A escravatura [na Roma antiga] foi praticada desde os tempos mais remotos dos reis, mas seu desenvolvimento em grande escala foi consequência das guerras de conquista […].

(Patrick Le Roux. Império Romano, 2010.)

 

Sobre a escravidão na Roma antiga, é correto afirmar que

a) assemelhava-se à escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois era determinada pela procedência e pela raça.

b) aumentou significativamente durante a expansão romana pelo Mar Mediterrâneo.

c) atingiu o auge com a ocupação romana da Germânia e de territórios na Europa Central.

d) diminuiu bastante após a implantação do Império e foi abolida pelos imperadores cristãos.

e) diferenciava-se da escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois os escravos romanos nunca podiam se tornar livres.

 

18. (Pucsp 2012) As Guerras Púnicas, entre romanos e cartagineses, duraram de 264 a 146 a.C. Entre seus resultados finais, podemos considerar que elas

a) contiveram a expansão romana em direção ao mar Mediterrâneo, pois as ilhas ao sul da península itálica passaram ao controle cartaginês.

b) fortaleceram a presença romana na região do mar Mediterrâneo, com o estabelecimento de províncias nas terras conquistadas.

c) eliminaram os gastos militares do Império Romano, pois impediram o surgimento de revoltas e tensões sociais.

d) permitiram a expansão comercial de Roma por toda a península itálica e em direção ao ocidente, com a decorrente conquista da Gália.

e) reduziram consideravelmente o número de escravos no Império Romano, pois a maioria deles foi alistada nas tropas e morreu em combate.

 

19. (Fuvest 2010) Cesarismo/cesarista são termos utilizados para caracterizar governantes atuais que, à maneira de Júlio César (de onde o nome), na antiga Roma, exercem um poder

a) teocrático.

b) democrático.

c) aristocrático.

d) burocrático.

e) autocrático.

 

20. (Fuvest 2008) Na atualidade, praticamente todos os dirigentes políticos, no Brasil e no mundo, dizem-se defensores de padrões democráticos e de valores republicanos. Na Antiguidade, tais padrões e valores conheceram o auge, tanto na democracia ateniense, quanto na república romana, quando predominaram

a) a liberdade e o individualismo.

b) o debate e o bem público.

c) a demagogia e o populismo.

d) o consenso e o respeito à privacidade.

e) a tolerância religiosa e o direito civil.

 

Gabarito:

Resposta da questão 1:

[A]

 

Somente a proposição [A] está correta. A questão remete à crise econômica, social e política no Baixo Império Romano século III, IV e V. O texto aponta para as invasões bárbaras no século IV, ano de 396. Neste cenário, as invasões bárbaras tornaram-se violentas devido à pressão dos hunos. O Império Romano estava em profundo declínio, em 395 Teodósio dividiu o império em duas partes: Império Romano do Ocidente capital Roma e o Império Romano do Oriente, Constantinopla era a capital. O catolicismo estava se propagando tornando uma religião “universal”. Em 313 através do Edito de Milão Constantino deu liberdade de cultos aos cristãos e, em 391, pelo Edito de Tessalônica Teodósio oficializou o cristianismo.

 

Resposta da questão 2:

[E]

 

A Lei das Doze Tábuas transformou o Direito Romano de falado em escrito, ou seja, tornou-o fixo, público e comum a Patrícios e Plebeus.

 

Resposta da questão 3:

[E]

 

Tendo em vista os períodos de grande expansão territorial através de Guerras, tanto na fase da República quanto na fase do Império, os gastos militares ocupavam o topo da lista de despesas de Roma. Ao ampliar seu território, a necessidade da ampliação de uma rede de estradas que ligasse as partes do Império também se fez presente. Por fim, as obras públicas também constituíram grande parte das despesas.

 

Resposta da questão 4:

[C]

 

A experiência romana a que o texto faz menção é a vocação imperialista, desenvolvida principalmente a partir da República, quando Roma domina todas as terras em torno do Mar Mediterrâneo, passando a chamá-lo de Mare Nostrum.

 

Resposta da questão 5:

[A]

 

A forma social de trabalho formada no Feudalismo foi uma síntese entre dois tipos de relações sociais anteriores: o escravismo romano e o clientelismo bárbaro. Essa síntese resultou na servidão feudal.

 

Resposta da questão 6:

[E]

 

O próprio texto destaca as múltiplas identidades de Paulo de Tarso, traço característico dos habitantes do Império Romano: judeu, cristão, romano, grego, artesão, apóstolo.

 

Resposta da questão 7:

[D]

 

A expansão de Roma, iniciada durante a República – na época do lema Mare Nostrum, em referência ao Mar Mediterrâneo – e consolidada ao longo do Império, tornou possível o domínio de toda a Europa Continental, de regiões na África e na Ásia. E esse domínio tornou possível a integração entre cidades e povos. Logo, a carreira de Paulo de Tarso não seria possível antes dessa expansão.


 

Resposta da questão 8:

[B]

 

Após o período da República, na qual Roma se expandiu por toda a Europa Continental, o exército romano – e seus oficiais – ganharam prestígio e força. E usaram disso para dar um golpe no Senado e disputar entre si o poder de governar Roma. Júlio César foi um dos generais que governaram Roma nesse período, que marca a transição da República para o Império.

 

Resposta da questão 9:

[A]

 

O termo bárbaro foi usado diversas vezes ao longo da História para designar aqueles que eram de fora. Para os romanos, por exemplo, era bárbaro todo aquele que não falava latim.

 

Resposta da questão 10:

[C]

 

A principal motivação para a perseguição dos cristãos na Roma Antiga era o fato de o Cristianismo ser uma religião monoteísta e, por isso, negar a divindade dos imperadores romanos.

 

Resposta da questão 11:

[B]

 

Ao longo da República Romana, 509-27 a.C, e início do Império ocorreu o processo de expansão romana constituindo um grande império (o mare nostrum romano). Foi necessária uma rede de estradas, pontes, aquedutos para interligar as províncias com a capital Roma facilitando a comunicação e a administração. Neste sentido, o Estado Romano necessitou de muitos recursos para investir nesta infraestrutura do império e, assim, muitos impostos foram criados para aumentar a receita. Para atender esta demanda social de comunicação, a engenharia civil ganhou destaque e projeção no fim da República e no Império Romano. Somente a proposição [B] está correta. As demais alternativas cometem equívocos considerando que não

 

foram apenas obras de cunho religioso que foram financiadas com recursos públicos. Havia uma rede de comunicação para facilitar a cobrança de impostos.

 

Resposta da questão 12:

[C]

 

Somente a alternativa [C] está correta. No Baixo Império Romano, séculos III, IV e V, o império entrou em declínio devido à crise escravista que acabou engendrando uma crise generalizada, economia, política, militar, administrativa. Neste contexto crítico ocorreram as invasões dos bárbaros germânicos sobre as fronteiras europeias do império romano necessitando, então, de mais gastos militares exatamente quando o Império estava em crise. As proposições [A], [B], [D] e [E] estão incorretas.

Neste contexto o império já havia expandido. Não retomou o politeísmo. Não havia anseios expansionistas no Baixo Império, pois já havia ocorrido ao longo do período republicano e no início do império. As Guerras Púnicas, Roma contra Cartago, ocorreram na República Romana.

 

Resposta da questão 13:

[D]

 

Somente a proposição [D] está correta. A história de Roma na antiguidade, sobretudo no período da República, 509- 27ac, foi pautada pela expansão territorial e a conquista de outros povos. Desta forma, Roma montou um grande exército para atender esta demanda expansionista. Exigia de seus aliados, tropas para fortalecer o exército e não dinheiro. Primeiramente, Roma dominou a Itália e, através das Guerras Púnicas contra Cartago, acabou dominando o mar mediterrâneo (o mar é nostrum romano) montando um grande império. Esta expansão romana provocou uma série de transformações que levaram ao fim da república romana. As demais alternativas estão incorretas.

 

Resposta da questão 14:

[B]

 

Como a própria questão deixa claro, quando a legislação era transmitida oralmente, as classes superiores "manipulavam a justiça de acordo com seus interesses". Isso posto, quando a legislação passou a ser escrita, houve o aumento do direito à cidadania pelas classes inferiores.

 

Resposta da questão 15:

[E]

 

Questão que demanda conhecimentos específicos sobre a escravidão na Roma Antiga. Nessa civilização – embora tenha variado ao longo do tempo, conforme afirma a alternativa correta –, os critérios que determinaram a escravização foram basicamente o nascimento, a guerra e o direito civil. A condição à qual estava submetido o escravo era a de ser "propriedade" do seu senhor; sendo assim, o

 

dono de um escravo tinha sobre ele o direito de vida e morte.

 

Resposta da questão 16:

[E]

 

O período destacado foi marcado pelo apogeu do expansionismo romano, época do Império, quando Roma dominava todos os territórios ao redor do Mediterrâneo, incluindo a Palestina. O mosaico de animais demonstra a quantidade e diversidade desses territórios.

 

Resposta da questão 17:

[B]

 

Durante o período monárquico em Roma, encontramos a escravidão por dívida, mas em pequena dimensão. Foi no período republicano, com a política expansionista dos romanos a partir das Guerras Púnicas, que se desenvolveu o escravismo como meio de produção. Parte dos povos dominados era enviado à Roma, e o desenvolvimento da escravidão determinou a marginalização da plebe.

 

Resposta da questão 18:

[B]

 


A vitória romana sobre os cartagineses ampliou os domínios romanos na orla do Mediterrâneo, com a conquista de diversas regiões no norte da África, Península Ibérica e Balcãs, transformadas em “províncias” e subordinadas ao Senado romano. Com essas conquistas, houve maior desenvolvimento do comércio e do escravismo, ampliando o lucro dos mercados e de proprietários rurais, mas, ao mesmo tempo, foram fundamentais para a pauperização da plebe.

Antes das Guerras Púnicas, os romanos já haviam conquistado a Península Itálica; a Gália foi conquistada um século depois.

 

Resposta da questão 19:

[E]

 

Cesarismo, termo derivado de Júlio César, é um conceito utilizado por diversos autores para definir um sistema de governo centrado na autoridade suprema de um governante ao qual são atribuídos traços heróicos, apresentando elementos de culto da personalidade. São considerados expoentes clássicos: Júlio César, Oliver Cromwell e Napoleão Bonaparte, entre outros. O cesarismo também se caracteriza pela adoção de soluções militares para os problemas políticos, recorrendo à guerra ou à imposição da vontade sobre os adversários. Dai, o caráter autocrático.

 

Resposta da questão 20:

[B]




quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Grécia Antiga - Lista de exercícios (nova)

 


1. (Enem PPL 2012) Mirem-se no exemplo

Daquelas mulheres de Atenas

Vivem pros seus maridos Orgulho e raça de Atenas.

BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento)

Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela época, em razão de

a) sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses.

b) sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento.

c) seu rebaixamento de status social frente aos homens.

d) seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra.

e) sua igualdade política em relação aos homens.

 

2. (Fac. Albert Einstein - Medicin 2017) Por muito tempo, entre os historiadores pensou-se que os gregos formavam um povo superior de guerreiros que, por volta de 2000 a.C., teria conquistado a Grécia, submetendo a população local. Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, considerando que houve um movimento mais complexo. Segundo o pesquisador Moses Finley, a ‘chegada dos gregos significou a introdução de um elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar, lentamente, uma nova civilização e estendê-la como e por onde puderam’.

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. Adaptado.

Segundo o texto, a formação da Grécia antiga ocorreu

a) de forma negociada, por meio de alianças e acordos políticos entre os líderes das principais tribos nativas da península balcânica.

b) de forma gradual, a partir da integração de povos provenientes de outras regiões com habitantes da parte sul da península balcânica.

c) de forma planejada, pela expansão militar dos povos nativos da península balcânica sobre territórios controlados por grupos bárbaros.

d) de forma violenta, com a submissão dos habitantes originais da península balcânica a conquistadores recém- chegados do norte.

 

3. (Fgv 2017) (...) a partir do século V a.C., a guerra tornou- se endêmica no Mediterrâneo. Foram séculos de guerra contínua, com maior ou menor intensidade, ao redor de toda a bacia. O trabalho acumulado nos séculos anteriores tornara possível um adensamento dos contatos, um compartilhamento de informações e estruturas sociais, uma organização dos territórios rurais que propiciava a extensão de redes de poder. Foram os pontos centrais dessas redes de poder que animaram o conflito nos séculos seguintes.

Norberto Luiz Guarinello. História Antiga, 2013.

Sobre esses “séculos de guerra contínua”, é correto afirmar que

a) as Guerras Púnicas, entre Atenas e Cartago, foram uma disputa pelo controle comercial sobre o mar Mediterrâneo, terminando após três grandes enfrentamentos, com a vitória de Cartago e a hegemonia cartaginesa em todo o Mundo Antigo ocidental.

b) as Guerras Macedônicas foram um longo conflito entre o Reino da Macedônia, em aliança com os persas, e o Império Romano, que venceu com muitas dificuldades porque ainda estava em guerra com outros povos.

c) as Guerras Médicas, entre persas e gregos, resultaram na vitória dos últimos e, em meio a esses confrontos, permitiram que Atenas liderasse a Liga de Delos, aliança de cidades-Estados gregas com o intuito de combater a presença persa no Mediterrâneo.

d) as Campanhas de Alexandre, o Grande, aliado a Esparta e Corinto, combateram e venceram as poderosas forças persas e ampliaram os domínios gregos até a Ásia Menor, propagando os princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo.

e) a Guerra do Peloponeso, o mais importante conflito bélico da Antiguidade, envolveu as principais cidades-Estados gregas que, aliadas a Roma, enfrentaram e derrotaram as forças militares cartaginesas.

 

4. (Unesp 2017) Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os gregos tinham uma profunda consciência de pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa e o livre espírito de invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos problemas políticos ou culturais que se colocavam para ela.

(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. Adaptado.)

 

O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história grega da Antiguidade:

a) a predominância da reflexão política sobre o desenvolvimento das belas-artes.

b) a fragilidade militar de populações isoladas em pequenas unidades políticas.

c) a vinculação do nascimento da filosofia com a constituição de governos tirânicos.

d) a existência de cidades-estados conjugada a padrões civilizatórios de unificação.

e) a igualdade social sustentada pela exploração econômica de colônias estrangeiras.

 

5. (Fuvest 2017) Em relação à ética e à justiça na vida política da Grécia Clássica, é correto afirmar:

a) Tratava-se de virtudes que se traduziam na observância da lei, dos costumes e das convenções instituídas pela pólis.

b) Foram prerrogativas democráticas que não estavam limitadas aos cidadãos e que também foram estendidas aos comerciantes e estrangeiros.

c) Eram princípios fundamentais da política externa, mas suspensos temporariamente após a declaração formal de guerra.

d) Foram introduzidas pelos legisladores para reduzir o poder assentado em bases religiosas e para estabelecer critérios racionais de distribuição.

e) Adquiriram importância somente no período helenístico, quando houve uma significativa incorporação de elementos da cultura romana.

 

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Leia a tirinha a seguir e responda à(s) questão(ões).



 


6. (Uel 2017) Leia o texto a seguir.

 

ODE XI do LIVRO I

Horácio

 

não me perguntes – é vedado saber – o fim

que a mim

e a ti darão os deuses Leucônoe nem babilônios

números consultes antes o que for recebe

quer te atribua Júpiter muitos invernos quer o último

que o mar tirreno debilita com abruptas r o c h a s

bebe o vinho sabe a vida e corta a longa esperança

enquanto falamos foge

invejoso o tempo:

curte o dia desamando amanhãs

 

Adaptado de: Trad. Augusto de Campos. Disponível em: <http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/>. Acesso em: 12 jun. 2016.

Esse poema de Horácio (65 a.C.-8 a.C.) revela um valor ou mores romano, que é denominado hedonismo, o fundamento moral do cotidiano romano.

Sobre esse hábito, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

 

( ) A influência grega sobre a cultura romana construiu o hábito do culto ao corpo e de regras dietéticas.

( ) A locução latina Carpe diem, que significa aproveite o dia, expressa a moral hedonista romana.

( ) O hedonismo implicava uma vida de comedimento e restrições, sobretudo em relação aos hábitos de higiene.

( ) O hedonismo preconizava a valorização do ócio e do prazer em detrimento de outras ocupações do cotidiano.

( ) O prazer dos romanos à mesa, com fartos banquetes e longas comemorações, era uma prática hedonista.

 

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a)         V, V, V, F, F.

b)         V, F, F, V, V.

c)         V, F, F, F, V.

d)         F, V, V, F, F.

e)         F, V, F, V, V.

 

7. (Fatec 2016) Em 2015, o noticiário internacional deu grande destaque à Grécia, país europeu que vivia uma grave crise econômica e convocou a população para decidir, via referendo, as medidas que deveriam ser adotadas pelo governo para gerir a crise. Parte da imprensa destacou o caráter democrático de tal medida e, em muitos textos, lembrou que os gregos foram os criadores da democracia.

 

Assinale a alternativa que indica corretamente quais são as principais diferenças entre as concepções de democracia na Antiguidade grega e no mundo contemporâneo.

a) Na Antiguidade grega, a democracia surgiu da necessidade de administrar países cada vez maiores; nas democracias contemporâneas, a política ajuda a administrar unidades menores, como as cidades.

b) Na Antiguidade grega, o espaço reservado à atividade política eram os templos religiosos ou as residências das pessoas mais importantes; nas democracias contemporâneas, a atividade política se realiza no espaço público.

c) Na Antiguidade grega, política e religião eram esferas sociais separadas; nas democracias contemporâneas, a noção de cidadania vincula-se estreitamente às concepções religiosas.

d) Nas democracias contemporâneas, a participação política é vinculada à renda, com o voto censitário; na Grécia Antiga, apenas os proprietários de terras, homens e mulheres, tinham direito à participação política.

e) Nas democracias contemporâneas, o direito à participação política se estende a todos os grupos sociais; na Grécia antiga, apenas os homens livres nascidos na pólis eram considerados cidadãos.

 

8. (Fac. Albert Einstein - Medicina 2016) Observe a imagem.




Entre as características da pólis grega, podemos citar a:

a) dimensão híbrida da acrópole, que conjugava espaços religiosos com grandes áreas de plantio e produção de alimentos.

b) incorporação de elementos arquitetônicos de origem etrusca na construção das habitações populares.

c) conurbação, que provocava a junção de diversas aldeias e cidades numa mesma unidade administrativa.

d) construção de templos e edifícios públicos em locais altos e o caráter fortificado da acrópole.

 

9. (Fuvest 2016) O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim alcançará todas as suas consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos.

Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado.

 

De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo surgimento da pólis foi

a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na escrita e no uso de imagens.

b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações travadas nos espaços públicos.

c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto de origem divina do monarca.

d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a construção de identidades culturais.

e) a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus membros.

 

10. (Espm 2016) Olímpia situa-se a oeste do Peloponeso, às margens do rio Alfeu. A cidade ficava localizada num vale calmo. Não era uma cidade semelhante à maioria das poleis gregas. Foi sempre uma região onde eram promovidos cultos religiosos e uma concorrida e abrangente competição esportiva. Os jogos olímpicos realizavam-se uma vez a cada quatro anos, sendo disputados durante o verão.

Claude Moussé. Dicionário da Civilização Grega.

Quanto aos Jogos Olímpicos, disputados na Grécia antiga, é correto assinalar:

a) as competições eram disputadas apenas pelos eupátridas, isto é, os membros da aristocracia;

b) as competições envolviam equipes de diferentes cidades, reinos e impérios, mesmo não gregos;

c) a participação de atletas femininas não era vetada nos Jogos Olímpicos;

d) as competições representavam o maior encontro pacífico de todos os gregos, pois iniciavam-se com a suspensão de qualquer tipo de hostilidades;

e) disputas eminentemente esportivas, as festas que ocorriam durante os Jogos Olímpicos não envolviam cultos religiosos e debates políticos.

 

11. (Unesp 2016) A cidade tira de seu império uma parte da honra, da qual todos vós vos gloriais, e que deveis legitimamente apoiar; não vos esquiveis às provas, se não renunciais também a buscar as honras; e não penseis que se trata apenas, nesta questão, de ser escravos em vez de livres: trata-se da perda de um império, e do risco ligado ao ódio que aí contraístes.

(Péricles apud Pierre Cabanes. Introdução à história da Antiguidade, 2009.)

 

O discurso de Péricles, no século V a.C., convoca os atenienses para lutar na Guerra do Peloponeso e enfatiza

a) a rejeição à escravidão em Atenas e a defesa do trabalho livre como base de toda sociedade democrática.

b) a defesa da democracia, por Atenas, diante das ameaças aristocráticas de Roma.

c) a rejeição à tirania como forma de governo e a celebração da república ateniense.

d) a defesa do território ateniense, frente à investida militar das tropas cartaginesas.

e) a defesa do poder de Atenas e a sua disposição de manter- se à frente de uma confederação de cidades.

 

12. (Fuvest 2015) Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram em pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-lo, permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, encontravam-se colônias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no litoral mediterrânico da França. No interior desta elipse de uns 2500km de comprimento, encontravam-se centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então nem em nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia).

FINLEY M. I. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado.

 

Com base no texto, pode-se apontar corretamente

a) a desorganização política da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas militares de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e macedônios.

b) a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção cultural.

c) a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político.

d) a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política.

e) a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como forma de consolidar política e economicamente o Estado nacional.

 

13. (Espm 2015) Acolhidos com uma hospitalidade be- nevolente, não se sentem humilhados por uma discriminação injuriosa. Excluídos dos direitos políticos e também da propriedade imobiliária, pagando anualmente uma taxa módica, são eles, de fato no tocante ao resto, assimilados aos cidadãos sujeitos aos mesmos encargos militares e fiscais. Exercem as mais variadas profissões li- berais, artesanais ou mercantis. Não há, por assim dizer, um artista, um homem de letras ou de ciência que, sendo grego e não ateniense, não tenha passado uma parte mais ou menos importante de sua vida em Atenas.

(Maurice Crouset. O Oriente e a Grécia, in: História Geral das Civilizações)

 

A respeito da sociedade ateniense, o texto deve ser relacionado com:

a)         eupátridas;

b)         geórgois;

c)         metecos;

d)         hilotas;

e)         periecos.

 

14. (Enem 2015) O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político.

VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).

Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por função

a) agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade.

b) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados.

c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade.

d) reunir os exercícios para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra.

e) congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias.

 

15. (Fgv 2015) É a partir do século VIII a.C. que começamos a entrever, em diferentes regiões do Mediterrâneo, o progressivo surgimento das cidades-Estados ou pólis. Elas formaram a organização social e política dominante das comunidades organizadas ao longo do Mediterrâneo nos séculos seguintes.

(Norberto Luiz Guarinello, História Antiga, 2013, p. 77. Adaptado)

 

Nas pólis, é correto

a)         assinalar a crescente importância da mulher e da família nos espaços públicos.

b)         reconhecer a presença de espaços públicos, caso da ágora.

c)         destacar uma característica: a inexistência de espaços rurais.

d)         identificar a acumulação de capital pela ação do Estado.

e)         apontar para a sua essência: a organização urbana estruturada para a guerra.

 

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

A partir do século VII a.C., muitas comunidades nas ilhas, na Grécia continental, nas costas da Turquia e na Itália construíram grandes templos destinados a deuses específicos: os deuses de cada cidade.

As construções de templos foram verdadeiramente monumentais. [...] Tornaram-se as novas moradias dos deuses. Não eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia, mas de uma pólis. Eram os deuses da comunidade como um todo. A religião surgiu, assim, como um fator aglutinador das forças cooperativas da pólis. [...]

A construção monumental foi influenciada por modelos egípcios e orientais. Sem as proezas de cálculo matemático, desenvolvidas na Mesopotâmia e no Egito, os grandes monumentos gregos teriam sido impossíveis.

GUARINELLO, Norberto Luiz. História antiga, 2013.

 

16.       (Unesp 2015) A relação estabelecida no texto entre a arquitetura grega e a arquitetura egípcia e oriental pode ser justificada pela

a) circulação e comunicação entre povos da região mediterrânica e do Oriente Próximo, que facilitaram a expansão das construções em pedra.

b) dominação política e militar que as cidades-estados gregas, lideradas por Esparta, impuseram ao Oriente Próximo.

c) presença hegemônica de povos de origem árabe na região mediterrânica, que contribuiu para a expansão do Islamismo.

d) difusão do helenismo na região mediterrânica, que assegurou a incorporação de elementos culturais dos povos dominados.

e) força unificadora do cristianismo, que assegurou a integração e as recíprocas influências culturais entre a Europa e o norte da África.

 

17. (Unesp 2015) Segundo o texto, um papel fundamental da religião, na Grécia antiga, foi o de

a) eliminar as diferenças étnicas e sociais e permitir a igualdade social.

b) estabelecer identidade e vínculos comunitários e unificar as crenças.

c) impedir a persistência do paganismo e afirmar os valores cristãos.

d) eliminar a integração política, militar e cultural entre as cidades-estados.

e) valorizar as crenças aristocráticas e eliminar as formas de culto populares.

 

18. (Enem 2014) TEXTO l

Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.

TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).

TEXTO II

Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.

ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.

 

Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a)

a)         prestígio social.

b)         acúmulo de riqueza.

c)         participação política.

d)         local de nascimento.

e)         grupo de parentesco.

 

19. (Fatec 2014) Ao longo da História, muitas sociedades utilizaram o trabalho de pessoas escravizadas, como, por exemplo, a Grécia Clássica e a América Portuguesa. Refletindo sobre essa forma de exploração do trabalho, é correto afirmar que

a) as duas sociedades citadas utilizaram predominantemente o trabalho de escravos africanos da região subsaariana e da África oriental.

b) a utilização do trabalho escravo, nas duas sociedades citadas, pode ser considerada a base da organização econômica e produtiva.

c) as duas sociedades citadas utilizaram o trabalho de escravos apenas na produção agrícola de exportação e não nas cidades.

d) o exercício da cidadania era permitido aos escravos na Grécia Clássica, mas era impedido na América Portuguesa.

e) havia, na Grécia, apenas escravos de origem romana e, na América Portuguesa, apenas escravos de origem africana.

 

20. (Fgv 2014) São características do período arcaico (séculos VIII-VI a.C.), na Grécia Antiga:

a)         desenvolvimento dos oikos e expansão creto-micênica.

b)         desenvolvimento das póleis e expansão pelo Mediterrâneo.

c)         rivalidades entre Esparta e Atenas e Guerra do Peloponeso.

d)         enfraquecimento das póleis e expansão macedônica.

e)         guerras entre gregos e persas e o fim da democracia ateniense.

 

21. (Espm 2013)  (...) A batalha de Maratona foi longa e cheia de peripécias. Os bárbaros conseguiram desbaratar as fileiras do centro do exército ateniense, pondo em fuga os remanescentes; mas as duas alas compostas de atenienses e plateus atacaram as forças adversárias que haviam rompido o centro do exército, impondo-lhes uma derrota irreparável. Vendo-as fugir lançaram-se em sua perseguição, matando e esquartejando quantos encontraram pela frente, até a beira mar, onde se apoderaram de alguns dos navios inimigos.

(Heródoto. História)

 

Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, o nome da guerra em que ocorreu a batalha de Maratona bem como os bárbaros, mencionados no texto:

a)         Guerra do Peloponeso – troianos;

b)         Guerras Médicas – troianos;

 

c)         Guerra do Peloponeso – persas;

d)         Guerras Médicas – persas;

e)         Guerras Púnicas – cartagineses.

 

22. (Unesp 2013) Leia.

Quando sua influência [de Péricles] estava no auge, ele poderia esperar a constante aprovação de suas políticas, expressa no voto popular na Assembleia, mas suas propostas eram submetidas à Assembleia semanalmente, visões alternativas eram apresentadas às dele, e a Assembleia sempre podia abandoná-lo, bem como suas políticas, e ocasionalmente assim procedeu. A decisão era dos membros da Assembleia, não dele, ou de qualquer outro líder; o reconhecimento da necessidade de liderança não era acompanhado por uma renúncia ao poder decisório. E ele sabia disso.

(Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna, 1988.)

 

Ao caracterizar o funcionamento da democracia ateniense, no século V a.C., o texto afirma que

a) os líderes políticos detinham o poder decisório, embora ouvissem às vezes as opiniões da Assembleia.

b) a eleição de líderes e representantes políticos dos cidadãos na Assembleia demonstrava o caráter indireto da democracia.

c) a Assembleia era o espaço dos debates e das decisões, o que revelava a participação direta dos cidadãos na condução política da cidade.

d) os membros da Assembleia escolhiam os líderes políticos, submetendo-se a partir de então ao seu poder e às suas decisões.

e) os cidadãos evitavam apresentar suas discordâncias na Assembleia, pois poderiam assim provocar impasses políticos.

 

23. (Fgv 2013) Na Assembleia, (...) que se reunia mais ou menos 40 vezes por ano, os atenienses discutiam e votavam os principais problemas do Estado – declaravam guerra, firmavam tratados e decidiam onde aplicar os recursos públicos. Do mais pobre sapateiro ao mais rico comerciante, todos tinham oportunidade de expressar a sua opinião, votar e exercer um cargo no governo.

(Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, A escrita da história)

 

As mulheres atenienses

a) tomavam parte dessa instância política, mas suas ações se limitavam aos temas relacionados com a família e a formação moral e militar dos filhos.

b) não detinham prerrogativas nas atividades públicas, mas possuíam direito de voto nessa Assembleia quando a decisão envolvia guerras externas.

c) participavam de todas as atividades públicas de Atenas, mas só tinham voz nessa Assembleia se estivessem acompanhadas pelo marido ou filho.

d) não podiam participar dessa Assembleia, da mesma forma como não tinham direito de exercer cargos administrativos, além da restrição a herança e posse de bens.

e) ganharam o direito de voz e voto nessa Assembleia a partir das reformas de Sólon, e com Clístenes seus direitos foram ampliados.

 

24. (Fgv 2012) No ano de 509 a.C., o legislador Clístenes assumiu a função de arconte máximo na pólis de Atenas, instaurando um novo regime político. Acerca das reformas jurídico-políticas de Clístenes, é CORRETO afirmar:

a) Clístenes, integrante da classe social dos artesãos, consolidou o regime oligárquico, tendo comandado a Pólis ateniense em seu período de máximo esplendor, o Governo dos Trinta Tiranos.

b) Clístenes era eupátrida, mas procurou conciliar e acomodar interesses dos pequenos proprietários, comerciantes e artesãos na instauração do regime democrático em Atenas.

c) A democracia instituída pelas reformas de Clístenes era regida pelo princípio do sufrágio universal, excluindo dos direitos políticos apenas os escravos.

d) Ao instaurar um regime político híbrido entre democracia, monarquia e oligarquia, Clístenes decretou o encerramento definitivo das atividades do Helieu, o Tribunal de Justiça.

e) Durante a gestão de Clístenes, todo o poder político efetivo deixa de ser exercido pelos cidadãos e retorna à comunidade gentílica, cabendo ao pater familias a disciplina dos mercados e a nomeação dos magistrados.

 

25. (Enem PPL 2012) No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma convenção entre cidadãos, definida pelo confronto de suas opiniões em um verdadeiro espaço público, a ágora, confronto esse que concedia a essas convenções a qualidade de instituições públicas.

MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação política: vínculos territoriais de compromisso dos deputados fluminenses. São Paulo: Annablume, 2010.

 

No texto, está relatado um exemplo de exercício da cidadania associado ao seguinte modelo de prática democrática:

a)         Direta.

b)         Sindical.

c)         Socialista.

d)         Corporativista.

e)         Representativa.

 

26. (Fgv 2012) Sobre a Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.), é correto afirmar que

a) as suas origens encontram-se num momento especial da história ateniense, pois a sua democracia atingia então o seu máximo desenvolvimento.

b) a vitória militar de Atenas permitiu a ampliação dos direitos de cidadania, com a incorporação dos estrangeiros nas instâncias da democracia ateniense.

c) a sua mais importante decorrência foi a criação da democracia ateniense, fruto do contato de Atenas com a cidade-Estado de Esparta.

d) a vitória de Atenas, aliada aos tebanos, permitiu que a democracia fosse levada a todas as cidades-Estado, além de aumentar o poderio militar grego.

e) a surpreendente vitória de Corinto permitiu o seu expansionismo territorial pela Ásia Menor e a consolidação da democracia em Esparta.

 

27. (Espm 2012) Um dos mais belos exemplares da arquitetura grega, o Erectéion foi construído entre 421 a.C. e 406 a.C. e chama a atenção por sua graça e elegância. Era um monumento sagrado e sua construção oferece a impressão de uma unidade harmoniosa.


A respeito do Erectéion é correto afirmar que:

a) foi construído na Acrópole, em Atenas, tendo como destaque o pórtico das Cariatides, estátuas de jovens mulheres que sustentavam o telhado do pórtico;

b) foi construído em Epidauro e servia como templo de Asclépio, ao qual recorriam as pessoas com esperança de serem curadas de graves enfermidades;

c) foi construído em Olímpia e fazia parte de um importante santuário onde eram venerados muitos deuses;

d) situado em Delfos, fazia parte de um santuário considerado importante centro religioso e cultural, sendo conhecido por ser o local onde o oráculo fazia previsões;

e) era o símbolo do poder de Creta, sendo o principal monumento que sobreviveu no antigo palácio de Minos, em Gnossos.

 

28. (Unesp 2011)

O Templo da Concórdia foi construído no sul da Sicília, no século V a.C., e é um marco da

a) arte românica, caracterizada pelos arcos de meia volta e pela inspiração religiosa politeísta.

b) arquitetura clássica, imposta pelos macedônios à ilha no processo de helenização empreendido por Alexandre, o Grande.

c) arte etrusca, oriunda do norte da península itálica e desenvolvida no Mediterrâneo durante o período de hegemonia romana.

d) arquitetura dórica, levada à ilha pelos gregos na expansão e colonização mediterrânea da chamada Magna Grécia.

e) arte gótica, marcada pela verticalização das construções e pela sugestão de ascese dos homens ao reino dos céus.

 

29. (Unesp 2011) Para os gregos antigos, a ideia de confronto entre oponentes, até que um dos contendores superasse os demais, atingindo um grau de excelência reconhecido e admirado por todos os circunstantes, era um ritual central em sua cultura. Os gregos faziam com que ele integrasse várias de suas cerimônias, as mais importantes e as mais sagradas.

(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI. No loop da montanha-russa, 2004. Adaptado.)

 

O texto afirma que as Olimpíadas na Grécia Antiga

a) tinham a função de adequar os corpos dos praticantes às necessidades do mundo do trabalho, tornando-os capazes de produzir mais.

b) permitiam que a população se divertisse, dissolvendo as tensões sociais e facilitando a dominação política por parte dos governantes.

c) estavam integradas a outros aspectos da vida social e religiosa, associando-se a momentos de festa e celebração.

d) estimulavam a competitividade e o individualismo, preparando os homens para as disputas profissionais na vida adulta.

e) visavam exercitar e fortalecer os guerreiros, melhorando sua atuação política e militar nos períodos de guerra.

 

30. (Espm 2011)

Algumas das obras da escultura clássica que desfrutaram de maior fama em épocas posteriores foram criadas durante o período helenístico, como o Laocoonte e seusfilhos. A obra representa a terrível cena em que o sacerdote troiano Laocoonte e seus dois infelizes filhos são envolvidos por duas gigantescas serpentes, em seus anéis, que os estrangulam. (E. H. Gombrich. A História da Arte)


Sobre a cultura helenística mencionada no texto, é correto assinalar:

a) foi uma cultura exclusivamente grega e, portanto, nacionalista, exprimindo o orgulho do povo por sua cidade;

b) foi uma cultura exclusivamente oriental, desprezando o humanismo;

c) a cultura helenística fundiu aspectos da cultura grega com a cultura oriental, tornando-se mais realista e exprimindo a violência e a dor;

d) foi uma cultura influenciada pelo cristianismo e serviu para expressar o poder e a influência da Igreja Católica;

e) foi uma cultura influenciada pelo islamismo e limitada pelas especificações religiosas.

 

 

 

 

 

 

Gabarito:

 

Resposta da questão 1:

[C]

 

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] As “mulheres que vivem para os seus maridos” são mulheres que têm seu status social definido a partir da subserviência aos homens. De fato, na sociedade ateniense

clássica, as mulheres não possuíam os direitos de cidadania, tendo sua importância vinculada aos afazeres domésticos e reprodutivos da sociedade.

 

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] O conceito de cidadania ateniense era excludente, privilegiando apenas os homens maiores de 21 anos e

atenienses natos. Sendo assim, as mulheres atenienses não eram consideradas cidadãs, não exerciam a democracia ateniense e, portanto, estavam abaixo dos homens na hierarquia social.

 

Resposta da questão 2:

[B]

 

A questão aponta para a formação da civilização grega na Antiguidade. A formação desta civilização se deu de maneira gradual a partir da chegada de diversos povos, como os Aqueus, Eólios, Jônios (que fundaram Atenas) e os Dórios (que fundaram Esparta). A história da Grécia antiga é dividida em períodos: Pré-Homérico (XX-XII a.C.), Homérico (XII-VIII a.C.), Arcaico (VIII-VI a.C.), Clássico (V-IV a.C.) e Helenístico (IV-I a.C.). A chegada destes povos ocorreu no período Pré-Homérico.

 

Resposta da questão 3:

[C]

 

As Guerras Médicas, também chamadas de Guerras Greco- Pérsicas, foram travadas entre o Império Persa e as cidades-Estados gregas. Após vencerem os persas, as cidades gregas formaram a Liga de Delos para se

protegerem de eventuais futuras guerras no Mediterrâneo. A liderança dentro da Liga era de Atenas.

 

Resposta da questão 4:

[D]

 

O texto aborda o destacável sentimento de pertencimento a uma mesma cultura mostrado pelos gregos apesar da fragmentação política característica da divisão em cidades- estados, típica da Grécia Antiga.

 

Resposta da questão 5:

[A]

 

A ética e a justiça que pautavam a vida política na Grécia amparavam-se em dois princípios: a autonomia das pólis (as chamadas cidades-estados gregas, autônomas entre si)

 

e a participação ativa dos cidadãos (característica principal da política democrática ateniense).

 

Resposta da questão 6:

[E]

 

O hedonismo é uma doutrina filosófica e moral surgida na Grécia Antiga que defende que o prazer é o bem supremo da vida e deve ser buscado pelo homem. Segundo seu principal expoente, Aristipo de Cirene, o prazer é o único caminho para a felicidade e para a diminuição das dores da vida. Da Grécia, a doutrina hedonista chegou a Roma.

Nesse sentido, estão falsas a primeira e a terceira afirmativas:

 

Primeira afirmativa: o hedonismo, nem na Grécia nem em Roma, defendia o culto ao corpo ou a rigidez dietética; Terceira afirmativa: o hedonismo não defendia uma vida de restrições. Isso era uma defesa da doutrina epicurista, na Grécia Antiga.

 

Resposta da questão 7:

[E]

 

Somente a proposição [E] está correta. A questão aponta para uma comparação entre a democracia grega antiga e a democracia contemporânea. A democracia grega antiga era direta e participativa e possuía uma ampla restrição, mulheres, escravos e estrangeiros não eram cidadãos, ou seja, era uma democracia para uma minoria. A democracia contemporânea é representativa e ampliou a cidadania, é uma democracia para a maioria.

 

Resposta da questão 8:

[D]

 

Como a imagem nos mostra, em Atenas a arquitetura priorizava a elevação das construções religiosas e políticas, dando a elas destaque dentro do conjunto urbano. Além disso, a defesa da pólis era planejada através de fortificações e muros.

 

Resposta da questão 9:

[E]

 

Como o texto deixa claro na frase “por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma nova forma”, o surgimento da pólis ampliou a vida intelectual e social dos gregos antigos.

 

Resposta da questão 10:

[D]

 

Somente a proposição [D] está correta. A questão aponta para o surgimento das Olimpíadas e suas características. Na Grécia antiga não existia uma unidade política, havia as pólis que eram cidades-estados com autonomia política.

Estas eram rivais. Os jogos olímpicos eram a mais

 

importante festa pan-helênica visando à confraternização das pólis e homenagear Zeus, o maior dos deuses. Neste evento os conflitos eram paralisados.

 

Resposta da questão 11:

[E]

 

O discurso deixa claro que a importância da luta não está na manutenção da condição livre de cada um, mas na manutenção da condição superior que Atenas tinha com relação a outras cidades-Estado gregas.

 

Resposta da questão 12:

[D]

 

A Grécia Antiga nunca chegou a ser uma Nação ou um Império (termo muito usado na Antiguidade). A Grécia era o que chamamos de organização em cidades-Estados.

Sendo assim, cada povo grego, em cada cidade-Estado, vivia a sua maneira, de modo descentralizado ou disperso, como classifica o autor do texto que acompanha a questão.

 

Resposta da questão 13:

[C]

 

A questão remete aos metecos na sociedade ateniense na Antiguidade Clássica. Os metecos eram os estrangeiros que residiam em Atenas e que não possuíam direitos políticos, ou seja, não eram cidadãos, também estavam destituídos dos direitos de propriedade imobiliária. Os metecos exerciam as mais variadas profissões liberais, artesanais e mercantis.

 

Resposta da questão 14:

[C]

 

A ágora era a praça pública onde os cidadãos atenienses discutiam os rumos da cidade.

 

Resposta da questão 15:

[B]

 

Somente a proposição [B] está correta. O texto do historiador Norberto Luiz Guarinelo remete a Grécia no período Arcaico. Neste contexto surgiram as pólis, as cidades estados que possuíam autonomia política. Isto significa que na Grécia antiga não havia unidade política devido a presença das pólis, existia uma unidade cultural entre os gregos. Estas cidades estados possuíam a ágora que consistia na praça pública, o espaço público para o debate político entre os cidadãos. A ágora, era o espaço da cidadania e da palavra. As demais alternativas estão incorretas.

 

Resposta da questão 16:

[A]

 

Somente a alternativa [A] está correta. No contexto da Antiguidade Oriental surgiram grandes civilizações no “Oriente Próximo” que deram contribuições relevantes para as ciências em geral. O Egito antigo desenvolveu a matemática, medicina, astronomia e usou muitas pedras em suas construções funerárias como as pirâmides. A Mesopotâmia também desenvolveu as ciências para construir suas torres denominadas zigurates. Estas civilizações antigas estabeleceram inúmeros contatos através do mar Mediterrâneo. Os gregos em suas viagens conheceram muitos povos e usufruíram muitos dos legados destas civilizações. As demais alternativas estão incorretas.

 

Resposta da questão 17:

[B]

 

Somente a alternativa [B] está correta. A questão remete a Grécia Antiga no contexto da Antiguidade Clássica. O texto do historiador Norberto Luiz Guarinello aponta para a construção de templos destinados aos deuses vinculados as pólis. Cada cidade-estado, pólis, possuía suas divindades na qual se construíam templos para homenageá-las. Os templos eram verdadeiros monumentos destinados aos deuses que representavam não apenas a elite agrária ou um determinado grupo social, mas todos os moradores da cidade-estado, toda a comunidade. Desta forma, a religião contribuiu como um elemento de coesão social, unificando as crenças, estabelecendo identidade e vínculos comunitários entre os residentes das pólis. As demais alternativas estão incorretas. A religião não significou igualdade social dentro das pólis e não eliminou diferenças étnicas.

 

Resposta da questão 18:

[C]

 

Os trechos “olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil” (primeiro texto) e “um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas” (segundo texto) são demonstrativos das opiniões dos autores, que julgam a cidadania pela participação política das pessoas.

 

Resposta da questão 19:

[B]

 

Tanto na Grécia Antiga quanto nas Colônias portuguesas, os escravos eram a base do sistema econômico, uma vez que os escravos eram os principais – e, às vezes, únicos – braços de trabalho.

 

Resposta da questão 20:

[B]

 

Somente a proposição [B] está correta. A questão remete a Antiguidade Clássica, a Grécia no período Arcaico, séculos

 

 

 

 

VIII-VI a.C. Neste contexto, os gregos expandiram para outras regiões formando as colônias gregas, ou seja, cidades gregas fora da Grécia. Assim, surgiu a filosofia pré- socrática com os denominados filósofos da natureza.

Dentro da Grécia surgiram as pólis, as cidades estados, que possuíam autonomia política com destaque para Esparta fundada pelos Dórios e Atenas formada pelos Jônios.

 

Resposta da questão 21:

[D]

 

A batalha de Maratona é um dos episódios mais conhecidos das Guerras Médicas – que também contou com outras batalhas conhecidas, como a batalha de Plateia e a batalha no Desfiladeiro das Termópilas. As Guerras Médicas foram travadas entre os gregos e a Pérsia, do imperador Xerxes.

 

Resposta da questão 22:

[C]

 

O texto mostra claramente que, apesar da popularidade do líder Péricles, ele dependia da aprovação da Assembleia. A democracia que se desenvolveu em Atenas a partir do século V a.C. é considerada direta, pois todos os cidadãos podiam participar da Assembleia e votar ou não nas leis propostas pelos governantes, ou seja, não existia o modelo representativo que conhecemos hoje, quando vereadores ou deputados – representantes dos cidadãos – votam as leis.

 

Resposta da questão 23:

[D]

 

O conceito de cidadania ateniense era excludente, não fazendo parte dele as mulheres, os estrangeiros e os escravos.

 

Resposta da questão 24:

[B]

 

Clístenes é conhecido como o pai da Democracia por ter ampliado os direitos políticos dos cidadãos atenienses. Ficavam excluídos os estrangeiros, as mulheres e os escravos.

 

Resposta da questão 25:

[A]

 

Apesar do conceito de cidadania ateniense ser excludente, a democracia em Atenas era exercida de maneira direta, com todos os cidadãos participando das decisões políticas, como retratado no texto.

 

Resposta da questão 26:

[A]

 

[B]       / [D] / [E] a vitória foi de Esparta, e não de Atenas, invalidando o restante da alternativa.

 

[C]       totalmente incorreta, uma vez que a consolidação da democracia ateniense foi anterior à guerra supracitada.

 

Resposta da questão 27:

[A]

 

[A]       O Erecteion, foi dedicado a Atena, Hefesto e Erecteu e foi construído na Acrópole de Atenas, entre 421 e 406 a.C.

[B]       Em Epidauro e não em Atenas, às margens do Mar Egeu está localizado o Anfiteatro e o templo de Asclépio.

[C]       A cidade de Olímpia, ficou famosa pelos Jogos Olímpicos da Antiguidade e pelo templo dedicado a Zeus.

[D]       Em Delfos, havia o Templo consagrado deus Apolo, onde havia o Oráculo de Delfos.

[E]        Em Creta era onde se acreditava viver o Minotauro.

 

Resposta da questão 28:

[D]

 

A imagem representa uma construção típica da arquitetura dórica, característica cultural que acompanhou o processo de colonização dessa região conhecida como Magna Grécia durante a II Diáspora Grega. Essa questão poderia ser resolvida também a partir da contextualização da imagem caso o vestibulando não conhecesse as características arquitetônicas dos dórios especificamente, pois conhecendo o processo de colonização efetivado pelos Gregos no Mar Mediterrâneo, quando ocuparam o sul da península itálica e a ilha da Sicilia, por exemplo.

 

Resposta da questão 29:

[C]

 

Como Sevcenko atesta em sua afirmação, as Olimpíadas adquiriam um significado mais profundo para os gregos, distanciando-se de qualquer alusão a um momento de diversão ou algum exercício de controle social por parte do Estado. Os jogos estavam amalgamados à própria cultura grega, sendo parte constituinte da identidade que o homem ordinário construía de si mesmo como um heleno.

 

Resposta da questão 30:

[C]

 

A cultura helenística se desenvolveu a partir das conquistas de Alexandre, o Grande, que formou um grande império e se caracterizou por uma “fusão cultural”. Macedônicos e gregos conquistaram o Egito e grandes extensões de terras que pertenciam ao Império Persa e, para facilitar a dominação, desenvolveu uma política de integração cultural, estimulando casamentos entre soldados vencedores com mulheres das áreas dominadas, além de adotar costumes que faziam parte das tradições das cortes imperiais dos persas.