quinta-feira, 21 de abril de 2022

EGITO ANTIGO - EXERCÍCIOS E AULAS

 


Vídeo aula completa

Vídeo aula de revisão (Cortes)


Lista de Exercícios

1. (UFAM/2006) Com relação a estrutura econômica do Antigo Egito, é correto afirmar que:

a) Baseava-se na produção agrícola controlada pelo estado e realizada pelas comunidades aldeãs na forma de tributos, inexistindo a propriedade privada da terra.

b) Baseava-se no comércio marítimo de especiarias, azeite e vinho, espraiado pelo mar Mediterrâneo.

c) Baseava-se na produção agrícola realizada por camponeses e pequenos proprietários livres e voltada para o comércio exterior.

d) Baseava-se no comércio de trigo e cevada com a Núbia e a Fenícia.

d) Baseava-se na produção agrícola realizada por escravos em pequenas estruturas produtivas situadas nas margens irrigadas do rio Nilo.

 



2. (FURG RS/2002) Analise cada uma das seguintes afirmativas relacionadas ao Antigo Egito e indique se são verdadeiras (V) ou falsas (F).

(__) Dos tipos de escrita egípcia, a hieroglífica era a mais primitiva, utilizada pelos sacerdotes; no entanto, no Antigo Egito os outros tipos de escrita existentes foram o hirático, o demótico e o etrusco.

(__) Pode-se dizer que a história do Egito tem início com a sedentarização das populações que viviam às margens do Nilo, evoluindo para os nomos no IV milênio aC.

(__) Na crença egípcia, a vida poderia durar eternamente, desde que a alma encontrasse no túmulo o corpo destinado a servir-lhe de moradia.

(__) Apesar da preocupação com as cheias e vazantes do Nilo e com a natureza em geral, os egípcios pouco interessaram-se pelos estudos científicos.

(__) O governo do Egito Antigo era teocrático, pois o faraó era considerado o filho do deus-sol, Amón-Rá, e encarnação de Hórus, o deus-falcão.

Quais são, respectivamente, as afirmativas corretas?

a) F – V – V – F – F

b) V – V – F – V – F

c) V – V – F – F – V

d) V – V – F – F – F

e) F – V – V – F – V

 



3. (UFTM MG/2001) Na Antiguidade Oriental, desenvolveram-se as primeiras civilizações, geralmente às margens de rios. Os egípcios caracterizaram-se:

a) pelo politeísmo e pela economia baseada no comércio.

b) pela rígida divisão social e pelo Estado teocrático.

c) pela importância da religião e pela mobilidade social.

d) pela agricultura e pela fundação de cidades-Estado.

e) pela descentralização política e pela escravidão.

 



4. (UFPB/2001) Sobre o Egito antigo, é correto afirmar que:

a) a religião desempenhava um papel fundamental na cultura egípcia, com o culto ao Deus Shiva da fertilidade da terra.

b) os egípcios inventaram o alfabeto, composto de 22 letras consonantais, influenciando o alfabeto grego, base de várias línguas modernas.

c) as obras literárias baseadas em princípios morais e religiosos circulavam entre os aristocratas e camponeses.

d) a economia era baseada na agricultura e na criação, atividades vinculadas a um complexo sistema de irrigação.

e) a arquitetura funerária representava a religiosidade dos egípcios. As pirâmides eram usadas como túmulo para toda a população.

 



5. (UFRN/2002) A religião estava presente em todos os aspectos da vida no Antigo Egito. A medicina, inclusive, era impregnada de elementos mágicos e religiosos.

A relação entre religião e medicina no Antigo Egito era evidente na medida em que:

a) as práticas médicas estavam voltadas apenas para o tratamento dos faraós, cuja imagem era associada aos deuses.

b) as técnicas desenvolvidas na medicina foram estimuladas pela necessidade de preservar o corpo para a vida após a morte.

c) os médicos, recrutados entre as mais altas camadas sociais, acumulavam também a função de promover o culto religioso.

d) os médicos queriam prolongar a existência terrena, estimulados pelas crenças religiosas que negavam a imortalidade da alma.

 



6. (Mackenzie SP/2005) Na Antiguidade, a civilização egípcia baseou a sua organização socioeconômica de acordo com:

a) o modo de produção escravista, no qual um governo despótico controlava a construção de obras hidráulicas, utilizando somente o trabalho escravo.

b) o modo de produção servil, resultante da imensa influência religiosa do faraó, o supremo sacerdote, que deveria ser adorado e servido por todos os seus súditos.

c) o modo de produção asiático, baseado no Estado despótico onde predominava a servidão coletiva, na qual o indivíduo trabalhava a terra como membro da comunidade e servia, dessa maneira, ao Estado.

d) o sistema de servidão coletiva, sendo os membros da comunidade submetidos aos trabalhos ligados à construção de sistemas hidráulicos, para a distribuição comunitária da produção agrícola resultante.

e) o modo de produção escravista, sendo os povos capturados em guerra transformados em escravos do faraó, proprietário das terras e cultuado como deus em todo o Egito.

 



7. (FURG RS/2005) No Egito Antigo a maioria da população vivia em condições materiais precárias de existência. Constituía um grupo privilegiado da sociedade egípcia:

a) os felás.

b) os artesãos.

c) os escravos.

d) os sacerdotes.

e) nenhuma resposta está correta.

 



8. (UFMS/2004) A respeito da sociedade egípcia da Antiguidade Oriental, é correto afirmar que:

a) a formação dos “nomos”, as reuniões de comunidades de aldeias, ocorreu após a formação do Estado, o qual emergiu entre 4.000 e 3.000 a.C.

b) o Estado egípcio era uma “Monarquia Despótica”, isto é, uma monarquia em que o soberano era ao mesmo tempo um governante e um deus.

c) o faraó governava por meio de um aparelho burocrático bastante simples e eficiente, constituído basicamente por alguns escribas e soldados.

d) o exército egípcio era pequeno, não profissionalizado e empregado apenas na defesa do faraó e de sua família.

e) a escravidão coletiva foi o regime de produção dominante na época.

 



9. (UFAC/2002) Os estudos arqueológicos e históricos desenvolvidos no Egito indicam que, no mundo antigo, o aspecto mais visível da economia daquele povo consistia em uma espécie de “estatismo faraônico”. Isso quer dizer que a vida econômica era:

a) integralmente controlada pelos agricultores.

b) controlada pelo faraó, através de seus funcionários e sacerdotes, bem como pelos produtores rurais.

c) parcialmente controlada pelos agricultores.

d) quase integralmente, controlada pelo faraó, através de seus funcionários e sacerdotes.

e) dirigida e organizada pelo faraó, em comum acordo com os agricultores.

 



10. (UFAC/2003) Em suas narrativas históricas, Heródoto, observando o cotidiano dos camponeses ou agricultores egípcios, afirmou que estes aproveitavam a fertilidade propiciada pelos insumos orgânicos deixados nas áreas alagadas, após as cheias do Nilo, para espalharem suas sementes de cereais, geralmente enterradas com o auxílio de bois, carneiros ou porcos, restando-lhes apenas “cruzar os braços” e aguardar o tempo da colheita. A “ingenuidade” de tal afirmação reside no fato de que, na prática:

a) O rio Nilo por si só fertilizava a terra e irrigava as plantações.

b) A estação chuvosa se responsabilizava pela irrigação dos plantios.

c) Era obrigação do lavrador o trabalho de irrigar as plantações.

d) Os grandes canais de irrigação, coordenados por engenheiros ligados ao aparelho estatal faraônico, eram os únicos responsáveis pela irrigação das plantações.

e) O rio Nilo produzia uma argila especial que propiciava tranquilidade aos lavradores após a semeadura.

 



11. (UFC CE/2006) O nome do rei egípcio Amenófis IV (c. 1377 a.C. – c. 1358 a.C.) está ligado à reforma religiosa que substituiu o culto de Amon-Rá por Áton e determinou o fim do politeísmo. Além do caráter religioso, essa reforma buscava:

a) limitar a riqueza e o poder político crescentes dos sacerdotes.

b) reunificar o Egito, após as disputas promovidas pelos nomarcas.

c) pôr fim às revoltas camponesas motivadas pelos cultos antropomórficos.

d) reunir a população, por meio da religião, para fortalecer a resistência aos hicsos.

e) restabelecer o governo teocrático, após o crescimento da máquina administrativa.

 



12. (UFRN/2006) No vale do rio Nilo, situado no nordeste da África, formou-se o primeiro Estado unificado da história, o Egito. Tal Estado se alicerçava:

a) na servidão coletiva, cabendo à população camponesa pagar impostos sob a forma de produtos ou trabalhos.

b) na agricultura familiar praticada em inúmeras aldeias, que exploravam as margens fertilizadas pelas enchentes.

c) na exploração da mão-de-obra de povos estrangeiros dominados e escravizados em consequência das campanhas imperialistas dos faraós.

d) na rede comercial que se estendia ao longo da bacia mediterrânica e era controlada pelo faraó, representante da classe mercantil.

 



13. (UFPEL RS/2006)

“– Há no Egito certas pessoas encarregadas por lei de realizar os embalsamamentos, e fazem disso profissão. [...]

– O terceiro tipo de embalsamamento destina-se aos mais pobres. Injeta-se no corpo o licor denominado surmaia, envolve-se o cadáver no natro durante setenta dias, devolvendo-o depois aos parentes.

– Tratando-se de mulher, e se esta é bonita ou de destaque, o cadáver só é levado para embalsamamento decorridos três ou quatro dias após o seu falecimento.

Toma-se essa precaução pelo receio de que embalsamadores venham a violar o corpo. Conta-se que, por denúncia de um dos colegas, foi um deles descoberto em flagrante com o cadáver de uma mulher recém falecida.

– Se se encontra um cadáver abandonado, seja o morto egípcio ou estrangeiro, trata-se de alguém atacado por crocodilo ou afogado no rio; a cidade em cujo território foi o corpo atirado é obrigada a embalsamá-lo, a prepará-lo da melhor maneira, a sepultá-lo em túmulo sagrado.”

HERÓDOTO (cerca de 484 a.C. - cerca de 420 a.C.). História. Brasília: UnB, 1985.

O texto demonstra a prática

a) do desenvolvimento da anatomia, do ateísmo e da zooerastia.

b) do monoteísmo zoomórfico, do hedonismo e do igualitarismo social.

c) da estratificação social, da discriminação estética e da repressão à necrofilia.

d) da ética funerária, da xenofobia e do politeísmo.

e) do culto aos mortos, da adoração aos animais e da isonomia nos ritos fúnebres.





14. (UFPEL RS/2007) Observe atentamente as colunas a seguir sobre a História do Egito e as relacione:

1ª Coluna

(1) Período Pré-Dinástico

(2) Antigo Império

(3) Médio Império

(4) Novo Império

2ª Coluna

(__) expansão territorial com anexação da Etiópia, Síria e Fenícia.

(__) unificação do Alto e do Baixo Egito efetuada pelo faraó Menés.

(__) formação dos nomos.

(__) invasão dos hicsos.

A ordem que relaciona corretamente a segunda coluna, em relação à primeira, é a seguinte:

a) 1, 2, 3, 4.

b) 3, 1, 4, 2.

c) 2, 4, 1, 3.

d) 4, 2, 1, 3.

e) 4, 3, 2, 1.

 



15. (URCA CE/2007) “No Egito, o faraó era considerado filho de Amon-Rá e a encarnação de Hórus. (...) Seus símbolos eram o cetro e a dupla coroa, marca do Alto e do Baixo Egito. Tinha várias mulheres, mas só a primeira podia usar o título de rainha.” (ARRUDA José J. e PILETTI, N. 2003).

Sobre as relações de poder e a organização política no antigo Estado Egípcio, é correto afirmar:

a) O aparato burocrático do Estado encontrava-se à serviço dos camponeses e artesãos, camada inferior da sociedade egípcia, sendo que deles dependia a autoridade dos faraós.

b) A burguesia urbana, detentora da atividade mais lucrativa, controlava o faraó e a burocracia do Estado, incluindo os escribas e os guerreiros.

c) O faraó era adorado como um deus e era ele quem comandava o exército, distribuía justiça e organizava as atividades econômicas.

d) A burguesia fortalecida com o intenso comércio com o Sudoeste Asiático, notadamente com os persas, tinha na figura do faraó a sua principal base de poder.

e) O faraó era controlado pelos sacerdotes e funcionários, que desfrutavam de grande influência política.

 



16. (UECE/2008) “A estada dos filhos de Israel no Egito durou quatrocentos e trinta anos. No mesmo dia que findavam os quatrocentos e trinta anos, os exércitos de Iahweh saíram do país do Egito”.

Sobre o “exílio” dos hebreus no Egito, assinale o correto.

a) Algumas tribos hebraicas deslocaram-se para a zona do delta do Rio Nilo, para fugir da grave carestia que assolou a Palestina em meados de 1.700 a.C.

b) O povo hebreu, após inúmeros combates e disputas, foi derrotado pelos egípcios e conduzido em regime de escravidão para a terra dos faraós.

c) Os hebreus se organizaram como mercenários e em atividades comerciais, ocupando as vias das caravanas no deserto, a serviço do faraó egípcio.

d) Quando os hyksos invadiram o Egito levaram consigo algumas tribos hebraicas e arregimentaram os homens como soldados mercenários em seus exércitos.

 



17. (UFAM/2008) Situados na faixa do Crescente Fértil, alguns povos da Antiguidade, como os egípcios, desenvolveram sociedades complexas com sistemas econômicos próprios, cujas características pautavam-se:

a) Pela produção de excedentes, desenvolvimento de longas rotas comerciais para o mercado externo e transformação dos servos em assalariados do Estado.

b) Pela transformação das populações aldeãs em servos, fortalecimento do senhorio rural e desenvolvimento do pastoreio.

c) Pela mobilização de grandes contingentes de trabalhadores, montagem de sistemas de irrigação, com a construção de barragens, diques e açudes, além do armazenamento da produção de grãos pelo Estado.

d) Pela consolidação da propriedade privada da terra, larga utilização do sal como padrão de referência para as trocas comerciais e exploração dos escravos.

e) Pelo desenvolvimento da pequena propriedade, onde prevalecia a produção de colonos e pastores livres, tributados pelo Estado sacerdotal.

 



18. (FEI SP/2008) Sobre a organização social do Antigo Egito, é correto afirmar: 

a) a casta superior era formada pelos agricultores que possuíam as terras em volta do Nilo.

b) a parte mais numerosa da sociedade era formada por escravos e atingia 50% do total da população.

c) os sacerdotes, a despeito de numerosos, não tinham papel destacado na sociedade.

d) dentro da aristocracia, formada por sacerdotes, burocratas e nobres, destacavam-se os escribas, responsáveis pela organização administrativa do Império.

e) no topo da sociedade encontrava-se o faraó e sua família e, abaixo deles, não havia distinção essencial entre os grupos sociais.

 



19. (UESPI/2009) As influências das religiões foram significativas na construção cultural das sociedades. Nessa perspectiva, nos primeiros séculos da sociedade egípcia:

a) prevaleceu o poder dos sacerdotes que exerciam os privilégios políticos mais importantes para deflagração dos conflitos contra os outros impérios.

b) constata-se a presença de uma arte com marcas das crenças religiosas, preservando a existência de certas regras na sua criação e execução.

c) manteve-se uma estrutura religiosa dominada pelos faraós, prevalecendo princípios politeístas com deuses antropomórficos e vingativos.

d) firmou-se uma religião ética, relacionada com o poder político, mas interessada em derrubar privilégios e hierarquias.

e) enalteceu-se a existência de deuses ambiciosos e com desejos humanos, sem que houvesse também crenças monoteístas.

 



20. (UFC CE/2009) Aos egípcios devemos uma herança rica em cultura, ciência e religiosidade: eram habilidosos cirurgiões e sabiam relacionar as doenças com as causas naturais; criaram as operações aritméticas e inventaram o sistema decimal e o ábaco. Sobre os egípcios, é correto afirmar também que:

a) foram conhecidos pelas construções de navios, que os levaram a conquistar as rotas comerciais para o Ocidente, devido a sua posição geográfica, perto do mar Mediterrâneo.

b) deixaram, além dos hieróglifos, outros dois sistemas de escrita: o hierático, empregado para fins práticos, e o demótico, uma forma simplificada e popular do hierático.

c) praticaram o sacrifício humano como forma de obter chuvas e boas colheitas, haja vista o território onde se desenvolveram ser desértico.

d) fizeram uso da escrita cuneiforme, que inicialmente foi utilizada para designar objetos concretos e depois ganhou maior complexidade.

e) usaram as pirâmides para fins práticos, como, por exemplo, a observação astronômica.

 

21. (UFCG PB/2009) O Rio Nilo favoreceu a construção da identidade territorial do Egito. Tanto a agricultura quanto a navegação foram fundamentais para o desenvolvimento econômico dessa “civilização” antiga.

Sobre as suas relações com a sociedade no Egito Antigo, é correto afirmar que o Rio Nilo:

I. Representou um espaço de instabilidade econômica para o Egito, pois as suas cheias anualmente destruíam as colheitas e provocavam calamidades econômicas.

II. Favoreceu o desenvolvimento de técnicas de identificação das estações climáticas, dividindo o ano em três grandes estações.

III. Permitiu ao povo hebreu fazer as tendas às suas margens durante os 40 anos de peregrinação pelo deserto.

IV. Contribuiu para garantir a identidade político-territorial e o domínio simbólico dos faraós.

V. Permitiu as navegações a remo e a vela, as quais eram aperfeiçoadas continuamente.

Estão corretas:

a) I e III.

b) II, IV e V.

c) IV e V.

d) III e IV.

e) I, II e V.

 


22. (UFRN/2010) Com a formação do Estado, no Egito Antigo,

“O faraó passou a concentrar todos os poderes em suas mãos, sendo cada vez mais considerado um deus vivo. Boa parte das terras passou a ser controlada por ele, a quem a população deveria pagar tributos e servir, por meio de trabalho compulsório. A personificação do Estado na figura do faraó e a sua identificação com um deus, permite-nos, portanto, falar em uma monarquia teocrática no Egito Antigo.” VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o ensino médio: história geral e do Brasil: volume único. São Paulo: Scipione, 2001. p. 40.

Muitos Estados nacionais, no mundo contemporâneo ocidental, orientam-se pelo ideário laico e liberal-democrático, diferentemente do Estado organizado no antigo Egito, no qual predominava

a) o caráter autocrático, fundamentado na Teoria do Direito Divino dos Reis, formulada pelos pensadores Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.

b) a vinculação entre religião e política, que norteou a organização do antigo Estado, originado com a unidade entre o Alto e o Baixo Egito.

c) o papel desempenhado pelos sacerdotes na construção de uma proposta política que contemplasse os interesses dos camponeses.

d) a organização de uma diarquia teocrática, segundo os princípios propostos por Amenófis IV, quando da implantação da reforma religiosa.

 



23. (UFTM MG/2011) A irrigação não pode ser vista como a causa do surgimento do Estado centralizado e da civilização egípcia: pelo contrário, um sistema centralizado de obras hidráulicas para a agricultura irrigada surgiu como resultado tardio de um Estado forte.

(Ciro F. Cardoso. O Egito Antigo, 1982.)

A partir do texto conclui-se que, no Egito Antigo,

a) as cheias do Nilo, irregulares e responsáveis por inundações que destruíam tudo o que havia nas margens, não favoreceram o processo de sedentarização.

b) o poder do Faraó era simbólico, uma vez que o soberano não dispunha de exércitos nem de burocracia para fazer valer sua vontade.

c) a concentração do poder nas mãos de uma dinastia centralizadora não pode ser explicada a partir das necessidades agrícolas.

d) dependia-se do comércio externo para alimentar a população, uma vez que a produção agrícola era muito limitada.

e) o sistema político em vigor resultava de necessidades impostas pelas características geográficas da região.

 



24. (UFTM MG/2011) (...) um dos traços mais visíveis da economia egípcia antiga era, sem dúvida, o estatismo faraônico: a quase totalidade da vida econômica passava pelo faraó e seus funcionários, ou pelos templos. Estes últimos devem ser considerados parte integrante do Estado, mesmo se, em certas ocasiões, houve atritos entre a realeza e a hierarquia sacerdotal (...). As atividades produtivas e comerciais, mesmo quando não integravam os numerosos monopólios estatais, eram estritamente controladas, regulamentadas e taxadas pela burocracia governamental.

(Ciro F. Cardoso. O Egito Antigo, 1982. Adaptado.)

A partir do texto, conclui-se que, no antigo Egito,

a) a economia era ineficiente, pois funcionários corruptos exploravam os camponeses e desviavam os impostos devidos ao Estado.

b) as constantes disputas entre a burocracia estatal e os sacerdotes levaram à separação entre o poder político e religioso, o que comprometeu o poder do faraó.

c) o domínio do poder público sobre a sociedade inibiu o surgimento de iniciativas privadas, capazes de racionalizar a produção e evitar o desperdício.

d) a cobrança de impostos constituía-se na principal atividade do Estado, que não dispunha de exércitos organizados para enfrentar inimigos externos.

e) a organização da economia garantia ao estado o controle dos excedentes de produção, que se constituíam em importante fator de poder político.

 



25. (UNCISAL AL/2011) No Egito Antigo, a mumificação do corpo de um morto era uma arte. O corpo passava por várias fases. Uma delas era a dessecação; para tanto, o cadáver era coberto com natrão e estendido sobre uma mesa por quarenta dias, onde perdia 75% de seu peso.

Para os egípcios, a mumificação relacionava-se à crença de que

a) o corpo que se deteriorasse após a morte estava condenado à separação do deus Anúbis.

b) os sacerdotes e o faraó somente abençoavam os corpos que se encontravam conservados.

c) a manutenção do corpo perfeito, mesmo sem vida, era necessária para a prática diária do culto aos mortos.

d) a vida perpétua era real e os corpos tinham de ser preservados para o seu reencontro pela alma.

e) o tratamento do corpo do morto garantiria sua salvação e o encontro com Rá, o deus-sol.

 



26. (UECE/2012) Segundo o historiador grego Heródoto, os egípcios, dentre todos os povos da Antiguidade, eram os mais religiosos. Efetivamente a vida religiosa que se desenvolveu no Egito foi extremamente rica e articulada. A característica fundamental da religiosidade egípcia era o culto

a) a divindades antropoformes.

b) a divindades zoomorfas, cuja divindade principal é Rá.

c) dedicado aos heróis caçadores representados na forma de animais.

d) dedicado exclusivamente ao deus Rá, o sol.

 



27. (UECE/2013) A sociedade egípcia estruturava-se em um sistema hierárquico. A pirâmide, imagem típica da arquitetura do Egito, representa simbolicamente a organização social, com os escravos na base, seguidos, em ordem crescente, pelos mercadores e artesãos, militares, burocratas, sacerdotes, culminando com o faraó no topo.

Assinale a opção que corresponde a uma função (ou a funções) dos escribas nessa sociedade.

a) Além de dirigir a vida religiosa, guardar o conhecimento científico.

b) Aconselhar o faraó, por isso recebiam também o nome de vizir.

c) Organizar e gerir os ofícios públicos, núcleo fundamental da burocracia.

d) Coletar o papiro e decorar as tumbas reais ou privadas.

 



28. (UEPA/2013) No Antigo Egito, as crenças religiosas estavam na base de manifestações culturais como a arte, a medicina, a astronomia, a literatura e o próprio governo. Por isso, deve-se considerar que para além do desenvolvimento das técnicas de embalsamamento dos corpos, o processo de mumificação indicava:

a) o respeito à memória dos mortos que tinham seus corpos mumificados com vistas à perpetuação das tradições da linhagem familiar a que o morto pertencia.

b) a veneração dos mortos como princípio da religião egípcia que era politeísta e, portanto, concebia em seu panteão a existência de semideuses.

c) a crença na vida após a morte, pressupondo que o corpo do morto deveria ser preservado para retorno do espírito que o faria renascer para a nova vida.

d) o ritual de passagem dos mortos que eram julgados pelos sacerdotes e considerados dignos de terem seus corpos preservados para o dia da ressurreição dos mortos. e a crença na proteção dos templos através da presença e exposição pública dos corpos embalsamados dos antigos faraós e de seus guerreiros.

 



29. (UEPA/2014) Os escribas do Egito antigo ocupavam uma posição subalterna na hierarquia administrativa governamental frente à aristocracia burocrática. Sua posição social era inferior em relação aos conselheiros do Faraó, aos chefes da administração, à nobreza territorial, à elite militar e aos sacerdotes. Mas as características de seu ofício os afastavam de trabalhos forçados e das arbitrariedades das elites, que subjugavam e exploravam camponeses livres e escravos de origem estrangeira. Tal condição privilegiada se explicava:

a) pelas possibilidades de ascensão social dos escribas que, em função do sucesso de suas carreiras, poderiam ocupar posições no alto escalão da administração pública.

b) por serem provenientes do meio social dos felás, camponeses livres, que investiam na formação educacional de seus filhos mais inclinados ao serviço público.

c) pelo domínio dos escribas dos segredos da escrita demótica e dos hieróglifos, do cálculo e, por conseguinte, da organização das atividades da administração pública.

d) pelo domínio exclusivo dos escribas do idioma escrito, da matemática, da agrimensura e dos processos administrativos em geral.

e) pela dependência direta de faraós e altos funcionários reais relativa aos conhecimentos dos escribas, que formavam uma corporação intelectual dotada de poder político.

 



30. (IFGO/2014) Leia o fragmento a seguir:

“Ó senhor de todos! Rei de todas as casas. Nas regiões mais distantes, fazes o Nilo celeste para que desça como chuva e açoite as montanhas, como um mar para regar os campos e jardins estranhos. Acima de tudo, porém, fazes o Nilo do Egito que emana do fundo da terra. E assim, com os teus raios, cuidas de nossas hortas. Nossas colheitas crescem; e crescem por ti. Tu estás em meu coração. Eu te conheço, sou teu filho, Aquenaton. Tu me revelaste os teus planos e o teu poder.”

Hino a Aton. [Adaptado]

O fragmento acima foi extraído do Hino a Aton, obra do Faraó Aquenaton. Durante o exercício de seu poder, Aquenaton promoveu a substituição do politeísmo pelo monoteísmo solar. Essa reforma religiosa apresentou Aton como o Sol, sendo, por isso, representado pelo disco solar. A respeito desse Faraó egípcio e a importância do Rio Nilo para essa sociedade, é correto afirmar que

a) embora a sociedade egípcia tenha se desenvolvido às margens do Rio Nilo, não se pode superdimensionar a sua importância para a organização dessa civilização da antiguidade oriental.

b) o trecho retirado do Hino a Aton referência o período do poder do Faraó Aquenaton que não foi apenas uma exceção do ponto de vista religioso, mas também do ponto de vista político, com a interrupção do poder despótico.

c) o hino em questão demonstra o culto ao Sol como deus principal, ao mesmo tempo em que legitima o poder do Faraó Aquenaton ao apresentá-lo como o eleito, o favorito, o filho de Aton.

d) a construção de reservatórios de água, drenagem dos pântanos e de canais de irrigação aperfeiçoaram os métodos de cultivo no Egito sem, com isto, caracterizar a domesticação do Rio Nilo.

e) entendido pela sociedade egípcia como vital à sua existência, o aproveitamento das águas restringiu-se à atividade agrícola e à criação e domesticação de animais, as quais não avançaram os limites dos leitos do rio Nilo.

 



31. (UERN/2012) “Os camponeses (também chamados de felás) executavam inúmeros trabalhos necessários â agricultura e à criação de animais. Os principais produtos cultivados eram o trigo (para fazer o pão), a cevada (para fazer cerveja) e o linho (para fazer tecido). Também se dedicavam à plantação de legumes, verduras, uva (para fazer o vinho) e frutas variadas. Criavam animais como bois, asnos, carneiros, cabras, porcos e, posteriormente, cavalos. Para a maioria da população, a carne era um alimento de luxo – os mais pobres só a consumiam em ocasiões especiais. As atividades agropastoris eram complementadas pela pesca (no Nilo, nos pântanos e nos canais) e, também, pela caça. Os camponeses viviam em aldeias e eram obrigados a entregar parte da colheita e do rebanho, como forma de tributo, aos moradores do palácio do faraó e aos sacerdotes dos templos. Nos períodos em que diminuíam os trabalhos no campo (época das cheias), eram, muitas vezes, convocados a trabalhar compulsoriamente em obras como, por exemplo, construção de palácios, templos, pirâmides, etc.” (Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. 8 ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p 51)

O Egito foi uma das primeiras civilizações que existiu, tendo sido responsável pelo desenvolvimento de várias técnicas, como nas áreas da medicina e da arquitetura, entre outras. A citação se refere ao modo de vida do camponês egípcio. A partir dela, pode-se afirmar que

 

a) a vida do camponês egípcio demonstra que viviam em uma sociedade nômade.

b) o Egito foi uma civilização sem, necessariamente, uma hierarquia social.

c) a sociedade egípcia era extremamente desenvolvida, devido, principalmente, à produção de tecidos que eram amplamente comercializados.

d) descreve um modo de vida camponês em uma civilização que possui estado forte e centralizado.

 



32. (UFT TO/2014) A construção das pirâmides do Egito antigo ainda está envolta em mistérios e curiosidades, sendo fonte de estudos na História, na Engenharia, na Matemática e na Arte.

O processo de construção das pirâmides caracteriza-se pela:

a) despreocupação em edificar um templo duradouro.

b) arquitetura dissociada de funções de ordem funerária.

c) aplicação de diversos materiais como a madeira e o estanho.

d) grandiosidade em suas dimensões e em uma estrutura sólida.

e) utilização de tijolos de argila na edificação de suas paredes internas.

 



33. (UESPI/2014) Os Estados Teocráticos da Mesopotâmia e do Egito evoluíram acumulando características comuns e peculiaridades culturais. Os egípcios desenvolveram a prática de embalsamar o corpo humano porque:

a) se opunham ao politeísmo dominante na época.

b) os seus deuses, sempre prontos para castigar os pecadores, desencadearam o dilúvio.

c) depois da morte, a alma podia voltar ao corpo mumificado.

d) acreditavam que a preservação do corpo de um faraó poderia torna-lo mais rico e poderoso que os outros faraós do Egito.

e) os camponeses constituíam categoria social inferior.

 



34. (ENEM/2009) O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo do Nilo.

O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito diferente, pois

a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos.

b) representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos.

c) significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos.

d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.

e) significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a religião baseada em crenças e superstições.

 



35. (UEPA/2015) O politeísmo presente na cosmologia religiosa do antigo Egito resultou da combinação de divindades cultuadas nos vários nomos (comunidades camponesas) submetidos à autoridade do Faraó desde o Antigo Império. A organização e a hierarquia do panteão de divindades egípcias foram abaladas ao longo da sucessão de faraós em função da(s):

a) disputas políticas entre o faraó e a classe sacerdotal, elite controladora dos templos e da administração burocrática do Império.

b) divergências religiosas entre os nomos, fator permanente de instabilidade política e religiosa do Império.

c) constantes invasões de povos estrangeiros no Egito como hicsos e assírios, que impuseram suas crenças religiosas às populações nativas.

d) disparidade entre a religião dos nobres, antropomórfica, e as crenças zoomórficas dos camponeses.

e) penetração do monoteísmo hebreu no Egito, quando do estabelecimento de sua condição de servos do estado no século XIII a.C.

 

 

Gabarito

 

1. A

2. E

3. B

4. D

5. B

6. C

7. D

8. B

9. D

10. C

11. A

12. A

13. C

14. D

15. C

16. A

17. C

18. D

19. B

20. B

21. B

22. B

23. C

24. E

25. D

26. B

27. C

28. C

29. C

30. C

31. D

32. D

33. C

34. A

35. A

 



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